Friday, November 28, 2008

Santa Catarina


"Ninguém é tão pobre que não possa ajudar e nem tão rico para nunca precisar de ajuda"
Madre Teresa de Calcutá

Thursday, November 27, 2008

Banania


Podcast do Diogo Mainardi:

"Pense um minutinho só: o que aconteceria se Lula mudasse a lei para favorecer diretamente, digamos, a Andrade Gutierrez, maior doadora de sua campanha presidencial? Pense um minutinho só: o que aconteceria se Lula aparelhasse a Anatel para, digamos, autorizar um negócio nebuloso da Oi, que encheu seu filho de dinheiro, comprando sua empresa de fundo de quintal? Eu sei perfeitamente o que aconteceria: a esta altura, a gente já estaria nas ruas, com o rosto pintado de preto, denunciando o descarado conflito de interesse do presidente da República e pedindo uma CPI no Congresso Nacional, porque um abuso desses só poderia ser admitido num regime arbitrário como o da Somália ou do Zimbábue, e o Brasil é infinitamente mais legalista e ordeiro do que uma Somália ou um Zimbábue. De fato, algo assim jamais se verificaria entre nós."
Y'a bon...

Another Way to Die



Atração à parte em Quantum of Solace foi a insólita união de Alicia Keys e Jack White na música tema.
Na verdade Amy Winehouse tinha sido convocada para compor uma canção para o filme , e foi dispensada pelos produtores porque como todos sabemos, a mulher não pára em pé.
Alicia e Jack deram conta do recado e o resultado é eletrizante.

Quantum of Solace


Levei minha esposa assistir o último James Bond. Eu gostei, ela não. Há algumas coisas que as mulheres nunca vão conseguir entender, 007 é uma delas.
Boys will be boys eu diria. Todo homem quer no fundo SER James Bond. Trabalhar no serviço secreto, dirigir os melhores carros, viajar para lugares exóticos, conquistar as mulheres mais lindas do mundo (neste filme as imperdíveis Olga Kurylenko como Camille e a boneca inglesa Gemma Arterton como Strawberry Fields), e o melhor de tudo, dar pancada em bandido e ter licença para matar. How cool is that?
James Bond está hoje em melhor forma do que nunca. Casino Royale promoveu uma Bond renaissance com Daniel Craig, agora concretizada com Quantum of Solace.
O novo Bond está muito mais próximo da imagem de matador frio idealizada por Ian Flemming do que seus predecessores. E muito melhor.
As figurinhas folclóricas de Monneypenny e Q por exemplo sumiram. Acabaram as piadinhas sem graça. O humor de Craig é muito mais curto e grosso, e nem por isso menos sofisticado.
Acabaram os brinquedinhos fictícios que Q inventava para Bond do tipo relógio com laser, óculos com raio X ou anel utrassônico. O que não quer dizer que seus brinquedinhos não existam nos filmes, mas são extremamente reais. E agora, Bond tem que se safar de seus apertos na pancadaria mesmo. Obviamente ele está sempre mais sujo de sangue, suado e despenteado do que Sean Connery ou Roger Moore que nunca puseram as mãos na massa de verdade. A perseguição a pé nas ruas e telhados de Siena na primeira parte do filme é simplesmente magistral.
Os vilões também não são mais aqueles malucos com algum distúrbio físico como diamantes na cara, bala no cérebro ou dentes de aço armando grandes esquemas para dominar e/ou destruir o mundo. Tudo bem que o sorumbático Le Chiffre de Casino Royale chorava umas discretas lágrimas de sangue, mas o Dominic Greene de Quantum of Solace só é desprezível. E seu único objetivo é mesmo ganhar dinheiro.
É emblemático também que Greene, o vilão do filme, seja um ambientalista presidente de uma poderosa ONG que compra terras ao redor do mundo com apoio de políticos e banqueiros internacionais. É emblemático também que o cenário do filme seja a Bolívia, cujo governo Greenne planeja derrubar em prol de seus negócios. É tão plausível que lemos nos jornais muitas vezes coisas parecidas.
Alguém se lembra de Johan Eliasch, o bilionário anglo-sueco dono de 160 mil hectares na Amazônia e presidente da ONG Cool Earth? Pois é, é o mesmo que foi flagrado exportando madeira ilegal e que desmente que suas terras sejam na verdade propriedade do governo brasileiro. E o que dizer das ONG´s que apóiam a criação de uma nação indígena no Mato Grosso do Sul em cima do Aquífero Guarani? É quase o mesmo plano criminoso de Quantum of Solace, dominar suprimentos de água para governos subservientes.
Enfim, o novo Bond, implacável e quase descontrolado de Casino Royale se transformou em um 007 completo desta vez. E salvou o mundo mais uma vez.
E eu da próxima vez que for no cinema vou ter que assistir uma comédia romântica água com açúcar. Bond nunca passa por essas situações.

Wednesday, November 26, 2008

Da série Grandes Slogans Piracicabanos



Caninha Tatuzinho
É veludo no gogó!

Escola sem Partido II


Imperdível a entrevista da antropóloga Eunice Graham nas Amarelas da VEJA.

"As faculdades de pedagogia formam professores incapazes de fazer o básico, entrar na sala de aula e ensinar a matéria. Mais grave ainda, muitos desses profissionais revelam limitações elementares: não conseguem escrever sem cometer erros de ortografia simples nem expor conceitos científicos de média complexidade."

"Eles confundem pensamento crítico com falar mal do governo ou do capitalismo. Não passam de manuais com uma visão simplificada, e por vezes preconceituosa, do mundo."

"Em vez de aprenderem a dar aula, os aspirantes a professor são expostos a uma coleção de jargões. Tudo precisa ser democrático, participativo, dialógico e, naturalmente, decidido em assembléia. "

"Eles (professores) são corporativistas ao extremo. Podem até estar cientes do baixo nível do ensino no país, mas costumam atribuir o fiasco a fatores externos, como o fato de o governo não lhes prover a formação necessária e de eles ganharem pouco. É um cenário preocupante. Os professores se eximem da culpa pelo mau ensino – e, conseqüentemente, da responsabilidade. Nos sindicatos, todo esse corporativismo se exacerba."

Johnny Mad Dog



Trecho de documentário produzido por Mathieu Kassovitz sobre o inferno das crianças-soldado da Libéria. Algo que se repete em lugares como o Darfur e o Congo e que não vai acabar tão cedo. Essas vidas estão arruinadas para sempre.

