Saturday, July 26, 2008

Why so serious?


Heath Ledger realmente arrasa no novo filme do Batman. O bandido que só quer viver para provocar o caos, porque segundo ele só sem regras se é livre, é o oposto perfeito do justiceiro morcego em crise existencial. É inimaginável que um ator tão bom tenha morrido por uma estupidez daquelas.
Dark Knight é um filmaço, especialmente pelas atuações de Ledger, Christian Bale e Gary Oldman como comissário Gordon. Vale a pena.
Mas se querem minha opinião, eu prefiro o visual dos dois filmes de Tim Burton. Ninguém criou uma Gotham City como ele. Gotham era para ser uma personagem à parte no filme. O mundo das graphic novels desaparece no filme de Christopher Nolan, onde Gotham se parece com Seattle, Chicago ou qualquer outra cidade. Nolan quer um filme e um cenário onde a história de Batman seja verossímil. Não combina.

Comida boa


Quando eu comecei a me aventurar por cozinhas, eu morava na Europa, seguia receitas da televisão e achava tudo muito bonito e fácil.
Tava tudo ali no supermercado mais próximo, de cogumelos a enguia defumada, tudo prontinho, limpo, cortado, embalado...
Com os ingredientes certos e seguindo receita, qualquer mané cozinha.
É relativamente fácil preparar um prato bom e chique seguindo uma receita e comprando os ingredientes todos já prontos e fáceis no supermercado mais próximo.
Mas se eu aprendi alguma coisa de cozinha com meus gurus Gordon Ramsey e Jamie Olivier foi o seguinte:
Primeiro, mantenha os pratos simples, e faça com que a pessoa que come sinta o sabor de cada ingrediente.
Segundo, use ingredientes locais.
Ou seja, meus livro de receita europeus vão empoeirar na prateleira.
Meu negócio agora é cozinha da roça.
O problema da Roça Kitchen é a escala. Uma amiga deu de presente ao sogro holandês um livro de receitas tipicamente da roça. Preciso perguntar o nome para comprar um igual.
As receitas eram sempre com uma leitoa, um cabrito, 5kg de costela e outras delicadezas.
Uma das receitas começava assim: "Pegue o sangue de seis galinhas...".
A Vaca Atolada por exemplo, mandioca cozida com carne. Só dá pra fazer de panelada. Arroz carreteiro. Feijão tropeiro. Feijoada. Pão caseiro é feito com banha de porco. E come-se com manteiga aviação, não é aquelas margarinas horrorosas cheias de omega 3. Roça Kitchen é isso aí, comida boa e que demanda uma sesta mínima de 5 horas pós almoço.
O Jamie e o Oliver podem ser cheios de truques mas queria vê-los enfrentando um fogão a lenha para fazer uma leitoa pururuca.
E aqueles holandeses que só compram um bifinho que não pode ter nem osso e nem gordura. Isso aqui no Mato Grosso chama-se baitolagem.
Roça Kitchen é meu futuro. Só que se eu não quiser pesar 190kg daqui uns meses vou ter que acordar às 5 da manhã todo dia pra capinar mato e ordenhar vaca.

Spleen


Dans un vieux square où l’océan

Du mauvais temps met son séant

Sur un banc triste aux yeux de pluie

C’est d’un blonde

Rosse et gironde

Que je m’ennuie

Dans ce cabaret du Néant

Qu’est notre vie.


León-Paul Fargue

O país que vai pra frente


A reportagem especial da Veja dessa semana que passou é um sopro de alento para aqueles que desejam continuar acreditando no país.
A reportagem fala sobre o Brasil que dá certo, longe das maracutais políticas, do assistencialismo, da falta de planejamento. Fala de bons exemplos, tanto da iniciativa privada como da pública, que criam empresas e cidades que funcionam.
Nota-se a força do interior, principalmente do agronegócio com as exportações de carne, soja, açúcar e álcool. Mas há outros bons exemplos na indústria têxtil, petróleo, mineração.
Aparecem todas as vantagens do (petista gritando: oh horror!) capitalismo! As atividades econômicas que geram (horror, horror!) lucro, melhoram a renda da população, melhoram a educação, o nível de vida, e com a administração pública adequada, cidades que antes eram amontoados de casebres ganham forma e desenvolvimento.
A reportagem fala ainda dos meganegócios envolvendo empresas brasileiras, como a compra da Budweiser pela Inbev, da Swift pela Friboi, do Bank Boston pelo Itaú .
Na contra mão da realidade, o PT parece estar mais do que nunca interessado em reestatizar empresas já privatizadas, quando na verdade elas são muito mais eficientes sem a participação do Estado. Como todo o resto.
O país desenvolve-se não por causa do governo, mas apesar dele.

