Saturday, October 20, 2007

O Brasil do futuro


Minha viagem começou a trabalho. Eu e dois holandeses atravessamos o sertão goiano e mineiro conhecendo um Brasil que é diferente do Brasil sobre o qual costumamos ler no jornal, diferente do eixo Brasília-Rio-São Paulo.
Anuncio orgulhosamente neste blog (já que pouca gente que vem aqui sabe o que faço) que, mesmo aqui na Holanda, sou parte do setor do agribusiness brasileiro. Digo orgulhosamente porque sei que é a parte que funciona melhor neste país, não por causa do governo mas apesar dele. Vi muito boi, cana, café, soja, algodão, frutas, seringueira, e vi muita gente competente trabalhando e criando riquezas. Basta olharem nossas exportações nos últimos 20 anos e ver que foi o campo que salvou a balança comercial e que tirou o país do buraco.
Não o campo do MST, monopolizadores da miséria alheia, que insistem em uma reforma agrária que só funcionaria se estivéssemos no século XIX, mas o campo de gente séria que trabalha, usa tecnologia, produz e gera empregos e dinheiro. Já se vai longe o tempo do Jeca Tatu de Monteiro Lobato.
Longe da lama de Brasília e do medo das ruas do Rio e de São Paulo, há um Brasil que funciona, que faz inveja ao resto do mundo, alegre, relaxado, porém trabalhador. E como dizia Zé do Prato, ilustre cidadão e peão de rodeio piracicabano:
Se me chamarem de caipira como caipira vô respondê
Sô caipira sô da roça e tenho orgulho de sê
Caipira tem invernada e boi gordo pra cumê
Caipira tem vinho e uísque importado pra bebê
Tem loira de manhãzinha e morena no anoitecê
Mangalarga pra trotá e Quarto de milha pra corrê
Si essa é vida é sê caipira eu sô caipira até morrê

1 comment:

deboraHLee said...

Sendo originária de um Estado historicamente agrícola (Paraná), fico feliz em ler teu texto. Só fico triste pelos boizinhos, tadinhos. Não os como e sou bem contra os rodeios mas, tudo bem, sei que faz parte de nossa cultura.

bises.