Contagem regressiva


Chávez disse que ganhou, mas na verdade perdeu as eleições regionais na Venezuela. As cidades mais ricas e povoadas que representam 44% da população, incluindo Caracas, serão governadas por opositores do seu regime.
O Chapolín Colorado e sua revolução bolivariana conseguiu fazer da Venezuela um dos países mais pobres e violentos do continente. Sem liberdade de imprensa, sem nenhuma confiança de investidores, a única coisa que sustenta a ditadura chavista é o petróleo.
Aliás, o petróleo em países de terceiro mundo tem sido mais uma maldição do que uma benção, fonte de corrupção generalizada e centralização do poder. Vide Angola, Nigéria, Sudão e todos os países árabes. Difícil achar uma democracia por ali. E o pior é que sustentam suas economias com as exportações de óleo, e isso não é de hoje.
Isabel Allende conta em seu livro Paula o que sentiu quando chegou à Venezuela, fugindo da ditadura de Pinochet nos anos 70. Em contraste com a austeridade chilena, dizia, os venezuelanos que boiavam em petróleo viviam em uma farra consumista. O país importava de tudo, de carros a ovos, e enquanto os adultos se divertiam em viagens de compras a Miami as crianças consideravam ir à Disney uma vez por ano como um direito natural.
Chavez perdeu a oportunidade que teve de transformar seu país. Quer dizer, transformou mas para pior. A Venezuela continua importando de carros a ovos.
E com o preço do barril descendo de 100 para 50 dólares, o povo começa a perceber que o bufão está nu. E a contagem regressiva para seu triste fim começa. Se ele tiver sorte vai um dia ainda poder ser porteiro de boate gay, como sugeriu Arnaldo Jabor. O mais provável é que acabe linchado pelos próprios venezuelanos.
O que resta ao palhaço é tentar impressionar o resto do mundo brincando de batalha naval com seus amigos russos nas águas do Caribe.

Sunday, November 23, 2008

Escola sem Partido


A Veja já publicou, Reinaldo Azevedo já denunciou, Ali Kamel já falou, mas ainda são poucos, muito poucos, os que se dão conta da enorme doutrinação esquerdista em prática nas escolas públicas e privadas do país.
Eu mesmo adorava geografia quando criança. Queria saber nomes de rios e cordilheiras. Curiosamente nunca aprendi isso em aulas de geografia. Os professores estavam mais preocupados com os problemas sociais e a consciência crítica dos alunos. É por isso que é acada vez mais difícil achar um energúmeno na rua capaz de apontar nosso continente no mapa.
Dificilmente haverá maneira mais eficiente de se manipular uma massa imensa de mentes ainda imaturas do que usando a rede de educação primária.
A verdade é que a educação é uma arma muito poderosa para poder ser usada assim deliberadamente por grupos interessados em pregar uma determinada versão da história, sejam eles comunistas, militares, creacionistas ou seja lá o que for. Aliás eu não sei quem inventou a idéia de que a educação deve ser uma prerrogativa do Estado.
É uma idéia demasiadamente perigosa. A mente de seus filhos nas mãos do governo. Aarrgh.
O que é mais incrível é que no Brasil, se você quiser educar seus filhos em casa, pode ser acusado de negligência parental.
E por mais que a humanidade tenha se desenvolvido, a maioria das pessoas não conseguiria ler hoje livros que eram lidos há cem anos atrás por considerá-los demasiadamente complicados. Aliás, apesar do grande acesso a escolas, a grande maioria da população não consegue nem interpretar um texto.
Bem, na vida de hoje, os pais querem mesmo é se livrar dos filhos ao menos por um período do dia. E esperam que os filhos estejam aprendendo alguma coisa. Só que aqui no Brasil pelo menos, eles não tem idéia do que os filhos estão aprendendo.
A estratégia da doutrinação foi bem usada, não só no Brasil como no resto do mundo, e o resultado desastroso é o que Olavo de Carvalho chama de padronização da opinião pública.
O triângulo academia-imprensa-show business que ocupa todo o espaço na mídia foi dominado, com raras exceções, pelo esquerdismo militante. É o sonho de Antonio Gramsci tornado realidade. Do aquecimento global a Barack Obama, visões divergentes daquela divulgada pelo beautiful people desse triângulo são descartadas como fruto de conspirações, delírios, racismos e reacionarismos.
É uma bola de neve, a universidade contamina a escola, a escola forma os profissionais que vão ocupar o espaço da mídia, a mídia padroniza a informação segundo a doutrina recebida na escola.
Livros, livros e mais livros neles.
Por uma escola sem partido!

Cassandra


A lenda grega conta que Cassandra, filha do rei Príamo de Tróia, ao ceder seus amores ao deus Apolo, pediu em troca o dom de prever o futuro. O deus, que pelo visto não gostou tanto assim do serviço concedeu o dom junto com uma maldição. Cassandra seria capaz de prever o futuro, mas nunca ninguém acreditaria nela. Quando seu irmão Paris sequestrou a bela Helena e começou a guerra contra os gregos, Cassandra previu a queda de Tróia, mas, tida como louca pelos compatriotas, ninguém a escutou.
O programa tegenlicht da televisão holandesa produziu um excelente documentário sobre o Crash econômico de 2008, usando declarações de personalidades do mercado como Jim Rogers, o Indiana Jones dos investimentos segundo a Times, o economista italiano Marco Vitale, o economista chefe do Morgan Stanley Stephen Roach, o investidor Peter Schiff e o banqueiro Charles R. Morris.
Todos são Cassandras que anos atrás já previam a crise de 2008.
Stephen Roach já via a bolha imobiliária prestes a estourar, Marco Vitale falava da Parmalat não como um caso isolado, mas como a ponta de um iceberg podre no mundo das finanças, como se veria depois com a Enron, Worldcom e outras.
Um amigo que participou de um road show de apresentação para a abertura de capital de uma grande empresa brasileira me contou como funcionava. Eles desciam em Nova Iorque em vans pretas, indo de um banco a outro, de um fundo de investimento a outro, contavam o que faziam e perguntavam quantas ações eles iam querer comprar.
Em um certo fundo de pensão por exemplo, com capital equivalente ao dobro do PIB brasileiro, uma garota de uns 30 anos comprou 100 milhões de dólares em ações como se estivesse comprando bala jujuba na quitanda.
É como diz um dos entrevistados no documentário, esses jovens ganham milhões por ano, negociam milhões na bolsa, e acham que aquilo tudo ali que eles estão vivendo, aquele cassino, é perfeitamente normal. empresas ganhavam bilhões no mercado financeiro sem que ninguém soubesse exatamente de onde vinha aquele dinheiro todo. em outubro de 2007 o CFO do Citibank declarou não saber o valor da própria empresa porque todo o dinheiro que eles tinham estavam em investimentos que ele não entendia. Pessoas estavam vivendo acima dos próprios meios, gastando mais do que ganhando. Bem, não era normal como estamos vendo agora. A exuberância irracional acabou no fundo do poço.
O documentário alerta para a globalização do capital, e também para a influência do big business na política americana, e a promiscuidade entre política e negócios, cujo exemplo mais óbvio é o Carlyle Group.
O mundo hoje critica a maneira como os Estados Unidos querem exportar ao mundo suas idéias de democracia e livre mercado. Mas agora quem vai dar uma de Cassandra sou eu.
O ano de 2008 para mim será o início de uma nova e lamentável era.
A eleição de Barack Obama foi o momento em que os americanos deixaram de ser America, para se tornarem Latino America. Invertendo o lema de São Paulo, em vez de conduzirem, escolheram ser conduzidos. Escolheram um guia, um messias, um Peron. Em 2008, os Estados Unidos se tornaram oficialmente uma Banana Republic.
Ao mesmo tempo, a crise financeira deslocou o eixo econômico do planeta de Wall Street para o Oriente, mais precisamente para a China, e isso é o que Jim Rogers também fala.
A crise vai passar, as coisas vão se ajustar, mas 2008, o ano das olimpíadas de Beijing será o ano em que a China tomará as rédeas do planeta.
E todos aqueles anti-americanistas que hoje reclamam da onipresença ianque no planeta se arrependerão profundamente de um dia ter odiado os Estados Unidos.
Porque, meninos e meninas, na hora em que a China decidir exportar a sua visão de mercado e de democracia, o mundo vai ver o que é bom para tosse.
O programa Tegenlicht é em grande parte em inglês, e está aqui nesse link (crash 2008):
Dank je Remco.