Dona Ruth, Ignácio de Loyola Brandão e Araraquara


No Estadão, há uma página especial com links de textos de escritores e intelectuais dedicados à memória de Dona Ruth Cardoso. Dá para ver o quanto ela era querida e admirada.


Dona Ruth era da cidade de Araraquara, como eu. E como Ignácio de Loyola Brandão, o escritor. Embora tenha vivido pouco tempo por lá, Araraquara é minha terra natal, é para onde vieram meus bisavós italianos, é onde sempre passei férias com a família. E por isso traz sempre boas lembranças, como trouxe ao meu conterrâneo escritor quando falava da nossa outra conterrânea famoso. Mais ainda porque conheço as pessoas de quem ele fala neste texto:




O meu adeus a Ruth Cardoso
Ignácio de Loyola Brandão*

Noite de terça-feira, quase 11 horas, estava começando a dormir, tive três dias de trabalho quase forçado, fui cedo para a cama. Meu irmão João ligou de Araraquara, informou: dona Ruth Cardoso acabou de morrer, deu no plantão. Um baque, despertei de vez, ficou dentro de mim uma sensação estranha. Ela não era propriamente uma amiga, dessas que freqüentamos, para quem ligamos, com quem comemos de vez em quando. Mas havia uma ligação forte entre nós, motivada por Araraquara, claro, e outros pequenos acontecimentos. Logo em seguida, me ligaram do SBT, queriam um depoimento, recusei, não estava com cabeça para aquilo, marquei qualquer coisa para o dia seguinte, sem perceber que o dia seguinte estava lotado. Não me senti no direito de fazer um depoimento, preferi homenagear Ruth Cardoso no meu espaço.
Quando Fernando Henrique foi eleito, a revista Vogue programou um número especial com a primeira-dama. Sagaz, inteligente, ela foi driblando os editores, alegava que era cedo, não queria falar de política e economia, que era tudo o que perguntavam a ela naquele momento, o marido ainda nem tinha se acomodado na cadeira presidencial. A insistência nossa continuou e uma tarde, chegou ao Andréa Carta, o editor, um recado da primeira dama: ''Concordo em me encontrar com o Loyola, por duas horas, para falarmos de Araraquara, nada mais.'' No dia, cheguei às 14 horas ao apartamento da Rua Maranhão, onde moravam, depois é que se mudaram para a Rua Rio de Janeiro.
A conversa começou tênue, logo o tema se desenvolveu, encontramos nosso primeiro ponto de contacto. O pai de Ruth, seu José, um homem simples, cordato, tinha sido o contador do jornal O Imparcial, de Araraquara, onde fui crítico de cinema, repórter, linotipista, etc. E dona Mariquita, a mãe dela, tinha sido minha professora de biologia no Instituo de Educação. Mariquita era mulher bonita, sorridente, bem-humorada, bastante irônica às vezes, severa em classe. A conversa correu solta, porque eu tinha as referências das parentes dela, das tias beatas que desciam uma avenida todas as noites para a reza, de amigas de juventude como a Maria Alice Lia que se casou com Miguel Tedde Netto, um advogado. Maria Alice me deu aulas de português e de latim por um período. Os laços se estreitavam. E havia o grupo de jovens na época, com quem ela saía, ia ao cinema, dançava no Clube Araraquarense, sendo um desses jovens o Nelson Gullo, hoje meu sogro. E também se falou no Brasilino, o pé-de-valsa (como se dizia) da época e com quem ela adorava dançar. Dança puxa musical e quando comentei que meu sonho tinha sido ser Gene Kelly, ela, que também adorava musicais, rebateu: ''Mas por que você não queria ser o Fred Astaire, mais elegante, estilista, leve?''
