Eu assisti na televisão holandesa uma vez um documentário sobre o Movimento dos Sem Terra no Brasil. Mostrava a organização quase militar dos acampamentos, as escolas onde pregavam a ideologia marxista do movimento, o coletivismo. Mostravam os camponeses cantando junto canções de guerra contra o capital, as crianças na escola (uma escola recebeu o nome de Mao Tsé Tung), as cestas básicas distribuídas... Fico imaginando no que um europeu deve pensar olhando aquilo tudo. Uma grande maioria acha muito bonito é claro. Nesses tempos de aniversário da morte de Che Guevara, ainda há muito otário entediado por aqui querendo achar uma causa qualquer para lutar na Africa ou na América Latina, vide a holandesa que foi parar nas FARC.
Eu recomendaria duas leituras aos Sem Terra. Uma é Stálin, a Corte do Czar Vermelho de Simon Sebag Montefiore. Ali o autor descreve como Stálin massacrou os camponeses russos, roubando-lhes os grãos para financiar a nascente indústria pesada soviética. Os que aceitavam morriam de fome. Os que recusavam eram fuzilados ou deportados para a Sibéria. Viajantes relatam terem visto aldeias inteiras cobertas de cadáveres, mortos de fome. Os camponeses comiam os cães, cavalos e os ratos, depois a sola das botas e as cascas das árvores. Quem diria que seriam eles os maiores inimigos da revolução russa. Mao foi ainda pior. O outro livro é o Estado da África, de Martin Meredith, um livro brilhante que mostra como a África ficou mais pobre mesmo depois de receber mais de 1 trilhão de dólares em ajuda financeira do resto do mundo nas últimas 5 décadas. Mostra as mazelas promovidas pela reforma agrária e pelas políticas socialistas de vários governantes africanos, desde a Costa do Marfim até o Zimbábue.
A reforma agrária no Brasil teria sentido há mais de um século atrás. Porque naquele tempo terra era a única fonte de riqueza. Hoje o Brasil não precisa de distribuição de terras, precisa de distribuição de riquezas. Um lote de terra com milho e mandioca não gera riqueza nenhuma. É por isso que nos assentamentos mais antigos do governo, que foi esperto foi comprando o lote dos outros. Os que não sabiam trabalhar a terra trocaram seus lotes por uma mobilete e voltaram ao Movimento, que é quem lhes dá sustento.
O Brasil virou uma potência mundial em commodities agrícolas, por pura competência dos que trabalham na terra seriamente. E a beleza da agricultura moderna é que as grandes propriedades produzem grãos, frutas e carnes a baixo custo, portanto mais baratos para a população. As propriedades pequenas produzem flores, hortaliças, champignons, rãs, escargots, trutas e outros produtos de maior valor, portanto destinados às classes mais ricas. Não há mais espaço para o lotezinho de milho e mandioca. O Brasil não precisa de uma reforma agrária, precisa é de uma reforma urbana. Na Holanda, cada mísera cidadezinha de 5.000 habitantes tem seu banco, seus supermercados, concessionárias, lojas, fábricas. Há emprego, e portanto renda.
Mas o qual o quê! O Movimento não quer terra. Todo mundo sabe que eles não sabem trabalhar a terra, que eles desmatam, que eles não respeitam o meio ambiente, jogam lixo, e a única coisa que aprendem a fazer para vender é compota. O mais fácil mesmo é esperar a bolsa e a cesta do governo. O Movimento dos Sem Terra quer é poder. Quer usar essa massa miserável (povo marcado, povo feliz) como bucha de canhão, entrar onde bem entender, ocupar o que bem quiser, sob a benção do governo. Seus mortos são mártires, baixas da revolução, o dos outros não têm nem nome e nem importância. O que eles querem é usar a farsa do povo oprimido para impor sua moral torta e rasgar a constituição ao bel prazer de seus líderes, os mesmos que admiram Stálin e Mao Tsé Tung.
Eu recomendaria duas leituras aos Sem Terra. Uma é Stálin, a Corte do Czar Vermelho de Simon Sebag Montefiore. Ali o autor descreve como Stálin massacrou os camponeses russos, roubando-lhes os grãos para financiar a nascente indústria pesada soviética. Os que aceitavam morriam de fome. Os que recusavam eram fuzilados ou deportados para a Sibéria. Viajantes relatam terem visto aldeias inteiras cobertas de cadáveres, mortos de fome. Os camponeses comiam os cães, cavalos e os ratos, depois a sola das botas e as cascas das árvores. Quem diria que seriam eles os maiores inimigos da revolução russa. Mao foi ainda pior. O outro livro é o Estado da África, de Martin Meredith, um livro brilhante que mostra como a África ficou mais pobre mesmo depois de receber mais de 1 trilhão de dólares em ajuda financeira do resto do mundo nas últimas 5 décadas. Mostra as mazelas promovidas pela reforma agrária e pelas políticas socialistas de vários governantes africanos, desde a Costa do Marfim até o Zimbábue.
A reforma agrária no Brasil teria sentido há mais de um século atrás. Porque naquele tempo terra era a única fonte de riqueza. Hoje o Brasil não precisa de distribuição de terras, precisa de distribuição de riquezas. Um lote de terra com milho e mandioca não gera riqueza nenhuma. É por isso que nos assentamentos mais antigos do governo, que foi esperto foi comprando o lote dos outros. Os que não sabiam trabalhar a terra trocaram seus lotes por uma mobilete e voltaram ao Movimento, que é quem lhes dá sustento.
O Brasil virou uma potência mundial em commodities agrícolas, por pura competência dos que trabalham na terra seriamente. E a beleza da agricultura moderna é que as grandes propriedades produzem grãos, frutas e carnes a baixo custo, portanto mais baratos para a população. As propriedades pequenas produzem flores, hortaliças, champignons, rãs, escargots, trutas e outros produtos de maior valor, portanto destinados às classes mais ricas. Não há mais espaço para o lotezinho de milho e mandioca. O Brasil não precisa de uma reforma agrária, precisa é de uma reforma urbana. Na Holanda, cada mísera cidadezinha de 5.000 habitantes tem seu banco, seus supermercados, concessionárias, lojas, fábricas. Há emprego, e portanto renda.
Mas o qual o quê! O Movimento não quer terra. Todo mundo sabe que eles não sabem trabalhar a terra, que eles desmatam, que eles não respeitam o meio ambiente, jogam lixo, e a única coisa que aprendem a fazer para vender é compota. O mais fácil mesmo é esperar a bolsa e a cesta do governo. O Movimento dos Sem Terra quer é poder. Quer usar essa massa miserável (povo marcado, povo feliz) como bucha de canhão, entrar onde bem entender, ocupar o que bem quiser, sob a benção do governo. Seus mortos são mártires, baixas da revolução, o dos outros não têm nem nome e nem importância. O que eles querem é usar a farsa do povo oprimido para impor sua moral torta e rasgar a constituição ao bel prazer de seus líderes, os mesmos que admiram Stálin e Mao Tsé Tung.