Saturday, November 22, 2008

Obama Rising


Barack Obama’s election as the most powerful man on Earth has been interpreted as a historical mark for the United States and, why not, for the world.
He was not only an American candidate, but the world candidate. His election was celebrated in Europe, in the Middle East, in Latin America, and of course in Brazil. The world was indeed tired of Mr. Bush policies.
But who is Barack Obama?
Two years ago nobody knew anything about Barack Obama. Until now, we still don’t know much about Barack Obama.
We know something about his multicultural life history. We know he is a senator for Illinois. We have heard his speeches about change. But really, who is that guy?
Before answering that, there is an interesting phenomenon about the American election campaign to be discussed. Something we knew here in Brazil, but we didn’t believe it was possible in the US.
That phenomenon is called the end of journalism. Victor Davis Hanson wrote um article with this same exact title for the National Review. As he says:
"The media has succeeded in shielding Barack Obama from journalistic scrutiny. It thereby irrevocably destroyed its own reputation and forfeited the trust that generations of others had so carefully acquired. And it will never again be trusted to offer candid and nonpartisan coverage of presidential candidates. Worse still, the suicide of both print and electronic journalism has ensured that, should Barack Obama be elected president, the public will only then learn what they should have known far earlier about their commander-in-chief — but in circumstances and from sources they may well regret."
Obama was shielded the same way president Lula was shielded in Brazil when corruption scandals started to multiply in his administration.
The press had plenty to accuse him. They could have pointed out the way he mixed power and party, the suspicious enrichment of his son, the lobby activities of his brother, the assassinations of some of his party members, his alleged ignorance of the dirty money scheme of his own party and the dangerous liaisons of his party, the Workers Party with Latin America narco-terrorists. But not a single accusation touched him.
Why the press did protect him that much?
We have in Brazil something that can be called the leftist axis: press-university-show business. It has been dominated by leftist ideology since the 60’s. It’s Antonio Gramsci’s dreams come true.
Of course they couldn’t accuse Lula of anything, he was one of them. A man of the people, a worker that had become president.
Lula was cherished by intellectuals, artists and journalists as the man who would heal Brazil’s huge social gap.
In the United States, the axis worked in the same way. Obama had Hollywood, press and intellectuals all by his side.
Larry Rother, a long time correspondent of the New York Times in Brazil just released a book with his best stories for the NY Times. Rother was almost expelled of Brazil when he wrote about president Lula’s drinking habits. Rother was a good observer of what was happening in Brazil during the Lula years. Curiously, his newspaper wasn’t able to do the same in the US, when the subject was Barack Obama.
Investigating Obama’s past and also dangerous liasons was immediately dismissed by the press as a demonstration of racism of the wasp America. By instance, where did all that money from Obama’s campaign come from?
Likewise, investigating Lula was an act of reactionaries from the elites that ruled Brazil for five hundred years.
Melanie Philips, in her blog at the British magazine The Spectator wrote about Obama’s election: “this is a watershed election which changes the fate of the world. The fear however is that the world now becomes very much less safe for all of us as a result. Those of us who have looked on appalled during this most frightening of presidential elections – at the suspension of reason and its replacement by thuggery -- can only hope that the way this man governs will be very different from the profile provided by his influences, associations and record to date.”
The silence of a press moved by ideological believes is however only a symptom of a much bigger issue.
Obama’s election represents the end of one ideal. An ideal born with that very Nation. An ideal conceived by the enlightened hearts and brains of America’s Founding Fathers, the ideal that every man shall be free to pursue his own happiness.
When McCain and Obama met Joe the Plumber, McCain talked about distributing opportunities. Obama talked about distributing money. Americans chose Obama.
Before, Americans always did their own thing, their business, their work, they didn’t care much about politics.
Now they want a saviour, a Messiah, someone to take from the rich and give to the poor. They want a European like super-state to take care of them, to tell them what to do, to make them happy.
That’s also the way Lula thinks. That’s the way every leftist liberal thinks. That´s the way to make individuals less individuals, an more herd like. A source of disaster.
The behaviour of the press, and the election of Obama makes the United States less American, more Latin American.
United States, in 2008 became an official Banana Republic.
And in 2008, the world saw the Olympic Games in Beijing and the worst economic crisis since 1929. It’s not a coincidence; it’s just the beginning of a new Era.
United States is no longer the headlight of the planet.
Obama rising, is China rising. Unfortunately.

Mission Impossible



Estou meio heavy metal hoje...