E o que deveria ser uma conversa de duas horas, entre 14 e 16 horas, tornou-se um desfilar de coisas e casos e gente e já eram quase 18 horas quando a empregada chegou com o café e ela lamentou, ''pena, eu queria fazer o café para você, igual ao que aprendi com minha mãe''. Naquelas quatro horas tínhamos revisitado uma cidade que existia então na memória, estava guardada na imaginação. Ela se lembrou de Sartre e Simone de Beauvoir, para quem deu um jantar quando estiveram no Brasil. E fez uma sopa de mandioquinha que era sua especialidade e a Simone detestou. No fim, Ruth não se conteve: ''Simone era uma grande intelectual, mas também uma grande chata.'' Acabou sendo um dos perfis mais completos e deliciosos que fiz para a Vogue em meus de 15 anos de redação.
Para completar, fui a Araraquara, conversei com os amigos de juventude dela, revirei gavetas, remexi os armários de Zé Baiano e sua mulher Biluca, dos mais chegados. Zé Baiano era o único em quem José e Mariquita, os pais, confiavam, a ele cabia ser o anjo da guarda de Ruth. Publicamos fotos inéditas da adolescente, vindas de álbuns que havia muito não eram olhados. Ruth Cardoso foi uma jovem deslumbrante, cercada por um bando de rapazes que tentaram e nada conseguiram e ficaram enciumados quando ela apareceu na cidade com o namorado Fernando Henrique Cardoso, que se hospedava no Hotel Municipal. A matéria saiu na Vogue, mas depois, quando escrevi um livro inteiro falando de minha cidade, A Altura e a Largura do Nada, transformei o perfil num segmento inteiro, porque por meio dele se conhecia a vida na cidade, em certa época, era um documento. Ruth sempre foi um dos orgulhos de Araraquara.
Um dia o Ministério das Relações Exteriores me deu a Comenda da Ordem de Rio Branco. No dia da entrega eu não estava no Brasil, marcou-se para outra data uma cerimônia rápida, semi-oficial, sem grandes protocolos. Apareci em Brasília, num dia em que era recebido o presidente do México. Entrei na fila de cumprimentos aos presidentes e quando cheguei perto, Ruth sorriu e disse ao ministro Celso Lafer, ao lado dela: ''Esta tarde será mais de Araraquara do que do México.'' Houve um almoço e mal terminado fui levado pelos labirintos do Itamaraty à sala do ministro. Ali estava Ruth Cardoso e Celso Lafer - a mãe dele morou em Araraquara certa época, até se casar e vir para São Paulo. Uma cerimônia foi improvisada, informal, descontraída, cheia de sorrisos, apareceu ainda o embaixador em Roma, Andréa Matarazzo. Falou-se do quê? Da nossa cidade.
Tivemos encontros esporádicos depois disso, incidentais, sabíamo-nos amigos, ainda que não íntimos, de longa data. Mas era sempre um abraço, um sorriso carinhoso, uma lembrança qualquer, estávamos também ligados por meio do casal Maria Helena e José Gregory, estes, sim, íntimos, de encontros constantes, viagens, por ter um sítio lado a lado. Não, não fui à Sala São Paulo para o velório. Guardo dela nosso último encontro no CineSesc, na Rua Augusta, ela adorava cinema. Fiquei com aquela imagem. Esta é uma primeira-dama que o Brasil jamais esquecerá. Sentiremos muito sua falta.