Thursday, November 20, 2008

Colabore com Lula: Faça dívidas


Do blog do Reinaldo Azevedo:

Seja um patriota! Faça dívidas!Todo mundo tem de colaborar, né? Se a gente não sair por aí comprando, endividando-se, aproveitando os juros camaradas que nos são oferecidos, vai acontecer o quê? Segundo Lula, vem o desemprego.
O credito consignado — ah, sim, reconheço a sua importância para a economia —, se bem pensado, já é um expediente só permitido porque muitos dos nossos “juristas” têm sono — quando não têm preguiça. E a razão é simples, vinda do mais límpido pensamento liberal: se o cara quer vender sem risco, que vá tomar suco de laranja. Mas aí os pragmáticos pensaram: “Gente, com menos risco, cai a taxa de juros, mais gente tem acesso a crédito, a economia anda”. É, eu sei. Nem tudo o que é bom para a economia é bom para as liberdades. Qualquer sistema que elimine o risco de vender e a recompensa ou punição para quem cumprir/não cumprir o contrato na forma da dívida contraída é uma porcaria. Parece mais cartório do que capitalismo. Adiante.
Depois do crédito consignado, poderiam inventar o crédito obrigatório, não é mesmo? Um brasileiro que não está endividado, que está guardando dinheiro no banco, fazendo poupança, não passa de um rematado canalha, de um insensível, de um conspirador. Um homem sem dívida é um sabotador do governo Lula.

Wednesday, November 19, 2008

Ordem no galinheiro


Uma galinha põe um ovo de um quilo.
Jornais, televisão, repórteres... Todos atrás da galinha.

- Como conseguiu esta façanha, Sra. Galinha?
- Segredo de família.
- E os planos para o futuro?
- Pôr um ovo de 2 quilos !

As atenções se voltam para o galo.

- Como conseguiram tal façanha, Sr. Galo?
- Segredo de família.
- E os planos para o futuro?
- Encher o avestruz de porrada

3 historinhas de Steve Jobs


http://video. google.com/ googleplayer. swf?docid= -382759589701637 8253&hl

Pela semana nacional do empreendedorismo.

Conan resolvendo pendências


Then come you forward Northman, for in my land...
...Men settle their quarrels like men!

Tuesday, November 18, 2008

Minha vida de bárbaro


Nietzsche comparava o homem vivendo em civilização a um animal enjaulado. As regras desse contrato social que assumimos para assegurar a sobrevivência da espécie seriam as grades segurando os impulsos primitivos do homem animal.
O bigode estava certíssimo. Não sei como é com vocês, mas eu tenho um bárbaro reprimido em mim, que volta e meia me assombra os pensamentos.
Às vezes por exemplo, em uma reunião chata, eu me imagino como Conan, no trono da Ciméria, entediado e irritado com a corja de ratos e aduladores que lhe cerca, torcendo por uma batalha.
Aquela garota linda que olhou para você no bar como se você fosse um mendigo? Imagino logo a porretada na cabeça, arrastando-a pelos cabelos até a caverna.
Pitboys que gostam de bater em empregadas? Escalpelados, dentes quebrados, membros arrancados a fio de espada.
Aquele porteiro que se acha o dono do prédio? Degolado.
O tiranete que puxa saco do chefe e destrata os empregados? Impalado.
O vendedor que te enganou? Arranco-lhe a pele com uma faca enferrujada e sem fio.
Mas se há um momento em que o bárbaro quer mais sair de sua prisão, é quando entro em uma repartição pública. Depois de passar horas em filas, guichês, bancos e cartórios.
Ah, destruindo aquelas escrivaninhas baratas a golpes de machado, esmagando crânios com uma clava de pregos, fazendo cabeças rolar na ponta da espada, violentando suas mulheres e filhas, queimando suas casas, jogando sal nas cinzas, arrastando seus cadáveres esquartejados pelas ruas, amaldiçoando seus antepassados, comendo seus fígados crus arrancados a golpes de punhal. E então rir de tudo bebendo cerveja na caveira dos vencidos.
Infelizmente nasci no século, ou no milênio errado.
Nasci entre as grades dessa jaula.
E meu bárbaro interior na verdade se transformou em uma gastrite crônica.
E a maior conquista da civilização para mim é omeprazol.

Monday, November 17, 2008

Sertanejos


Eu faço orgulhosamente parte de um setor de negócios que nas últimas duas décadas salvou a balança comercial brasileira, reverteu o êxodo rural e trouxe desenvolvimento e progresso para as fronteiras agrícolas do país.
Se antes o campo representava atraso, hoje é a força motora da economia nacional. Não é por menos que na semana passada a Bovespa andava por aqui ensinando aos fazendeiros como investir em ações e a usar o mercado futuro de commodities.
O agronegócio não representou uma transformação puramente econômica no interior do país, mas toda uma mudança cultural perfeitamente visível na música sertaneja.
Tristeza do Jeca de Angelino de Oliveira por exemplo é a música daquele caipira clássico de Monteiro Lobato, triste e morando na palhoça:

Eu nasci naquela serra
Num ranchinho beira chão
Todo cheio de buraco
Onde a lua faz clarão

E continua:

Lá no mato tudo é triste
Veja o jeito de falar
Pois o Jeca quando canta
Dá vontade de chorar

Com o progresso chegando, as músicas falam do boiadeiro triste que vê seu mundo desaparecer, como Triste Berrante cantada por Pena Branca e Xavantinho:

Mas sempre foi assim e sempre será
O novo vem e o velho tem que parar
O progresso cobriu a poeira da estrada
Esse tudo que é o meu nada
Eu hoje tenho que acatar e chorar
E mesmo tendo gente e carro passando
Meus olhos estão enxergando uma boiada passar

O sertão é um lugar idílico, que por força maior teve que ser abandonado. O caipira que troca o campo pela cidade se arrepende e morre de saudades do sertão. Está em Luar do Sertão de João Pernambuco:

Ó, que saudade do luar da minha terra
Lá na serra branquejando folhas secas pelo chão
Esse luar lá na cidade tão escuro
Não tem aquela saudade
Do luar lá do sertão

E em Saudades da Minha Terra, de Goiá e Belmonte:

Por nossa senhora,
Meu sertão querido
Vivo arrependido por ter deixado
Esta nova vida aqui na cidade
De tanta saudade, eu tenho chorado

Os amores, sempre impossíveis apareciam naquelas canções dor de cotovelo como Fio de Cabelo, de Marciano e Darci Rossi, imortalizada por Chitãozinho e Xororó:

E hoje o que encontrei me deixou mais triste
Um pedacinho dela que existe
Um fio de cabelo no meu paletó
Lembrei de tudo entre nós
Do amor vivido
Aquele fio de cabelo comprido
Já esteve grudado em nosso suor

Com a mudança de paradigma no campo, o sertão virou um lugar aprazível para se viver, longe dos tormentos e da violência da cidade. Já não tem tristeza nenhuma, só alegria, como conta a música Vida Boa de Victor e Leo:

Que vida boa
Que vida boa
Sapo caiu na lagoa,
sou eu no caminho do meu sertão
Pego o meu burrão
Faço na estrada a poeira levantar
Qualquer tristeza que for não vai passar do mata-burro
Galopando vou
Depois da curva tem alguém
Que chamo sempre de meu bem, a me esperar

Agora a caipirada só anda de caminhonete e a mulherada sobra. E ao contrário de músicas como Bandeira do Divino ou Calix Bento, agora o caipira largou a vida de igreja e quer mais é se divertir, como esse da música Por Favor Reza pra Nóis de Leonardo:

A gente não vai na missa
Por que a missa demora
Mas se vamos no boteco
Nós esquecemos da hora
No amor nós tá perdido
Nossa vida tá na fossa
Estamos sempre com mulher
Mais nunca é a nossa

Em Nóis enverga mais não quebra, Gino e Geno mostram que o caipira que pro pessoal da cidade tinha cara de bobo, de bobo não tem nada:

Nóis enverga mais não quebra, nóis chacoalha e não derrama
Nóis balança mais não cai, nóis é brabo e bom de cama
De bobo nóis não tem nada, só a cara de coitado
Nóis se finge de leitão, pra poder mamar deitado

Osso duro de roer, somos nóis aqui do mato
Tomando cachaça pura, comendo ovo de pato
Capinando a nossa roça, contando boi na envernada
Nóis não tem dor de cabeça, não se encomoda com nada

De noite a nóis vai pra festa e arrepia no bailão
Mulher bonita e gostosa, nóis ganha de montão
Onde tem moda de viola e catira nóis ta no meio
Nóis não liga pra dinheiro, nóis já ta com saco cheio

O caipira hoje é um sujeito endinheirado, com uma vida muito melhor do que o povo de Sum Paulo e que sabe aproveitar o que tem. Isso foi possível com a riqueza gerada pelo agronegócio e pela transformação cultural que misturou os valores tradicionais do sertão com a riqueza da agricultura e o mundo das festas de peão, dos rodeios e dos bailes. E pinga ni mim.
Honra seja feita, o primeiro a perceber essa transformação e a influenciá-la diretamente foi o saudoso Zé do Prato, um dos primeiros locutores de rodeio e o inventor da expressão "Seguuuura peão!", morto em Piracicaba em 1992. E segundo suas proféticas palavras:

Me chamaram de caipira e como caipira vou responder
Sou caipira sou da roça e tenho orgulho de ser
Caipira tem invernada e boi gordo pra comer
Tem vinho e uísque importado pra beber
Tem mangalarga pra trotar e quarto-de-milha pra correr
Tem loira de manhãzinha e morena no anoitecer
Se essa vida é ser caipira, eu sô caipira até morrer

Are you talking to me?

Are you talking to me?
ARE YOU TALKING TO ME?
Hey, he is talking to me...
BANG, BANG!

Momento Lumières de dissipar tensões.

Europeus


Eu tenho acompanhado alguns europeus em visitas de trabalho pelo Brasil. Eles vêm visitar nossas fazendas e indústrias de alimentos. Querem saber se o que produzimos e exportamos representa algum perigo para a saúde pública da população européia.
A coisa é irônica porque todas as últimas crises alimentares que aconteceram na Europa, febre aftosa, vaca louca, dioxina, listeria e tantas outras foram causadas exclusivamente por indústrias européias. Todas as semanas, em algum lugar da Europa, aparece uma notícia sobre uma maracutaia, uma falsificação, uma contaminação.
E eles aparecem por aqui com aquele arzinho de superioridade como se tudo por lá estivesse absolutamente sob controle.
Eu já acompanhei auditorias de europeus. Em todo lugar onde vão são bem recebidos.
E lá vão eles, investigando todo papelzinho, documento, análise, lupa em riste, procurando o menor sinal de erro. Ah, a sua pintura está descascando ali. Ah, essa toalhinha de papel para enxugar a mão é muito fina. Ah, a temperatura está 0.5°C abaixo do normal.
Os holandeses têm um nome para esse tipo de função: mieren neukers. Eu me recuso a traduzir aqui para não ofender o pobre leitor, mas é o tipo de gente que procura chifre em cabeça de cavalo.
Os auditores das indústrias de alimentos são especialmente preocupados com o que eles chamam de animal wellfare. Eles querem saber se aquele boizinho ou aquele frango que eles vão comer teve uma vida feliz, sombra e água fresca antes de virar hamburguer.
Nas listas de perguntas das auditorias eles sempre querem saber se o animal descansou, se ele se estressou, se ninguém gritou com ele. Ficam contentes quando tem um piso de borracha para o boi pisar sem se machucar.
Curiosamente eu nunca vi uma auditoria onde um europeu se preocupasse em perguntar aos funcionários dessas indústrias:
-você está contente com o seu trabalho?
- você tem uma casa?
- você tem assistência médica?
- seu filho está na escola?
Obviamente que como clientes eles podem perguntar o que quiserem.
Mas pelas perguntas eu sei as prioridades que eles têm, é como uma cena de Darwin's Nightmare.
Cambada de hipócritas.

Pneus


Em um mundo onde mulher calça as botas e bota as calças, poucas funções restam exclusivamente masculinas. Abrir potes por exemplo. E trocar pneu.
Meu pneu furou na BR163, Mato Grosso do Sul. Meio-dia. Temperatura a 10cm do asfalto: 398°C. Vento zero. Ar-condicionado inoperante. Sem água.
Meu pneu furou uma vez na Holanda também, quando eu morava por lá. Fazia -11°C. Chovia gelo. O vento frio e molhado entrava até pelos sapatos. Meu carro no acostamento gramado. Quando eu acionava o macaco, em vez dele levantar o carro o mardito afundava na lama gelada.
Não sei o que foi pior, mas por pior que tenha sido, o importante é que depois do serviço feito, você entra cansado e irritado, porém com uma satisfação vitoriosa lá no fundo, dirigindo a caranga até a borracharia mais próxima, orgulhoso pelo serviço feito e pela virilidade reafirmada.
Segundo alguns estudos científicos nossos míseros cromossomos Y estão condenados a desaparecer.
Mulheres estão seguindo suas carreiras. Estão se candidatando à presidência. Estão jogando futebol.
Tudo bem. O azar é só delas.
Mas nos nossos pneus ninguém mexe.

Nós


Lembra do Dirty Harry dizendo ao bandido: "Nós pegamos você".
E o bandido vendo que ele está sozinho pergunta "Nós quem?".
E o Harry: "Eu, Smith e Wesson"...
Pois é, nós estamos aqui para escrever de novo. Quem?
Eu, Sting, Concha y Toro...

Every time I see you falling...