Monday, July 21, 2008

Ajuda Espiritual II


Este fim de semana fui à boate, depois de séculos de abstinência. Era uma boate exótica, cheia de galhos, jacarés, estátuas perdidas e índios falsos que faz sucesso aqui em Campo Grande. Até um avião caído tem no meio da boate. A boate é point dos bad boys & girls daqui. A única vantagem de ter ido à boate é que me convenci que posso ficar mais um século sem pisar em uma delas.
A boate estava cheia de jovens cheios de (bleergh) atitude. Tocava o créu. Tocava a piriguete. Tocava o funk da cachorra. E os jovens lá, cheios de atitude.
Há um outro edifício em Campo Grande que chama a atenção. É um templo da Igreja Universal do Reino de Deus. É obscenamente grande e brega. É tão aberrante e destoante da paisagem quanto a grande Mesquita que estavam construindo nos arredores de Rotterdam quando saí de lá. A malandragem local já apelidou o dito templo de Casa da Moeda. Um amigo entrou lá e ficou impressionado com a lavagem cerebral efetuada pelos pastores na massa ignara. Ele mesmo quase deixou o salário por lá.
O contraste entre os dois cenários me remete a Giuliano da Empoli e seu ensaio A Orgia e a Peste.
Vivemos hoje aparentemente em um mundo prestes a se acabar. Cadáveres e bombas são jogados em nossas salas todos os dias pela tv. O aquecimento global nos ameaça com inundações, secas e dilúvios, o terrorismo bate à nossa porta. Vivemos muito mais aterrorizados do que os nossos antepassados, e no entanto nunca o bicho homem alcançou um nível tão avançado (na média) em segurança, bem estar e saúde.
Essa impressão de Apocalipse cria de um lado uma juventude pronta a se acabar em sexo, drogas e música ruim, que desconhece o passado e tem medo do futuro. Vive só no presente.
E de outro lado faz renascer todo tipo de crenças e superstições que acreditávamos esquecidas no passado. O faz um Wicca em pleno século XXI? Como alguém pode acreditar no Carlos Magalhães? Como há católicos que acreditam em reencarnação? Como é que tem gente ainda dando dinheiro ao Edir Macedo ou à Bispa Sônia? A fé virou um shopping center onde as pessoas escolhem acreditar no que lhes é mais conveniente ou no que é melhor vendido.
Até o ateísmo moderno estilo Richard Dawkins virou uma religião extra, defendida com unhas e dentes por ateus e àtoas tão fanáticos quanto os talibans.
Eu acredito que religião nunca se extinguirá da face da Terra enquanto o homem existir. Está em sua natureza buscar o mistério. Um ateu, que se fecha na bolha do conhecimento existente recusa-se a aceitar a mera possibilidade de haver algo mais.
Em tempos apocalípticos, talvez tenhamos mesmo que nos aproximar mais de Deus, em uma jihad pessoal em busca de conhecimento. Há certamente muitas pontes até Ele.
Mas nenhuma com certeza passa por enganar, roubar e ludibriar o próximo.

Ajuda Espiritual I




Como dizia um velho amigo, esta é uma verdade universal:
"NINGUÉM NUNCA PERDEU DINHEIRO POR APOSTAR NA ESTUPIDEZ DO POVO"

Stop Iran


Pode ter sido ridícula a falsificação que o Irã fez das fotos de seus testes de mísseis, mas a realidade é que testes foram feitos e mesmo que nem todos seus mísseis sucatas funcionem, o país parece empenhado na estratégia de incomodar o resto do mundo e principalmente os israelenses ali pertinho com discurso e atitudes belicosas.
O louco do Mahmoud já disse uma vez querer varrer Israel do mapa e acha que o Holocausto não aconteceu.
Nunca é demais lembrar que Israel é a única democracia de verdade ali naquelas bandas, onde direitos de católicos, muçulmanos, homossexuais, mulheres e outras minorias são respeitados.
Ahmadinejad repete a estratégia de tantos outros déspotas cretinos de culpar os americanos e os judeus por todas as mazelas que ele mesmo impõe a seu povo.
Na minha opinião que tinha que ser varrido do mapa era ele, e o que vai provavelmente acontecer se ele continuar com graça.
Mas guerra nunca é bom para ninguém, sobretudo para a grande massa analfabeta que é manipulada por esse tipo de tirano e que é na verdade quem leva as bombas na cabeça. Como disse Jean Daniel e eu repeti aqui várias vezes, as primeiras vítimas do fundamentalismo islâmico são os próprios muçulmanos.
O que posso fazer, sou um pacifista. Do tipo daqueles mineiros que dão um boi para não entrar numa briga mas uma boiada para não sair dela.
Outro dia sugeri congelarem e confiscarem os investimentos, ativos e passivos de gente como Mugabe e Mahmoud no Ocidente.
Mas tenho outra sugestão. O louco iraniano já enfrenta uma séria oposição em seu próprio país, principalmente dos estudantes que já cansaram dessa vida de revolução islâmica, onde não se pode dar nem uns beijinhos e nem tomar um chopps com pastel.
Israel e os americanos deveriam bombardear o Irã não com mísseis, mas com livros e laptops.
Deveriam criar uma rede de internet wireless tornando a internet acessível para todo o Irã e quiçá a todo mundo islâmico. Vai ser bem mais barato e bem mais eficaz que uma guerra.
Acredito firmemente que a pena vencerá a espada. A revolução (ou evolução) lá deles precisa acontecer de dentro para fora, e não de fora para dentro como foi no Iraque.
Mas é claro, se o louco vier com seus mísseis, estou com Israel e não abro. Bateu, levou.

Ethanol: Brazil’s green fuel


At the very moment I write these lines, the oil barrel reaches $ 146, a historical record.
Many blame oil speculators for this all time high, but this is hardly an argument. Oil producers are pumping as hard as they can, and there are no rising oil stocks in the world.
But on the demand side, the growth of emerging countries is unstoppable.
For the first time, millions of people in Brazil, China, and India are getting out of poverty thanks to their economical growth. More and more can they afford to build a house or to have a car, a refrigerator and other consumer goods. India’s car manufacturer Tata just presented a car that costs $ 2.300.
And those humanists that drive a beautiful and expensive hybrid car come and say: Stop developing now or you will ruin the planet. Don’t buy this new cheap car, just keep taking your five children to school on that old rusty bicycle of yours.
I think that keeping millions of people in poverty to save the environment is not the solution.
Solution lies in alternatives for oil. Another reason to find an alternative is because most of the oil reserves are located in the most unstable countries in the planet. Would you like to have your country dependent for always on people like Hugo Chavez, the Saudis, Gaddafi or those guys in Nigeria and Sudan?
Brazil has found an alternative fuel in sugarcane, a kind of big sweet grass originally from South East Asia, taken by Portuguese and Spanish explorers to Canarias and Azores Islands and then to the New World.
Brazil has been exporting sugar from sugarcane since the 1600’s.
In the 1970’s, when OPEC provoked a world oil crisis, Brazilian government started a program to produce ethanol from the fermentation of sugarcane saccharose.
In 1978, when oil represented 46% of the total Brazilian import, the first ethanol powered car was ready.
In 1986, 76% of the cars produced in Brazil were ethanol powered. Brazil produced on that year 12,3 billion liters of ethanol.
After those good years, oil prices went down, sugar prices went up and the use of ethanol as fuel was largely diminished.
However, the technology developed on those years on sugarcane production was fundamentally important to the moment Brazil is living now.
Since 2003, automobile industry is producing flex fuel cars. Cars that can use ethanol or gasoline or both together in the same motor. Today, 85% of the sales in the automobile industry in Brazil are flex fuel cars. The high oil prices have convinced investors that future lies in biofuels and the new boast of sugarcane industry is no longer a government program but an initiative of the private sector.
Today, Brazil is the number one in sugarcane production. The country produces 19% of the sugar and 33% of the ethanol produced in the world. In 2006, 422,9 million tons of sugarcane were harvested giving $ 6.2 billion in sugar exports and $ 1.6 billion in ethanol exports.
Showing off this huge potential, Brazil has frightened some competitors and has suddenly become a target of criticism from the international community because of the increase in sugarcane production.
First, Brazil has been accused of destroying the Amazon rainforest because of sugarcane production. That is a big lie. Pick up a map and find the state of São Paulo. It’s right there in the south. About 60% of Brazilian sugarcane production comes from there, about 2.000km from the rainforest..
Second, they say Brazil is causing food prices to rise all over the world because we are replacing cereals for sugarcane. Another big lie. Cereals production in Brazil has never been so high. Sugarcane industry is recuperating wasted soil from pastures, renewing it and increasing its production. The same sugarcane plant can produce for 5 years in a row. Every 5 years it has to be replaced by other plant like beans or soya or peanuts for at least one year, so all the surface cultivated of sugarcane will also be producing grains.
Brazil has 355 million hectares of arable lands, 80% of those are still available. From those arable lands, only 1% is used to produce sugarcane.