Saturday, November 08, 2008

Consumo


Uma vez assisti um documentário sobre um escultor de móveis japonês. Ele esculpia seus móveis, sem usar pregos nem cola, em toras inteiras de madeira. Ele dizia que só era justificável derrubar uma árvore para se fazer um móvel se o móvel durasse tanto tempo quanto a árvore duraria.
Claro, seu trabalho estava para os móveis assim como Manolo Blahnik está para os sapatos, inclusive no preço. Mas esse tipo de respeito, tanto pelo consumidor como pela matéria prima é algo que sobrevive em nichos de artesanato ou no mercado de super luxo.
É óbvio que para milhões de brasileiros, indianos, chineses e russos saem da pobreza e entram no mundo do consumo, melhor ter um móvel das casas Bahia, uma Honda Biz ou um Tata Nano do que não ter móvel nenhum e ainda andar de busão, bicicleta e tuc-tuc.
Dois setores, na minha opinião, são os que mais cruelmente se transformaram com o consumo de massa. Um é o da alimentação, dominado pelas grandes redes de supermercado. O outro é o da construção civil.
Todo chef, e toda pessoa que gosta de cozinhar sabe a importância e o sabor de um ingrediente produzido com o devido respeito. Quem já provou um queijo roquefort, um jamón pata negra, um vinho de bordeaux, ou até mesmo um capão caipira sabe disso. Agora olhe o lixo que se vende nos supermercados, e que comemos todos os dias.
Na construção, o problema é outro. A arquitetura de massa nos coloca para viver em verdadeiros pombais. Quando as cités parisienses explodiram em violência no fim de 2005, divulgaram um vídeo em que François Mitterrand já argumentava nada de bom viria de pessoas vivendo isoladas em prédios feios, em bairros feios. Quando vejo esses apartamentos de classe média ligeira nas periferias penso nos jovens que vão sair dali.
De fato, se não há respeito pelo que se come e por onde moramos, não respeitamos nossa própria existência.
A economia hoje se move em torno de crédito e de consumo de massa. O marketing nos vende a idéia de que precisamos consumir para ser felizes. A indústria se propõe a produzir mais barato para que as pessoas consumam mais. Para produzir mais barato os salários são achatados. Recebendo menos, os trabalhadores procuram gastar menos, morando mal, comendo mal, consumindo produtos mais baratos ou entrando no crédito para poder comprar mais. Um dia a casa cai. Especialmente porque este planeta Terra não vai aguentar Brasil, Índia e China consumindo como americanos. A gente se mata antes disso.
A modernidade, como nos prometiam os Jetsons e aqueles comerciais dos anos 50, deveria ter nos trazido mais liberdade. Ao contrário disso, nos tornamos escravos do relógio, do salário e dos comerciais da tv. Morando no pombal, dentro de engarrafamentos homéricos causados por excesso de carros baratos na rua, comendo junk food.
Eu ando na contra mão. Como dizia aquela frase de pára-choque de caminhão: cada vez mais eu quero menos. Sem ambição? Nada disso, minha ambição é bem maior do que a dos outros.
Claro que sou capitalista, e acho que as pessoas são livres para comprarem o que quiserem.
Mas, eu, euzinho, sonho com o dia em que perceberemos todos que podemos consumir menos e melhor. Que toda a energia gasta em produzir lixo made in china por semi-escravos tiranizados será usada para produzir algo mais útil e com mais respeito. E como João Pereira Coutinho sugeriu, perceberemos todos que 100 objetos essenciais nos bastam para viver. E que a felicidade não está naquele comercial da televisão. E que poderemos preparar um almoço de três horas com algo que não venha congelado e embalado em plástico colorido.

Wassily Kandinsky














Porque ele foi eleito


Yeah, yeah, o sr. Barack Hussein Obama ganhou. Eu já disse, boa sorte a ele. E boa sorte a todos nós.
Todos os anti-americanistas do mundo estão em festa. O anti-americanismo, como sabemos, é aquela crença de que todos os males do mundo são culpa dos americanos. É, em resumo, a mais boçal manifestação de esquerdopatia. Infelizmente, essa crença é tão difundida que chegou até nos Estados Unidos. E foi o motivo do novo Messias e sua promessa de chaaange ter sido eleito.
Meu último resquício de anti-americanismo sumiu quando pisei no cemitério militar americano de Omaha Beach, na Normandia. Enquanto passeava entre as milhares de cruzes pensava no que seria do mundo se aqueles gringos não tivessem morrido ali.
Meu pensamento hoje me leva à Declaração de Independência dos Estados Unidos da América, e à subsequente Revolução Americana. Raras vezes na história do mundo, tantas mentes tão brilhantes estiveram juntas participando de um mesmo momento histórico. Foi ali que nasceu o ideal de civilização de nosso moderno mundo ocidental. O ideal de que todo indivíduo pode ser livre para escolher seu destino e construir a própria felicidade.
É esse ideal que está em risco com a vitória de Obama. Porquê? Porque o que os eleitores de Obama esperam de Obama é que ele lhes pegue pelas mãos, dê carinho e atenção, saúde, dinheiro e felicidade, sem que eles tenham que sofrer muito para isso. E de quebra consiga a paz mundial e faça os Estados Unidos serem amados pelo resto do planeta. Inevitavelmente, com tantas expectativas que ele mesmo construiu, Obama vai decepcionar muita gente.
Esse messianismo populista, que só encontra paralelo em países bananeiros, é o fruto do mesmo anti-americanismo mundial que entrou no país por Hollywood e pelo jornalismo de capacho.
Esse foi o espírito que elegeu Obama, e que infelizmente vai contra todos os princípios dos fundadores daquele outrora admirável país.

Thursday, November 06, 2008

Good luck to the man


Good luck to us all

Wednesday, November 05, 2008

Problemas


Você acha que tem problemas? Não.
Imagine um cara que tem um irmão gêmeo siamês, daqueles que nascem grudados. O irmão é gay e ele não. O irmão tem um encontro hoje à noite. E os dois compartilham a mesma bunda.
Esse cara tem um problema. Você não.
Se você tem problemas, garanto que alguém no mundo tem um problemas piores do que o seu.
Então pare de reclamar e back to work.