In other places however, especially in the US and Europe, the story is quite different, and that is why biofuels are getting a bad name.
Europe produces sugar and ethanol from sugar beet, at a cost more than 6 times higher than Brazil. Brazilian sugar is heavily taxed to protect the EU market. United States uses corn to produce ethanol, also heavily subsidized. While 1 hectare of corn gives 3.000 liters of ethanol, 1 hectare of sugarcane gives 7.500 liters. And Americans are already using 64,8% of their arable land, 3.7% of it just to produce corn for ethanol.
Europe and the United states are also trying to produce biodiesel from plants like soya, sunflower and colza. Some days ago, British newspaper The Guardian showed a document from the World Bank saying that about 5 million hectares of land were used for those cultures instead of wheat in the last in the last 3 years.
The World Bank also estimated that the rise in food prices was in about 75% due to biofuels, especially because corn and soya are being used not as food anymore, but as fuel. But it also said that Brazilian sugarcane expansion was not causing it.
Oxfam also just release a report where they say from all kinds of biofuel, Brazilian sugarcane ethanol is the best. Rich countries should buy it instead of spending US$ 15 billion (only last year) in subsidies trying to produce their own biofuel.
So, instead of buying ethanol from Brazil (a suggestion from John McCain by the way) at a low cost, they make their tax payer pay subsides to their inefficient farmers to produce, pay again a higher price for their fuel and sugar and pay again if they want to export something. Of course, they don’t want to depend on other people for their sugar and fuel as much as they don’t want to depend on other people for their oil, but hey, Brazilians are much nicer people than Hugo Chavez or Gaddafi. And they want to continue that policy it’s ok, but don’t blame Brazilians if the world goes hungry.
Sugarcane is not making anyone hungry, protectionism is.
The other lie is that sugarcane is erasing small farmers from the map. Let me tell you a story that happened in my home town, Araraquara, state of São Paulo. A small farmer that received some land from the Brazilian Agrarian Reform Institute tried to do beans, watermelons, corn and was always losing money. He made a partnership with a ethanol industry that supplied him with plants, fertilizers and machines in exchange for part of his harvest. He had a profit of R$ 90.000 in 3 years, invested in poultry and has a farm with 21.000 birds. Other small farmers did the same. The Institute understood that the land should be used for grains and vegetables production, took the land back and gave to other landless peasants. There was a fight, people got hurt, houses were burn… That old socialist thinking of a small happy farmer family with a pig, a little cow and some vegetables is over. Small farmers have also the right to get income, doesn’t matter if it comes from sugarcane or soya or anything else.
Sugarcane industry gives more than a million direct jobs.
It produces ethanol and sugar.
The residues of the industry are burned to produce electricity, in a season where there is little rainfall and the reservoirs of hydroelectrical power plants are low.
Other residues from sugarcane industry are used as fertilizers in the fields.
Sugarcane plantations will take all the CO2 released by ethanol powered cars in the atmosphere.
It has been renewing wasted land and improving the income of millions of families in the Brazilian countryside.
It made Brazil self sustained in fuel.
Brazil can still increases its production of sugarcane, and beef and grains as well without destroying the rainforest.
In the developing world, finding oil in your country has been more of a curse rather then a blessing. Instead of been used to make life better for the people, it has been a great source of corruption, political power concentration and conflict. It’s the same in the Middle East, Angola, Nigeria, Libya or Venezuela.Brazil has found an alternative that good for the people, the land, the environment and it’s democratic. After all everyone here can plant some sugarcane. It’s a big sweet grass.

Thursday, July 10, 2008

Forever young


João Pereira Coutinho é um dos melhores articulistas que conheço. Há um tema que de tempos em tempos volta à sua coluna, mas ao qual provavelmente poucos dão atenção.
Trata-se dessa perigosa fantasia pós moderna que acha que a humanidade deve ser uma raça perfeitamente feliz e saudável, livre de vícios, gordurinhas e doenças, vivendo uma juventude eterna e feliz.
Primeiro foram os fumantes, condenados a párias da humanidade. Fumantes foram escorraçados de lugares públicos, agora são escorraçados de estabelecimentos privados, no futuro terão que sair das ruas e em breve virá a proibição total. Paradoxo total, hoje em Amsterdam, pátria do politicamente correto pode-se fumar maconha ou cheirar pó, mas nenhum restaurante pode permitir que se fume. Cerveja, uísque? Não, isotônicos.
Depois vieram os gordos. Na última São Paulo Fashion Week, uma bicha chamou a Anna Kurkova de obesa. Só pode ser bicha. Os gordos também estão condenados. Já são olhados com aquele desdém, aquela pena, já viraram uma categoria inferior de sub-cidadãos. O governo brasileiro quer limitar propagandas de carboidratos na TV. Quem sabe num futuro próximo os biscoitos serão vendidos sob prescrição médica. Açúcar, que era doce virou veneno. Um pãozinho com manteiga é cianureto puro. Tudo tem que ser diet e light. Aquele pernil assado da sua avó, nem pensar. A academia de ginástica virou o templo da modernidade. Os que não aderirem serão excomungados.
Ainda há os deprimidos. Qualquer tristeza hoje virou depressão, um mal a ser evitado a todo custo, nem que seja com caixas e caixas de Prozac. Ninguém pode ficar triste. Como disse Coutinho, há um dogma fantasioso se disseminando na sociedade de que só vidas felizes valem a pena ser vividas. Billie Holiday e Marcel Proust se nascesse hoje nunca teriam feito nada em suas vidas.
Agora a medicina luta pela juventude eterna. A ilusão dessa promessa faz com que as pessoas se comportem como adolescentes até pelo menos os 40 anos, e todo mundo quer viver muito mas ninguém quer ficar velho. A velhice virou uma outra doença.
Também queremos esterilizar o mundo. O Dr. Bactéria do Fantástico ensina que uma tábua de madeira para se cortar carne tem trilhões de bactérias, e mesmo sabendo que sua mãe sempre as usou e tá aí firme e forte, você deve se desfazer dessas nojeiras imediatamente. O serviço de proteção ao consumidor da União Européia está fiscalizando cada mísero restaurante e cada queijo feito em casa em busca de bactérias. João Pereira Coutinho imagina o dia em que descerá de gabardine, óculos escuros e galochas em alguma catacumba para saborear os pratos que sua avó fazia na maior das inocências.
Algum incauto pode achar que isso tudo representa o melhor para a população.
Eu acho que cada um sabe o que é melhor para si. Essa "modernidade" não passa de uma fantasia nazi-fascista.
A mídia cria uma imagem de super-homem à qual todos devemos nos comparar, o governo interfere em nossas decisões individuais, a patrulha dos babacas de plantão vigia.
Estamos criando uma multidão de cretinos infantilizados.

Brasil x Suécia, 58 neles de novo!