Tuesday, November 04, 2008

Os mortos


Acima do pórtico de entrada da Capela dos Ossos, dentro da Igreja de São Francisco, em Évora, Portugal, uma frase diz "nos ossos que aqui estamos pelos vossos esperamos". As paredes são feitas de caveiras, tíbias e fêmures empilhados. Um lugar construído para se meditar sobre a morte, segundo os padres portugueses.
Pense nos mortos. Quantos homo sapiens já morreram neste planeta antes de você? Nas cavernas, em guerras antigas, nas fogueiras da intolerância, pelas armas de ditadores, nas garras da fome, da doença, ou serenamente deitados em seu leito derradeiro?
Não pensamos nos mortos. Nossa sociedade quer vida eterna. Pior, quer juventude eterna. A velhice virou uma doença a ser evitada a todo custo, à base de cirurgias plásticas, remédios, malhação e dietas milagrosas light, diet, low carb, omega3, high fiber, antioxidantes. Fora o comportamento de eternos adolescentes. E na morte então, ninguém pensa ou quer pensar. Mesmo podendo ela aparecer atrás de cada esquina. Mors certa, hora incerta.
Invejo essas culturas orientais, que tem sempre um altarzinho pela casa com velas em homenagem aos ancestrais. Ou os mexicanos que no dia de finados andam em festas pelos cemitérios. E, seria em Madagascar? que levam o esqueleto da avó de volta para casa para uma visita, para ser limpo e pintado de branco e devolvido ao caixão no dia seguinte. Invejo médiuns que se comunicam com o além (no creo, pero que los hay...).
Triste é o homem que não tem mortos em quem pensar.
Pensar na morte, nos mortos, nos devolve a humildade. Nos traz o que João Pereira Coutinho chama de relativismo suave: "mesmo quando o demónio se intromete na pacatez dos meus dias, existe um lado de mim que ri dele. Como se o espírito deixasse o corpo e, planando sobre a carcaça, contemplasse o absurdo da minha condição. O absurdo da condição humana. E uma voz invisível segreda-me ao ouvido: será que vale a pena, companheiro? Será que vale a pena tudo isso quando tu estarás morto no futuro médio?"

O fim do jornalismo 2


Sobre meu post O Fim do Jornalismo, a amiga Clarisse escreveu: "Prefiro assim, abertamente parcial, a todas as propagandas mascaradas de nosso jornalismo brasileiro."
O comentário concentra uma verdade e um equívoco, ambos importantes.
A verdade é que a Clarisse, que é jornalista e sabe do que fala, tem absoluta razão quando diz que os meios de comunicação poderiam e até deveriam ser abertamente parciais em suas escolhas políticas. É do jogo, e é perfeitamente saudável para o debate democrático.
O equívoco é acreditar que eu estou criticando a mídia americana por escolher Obama. Não é verdade. Minha crítica, e a de Victor Davis Hanson, é para os jornalistas que por sua escolha política deixam de fazer o seu trabalho.
O jornalismo liberal americano blindou Barack Obama de tal forma que ninguém se dá mais ao trabalho de investigar sua vida. Qualquer acusação contra o homem é descartada por ser racismo ou reacionarismo. E agora o país está prestes a eleger um homem do qual se conhece muito pouco além de suas promessas de igualdade e mudança.
No Brasil, o jornalismo, em sua imensa maioria petista, nunca foi a fundo no trabalho de averiguar as relações incestuosas entre o PT e as empresas de telefonia, ou entre Lulinha e o governo, ou entre Lula e os mensaleiros. Tudo porque qualquer comentário ou acusação contra o presidente seria fruto de preconceito da elite branca contra o operário.
Jornalista pode ter partido? Pode sim, mas cada um no seu quadrado. Se não deixa o lugar no jornal e vai virar piqueteiro.

Sunday, November 02, 2008

Spirits of the Dead


Thy soul shall find itself alone
'Mid dark thoughts of the grey tomb-stone;
Not one, of all the crowd, to pry
Into thine hour of secrecy.

Be silent in that solitude,
Which is not loneliness — for then
The spirits of the dead, who stood
In life before thee, are again
In death around thee, and their will
Shall overshadow thee; be still.

The night, though clear, shall frown,
And the stars shall not look down
From their high thrones in the Heaven
With light like hope to mortals given,
But their red orbs, without beam,
To thy weariness shall seem
As a burning and a fever
Which would cling to thee for ever.

Now are thoughts thou shalt not banish,
Now are visions ne'er to vanish;
From thy spirit shall they pass
No more, like dew-drop from the grass.

The breeze, the breath of God, is still,
And the mist upon the hill
Shadowy, shadowy, yet unbroken,
Is a symbol and a token.
How it hangs upon the trees,
A mystery of mysteries!


Edgar Allan Poe

Anyone else but you


Saturday, November 01, 2008

Governos


Barack Obama vai ganhar as eleições porque tem a imprensa ao seu lado, tem Hollywood a seu lado, e tem uma campanha de 600 milhões de dólares.
Seu projeto é transformar os Estados Unidos em uma espécie de paraíso social democrata estilo europeu.
As visões de Barack Obama e John McCain sobre o futuro do país foram escancaradas quando os dois encontraram o Joe Encanador.
Obama falou em distribuir riquezas. McCain falou em criar oportunidades. Ao contrário do que prega a esquerdopatia da imprensa, eu estou com McCain nessa. E acredito que os americanos também deveriam estar.
Quem explica porquê, é Diogo Mainardi: "isso é o que diferencia os Estados Unidos do resto do mundo: em vez de espalhar a riqueza, os americanos acreditam apenas em espalhar oportunidades. Dessa maneira, quem for mais competente, quem for mais trabalhador, até mesmo quem for mais sortudo, naturalmente será recompensado. Os americanos - ou, pelo menos, uma parcela deles - estigmatizam a idéia de que o governo deve confiscar a riqueza de quem a produz para distribuí-la aos demais. Por um motivo bastante simples: para eles, um empreendedor que sabe ganhar dinheiro sempre saberá investi-lo melhor do que um burocrata estatal, produzindo mais riqueza e gerando mais empregos."
Os Estados Unidos, nos moldes criados por seus Founding Fathers são uma grande nação justamente por acreditarem no poder do indivíduo decidir o próprio destino e partir em busca da própria felicidade.
A Europa, nos moldes criados pelos burocratas de Bruxelas, está cometendo no meu ponto de vista um suicídio social coletivo. Seus cidadãos ao invés de usarem a própria vontade preferem depender de um governo que lhes dá mesada, amarra os sapatos e diz até o que eles devem ou não comer.
E o Brasil, bem, o Brasil é um caso a parte. Cobra impostos escandinavos e oferece serviços africanos. O resto fica na caixinha de suas excelências. E mesmo assim o governo lulista quer nos dizer o que devemos assistir, ler, comer, beber...
Para mim, se hay gobierno soy contra. Governo serve para a gente jogar tomate nele.
Tem que cumprir o mínimo necessário, aparecendo o menos possível. Quando digo o mínimo necessário, é para evitar o laissez faire de George W. Bush, que nos legou a tragédia do Katrina e o desastre financeiro de Wall Street.
Quiçá chegará o dia em que o único governo necessário será o da nossa própria consciência, visto que é no indivíduo que reside o limite entre civilização e barbárie.

O fim do jornalismo


Tanto aqui, como na Europa e nos EUA, a mídia e a academia são dominadas por ideologia esquerdopata. Porquê eu não sei, supostamente deveriam ser as pessoas mais bem informadas da sociedade. No entanto tenho uma teoria a respeito. Assim como na também obtusa Teologia da Libertação, intelectuais e jornalistas fizeram uma opção preferencial pelos pobres, imbuídos de um, por assim dizer, espírito justiceiro. Em suas mentes limitadas, já que parecem não ter aprendido nada com a História, o socialismo seria a única maneira de se fazer justiça, tirando dos ricos para dar aos pobres.
Desta forma, tanto jornalistas como intelectuais usam o poder que têm, o da informação, não na defesa do estado de Direito, mas na luta pela justiça social, sob a ótica marxista.
Vejam o Brasil de Lula por exemplo. Nunca antes nestepaiz um presidente foi tão protegido de tantos e tão numerosos escândalos. Porque a imprensa acredita que ele está lá, apesar dos pesares, trabalhando pela causa. Imaginem se o mensalão tivesso ocorrido no governo FHC. E pensar que Collor foi "impichado" por causa de um Fiat Elba.
Nos Estados Unidos a situação se assemelha, guardadas as devidas proporções. Barack Hussein Obama está a dois dias de ser ungido pelos liberais como o novo messias que vai trazer a paz mundial e a justiça social aos americanos.
Por conta dessa vaga promessa, Obama, que era um zé ninguém quatro anos atrás tem sido blindado pela mídia contra toda e qualquer acusação ou investigação. Ninguém sabe sobre as doações estrangeiras de sua campanha milionária, ninguém comenta suas ligações com radicais nos EUA e fora dele, ninguém sabe nem mesmo se ele nasceu nos EUA já que se recusou a apresentar uma certidão de nascimento. E nenhum jornal se propõe a investigar. Ninguém nem comenta que ele irá elevar os níveis de tributação nos EUA a limites nunca antes pensados. Ele é The Chosen One.
Quando Sarah Palin foi escolhida como vice de McCain, foi malhada feito Judas, mesmo tendo muito mais experiência administrativa do que toda a chapa democrata.
De Sarah, apelidada pelo beautiful people de Barbie Caribou, já sabemos tudo. Sabemos do seu casamento, do seu cunhado, da sua filha grávida, quanto custaram suas roupas... Até seu email foi violado. Já Joe Biden, vice de Obama, permaneceu mudo e calado os últimos meses e ninguém disse que ele estava evitando a imprensa. E ninguém mencionou suas declarações estúpidas, bem piores do que as de Sarah Palin.
Victor Davis Hanson escreve um esclarecedor artigo sobre isso na National Review. O título é The End of Journalism. Um trecho:
"The media has succeeded in shielding Barack Obama from journalistic scrutiny. It thereby irrevocably destroyed its own reputation and forfeited the trust that generations of others had so carefully acquired. And it will never again be trusted to offer candid and nonpartisan coverage of presidential candidates.Worse still, the suicide of both print and electronic journalism has ensured that, should Barack Obama be elected president, the public will only then learn what they should have known far earlier about their commander-in-chief — but in circumstances and from sources they may well regret."

Dia do Saci?



Quem foi o Policarpo Quaresma que inventou que hoje é dia do Saci? A intenção é impedir que o Halloween dos malditos imperialistas ianques se torne uma tradição brasileira?
Acionem o Itamaraty, devemos promover o Dia do Saci nos outros países bolivarianistas latino americanos e proibir a venda de abóboras durante o mês de outubro.
Yankees go home!
Vou me fantasiar de curupira e fazer treat or trick na porta do Alvorada.

No Universo Paralelo

No Universo paralelo,
down the rabbit hole.
Eu tenho a Força
e a She-ra me rouba beijos,
nas escadas de incêndio de Greyskull.
Jogo de asa nos All Blacks.
Visto Zegna e Armani,
ou melhor, não visto nada.
Almoço na Cidade do Cabo, e janto
with you, em Katmandu.

No Universo paralelo,
por detrás de portais galácticos.
Sou herói da resistência,
cimério e templário,
jedi e mercenário.
Meu Aston Martin voa.
Seven Nations Armies couldn't hold me back.
Não há mentira.
Homens morrem mortes violentas e dignas.
É primavera.

No Universo paralelo,
dos espelhos de Borges,
da chama da rainha Loana.
Danço tango, nas noites de lua
sorridente de Paris.
Meu reino por uma espada.
Sou mais alto, mais rápido, mais forte.
Sou Buck Rogers em buracos negros.
Meus amigos, estão comigo.
Vivemos como lobos.

No Universo paralelo,
das cores de Van Gogh.
Sou Cortez, Pizarro e Montezuma.
Mas o universo paralelo,
só existe em minha cabeça,
Guilhotinada, por delicadeza.
De onde saem
as dores do mundo,
balas chita,
e vapores de absinto.

Lumières most wanted movie stars

Monica Belluci

Eva Green

Keira Knightley
Virginie Ledoyen

Kate Beckinsale

Penelope Cruz

Natalie Portman

Rachel Weisz

Jennifer Connelly

Sophie Marceau

Halle Berry
Audrey Tautou

Bem vindos a esta edição do Lumières Most Wanted 2008. Em primeiro lugar parabéns às selecionadas, foi uma vitória sensacional do time das morenas. Nicole Kidman, Charlize Theron, Elizabeth Shue, Scarlet Johanson, Kirsten Dunst, Naomi Watts...melhor sorte na próxima, vocês quase chegaram lá, mas com as morenas no páreo vocês não tem vez...
Vitória importante da Itália ali com o incontestável primeiro lugar. As outras tem que comer um pouco mais de feijão para tirar o seu lugar Monica.
É a França no entanto que conquista o vice campeonato com a sensacional bond girl Eva Green, e ainda marca forte presença na lista com quatro selecionadas, Eva, Virginie, Sophie e Audrey, uma equipe espetacular. Allez les bleus! Félicitátions...
A Inglaterra conquista o terceiro lugar no pódio com a doce Keira e ainda emplaca outras duas na lista, Rachel e Kate.
Menção honrosa à Espanha com a bela Penélope.
Representando os Estados Unidos, Halle e Jennifer.
De Israel, a B&B (Beauty and Brains) Natalie.
Lembrando que não basta um rostinho bonito para entrar no Lumières Most Wanted, é preciso personalidade.
Um abraço a todos e até a próxima edição.