Minha amiga Clarisse comentando um post abaixo sentiu um "quê de inconformismo típico de quem voltou à terrinha".
Ela está absolutamente certa, mas não sou só eu. A Síndrome do Retorno que acomete todos aqueles que viveram em algum lugar civilizado do mundo e voltaram para cá.
Não é por menos, é preciso coragem para abrir o jornal por aqui. Crianças jogadas de janelas, policiais e soldados assassinos, traficantes botando a cidade de joelhos, políticos ladrões (redundância), liberdade de imprensa ameaçada (a Polícia Federal anda querendo prender jornalista, e entrevistar político agora segundo o TSE é crime, nem apoiar político em blog pode).
Mesmo assim , é difícil achar um expatriado que não queira voltar. Neruda dizia que não se pode viver eternamente longe da terra onde se nasceu.
Apesar dos pesares ainda se consegue ser feliz aqui.
Agora imagine um país civilizado e perfeito, how boring is that? Olhe a Suécia por exemplo. Esta semana, o maior escândalo deles foi porque um garoto de oito anos não convidou dois colegas de classe para sua festa de aniversário. Foi um furor. As famílias dos garotos excluídos acionaram o ombudsman do Parlamento. O caso vai estar em discussão até setembro quando sai o veredito. Duvida? Isso é que é um país altamente civilizado. Como diríamos na minha terra, seus suecos, não tem o que fazer? Porque vocês não enfiam o dedo no fiofó e cheiram?
Eu me pergunto realmente se algum dia chegaremos a este ponto. O dia em que o assunto mais importante será o trauma psicológico causado pela exclusão de um aniversário infantil. Terá sido uma vitória da civilização? O fim da caminhada humana?
O que nós vamos fazer então, quando a população toda do planeta estiver nesse padrão de desenvolvimento? Passear no Ikea? Jogar buraco até o Big Crunch do Universo?
Desculpem, divago. Mas essa notícia na Suécia abalou meus nervos.
O Brasil pode ser uma jaca, mas pelo menos aqui sabemos o que nos falta. Nosso pensamento é estimulado. Na Suécia é o tédio ou o suicídio. Talvez um leve ao outro.
De qualquer forma a gente xinga o governo mas a gente se diverte mais aqui.
E ainda podemos sacanear os suecos lembrando o cinquentenário da nossa primeira Copa do Mundo.
Pra frente Brasil!

Leandro Carvalho


Conheci Leandro Carvalho na Holanda quando ele estudava regência no Conservatório de Utrecht. Mesma idade, os dois recém chegados no país, recém casados, morando perto. Era muita coincidência. Acabamos nos conhecendo pela internet e depois ao vivo e a cores.
Ele e a Lúcia se foram da Holanda para Cuiabá. Depois de alguns anos, eu e a Ju nos fomos da Holanda para Campo Grande.
Faz tempo que não nos vemos, mas esperamos revê-lo em breve. A amizade continua.
Leandro já era um músico, um violonista, excepcional. Tenho aqui pertinho seus primeiros cd's, onde ele resgata e explora os mundos de João Pernambuco e João Pacífico.
Mas parece que Leandro está ficando cada vez melhor. Hoje ele é o maestro da Orquestra do Estado do Mato Grosso, a única no mundo a incorporar entre seus instrumentos a viola de cocho, típica da região.
O Anuário Viva Música o escolheu como um dos dez músicos eruditos mais influentes da década no Brasil.
Parabéns ao Maestro!

Wednesday, July 09, 2008

Campanha Conta Tudo!


Vai Daniel Dantas, tá no inferno abrace o capeta;

CONTA TUDO DANIEL DANTAS!

Grite essa idéia! Divulgue esta imagem ! Espalhe esta campanha!
Conta, conta, conta...

Monday, July 07, 2008

Lei Seca e o Bob


Eu me mudei há pouco tempo para Campo Grande. A cidade é bonita, as avenidas são largas, engarrafamentos são raros, ninguém tem aquela pressa paulistana para chegar no trabalho.
Mesmo assim o trânsito é um caos. Nenhum sinal é respeitado, nem de dia e muito menos à noite. Todos parecem desesperados no trânsito. E se você quer parar para fazer uma baliza, pode esperar as buzinadas. Pessoas gentis e afáveis viram bicho atrás do volante, há acidentes ridículos em quase toda esquina porque preferenciais não são respeitadas.
Agora há a Lei Seca.
A população aguarda ansiosa para saber se a lei vai "pegar", porque no Brasil não basta haver uma lei, é preciso que a lei "pegue".
E aqui é assim, se há um problema sério a gente tasca logo uma lei de primeiro mundo que é pra ninguém botar defeito. Álcool zero. O sujeito que toma um copo de vinho no restaurante e dirige um volvo a 60 por hora é igualado ao alcóolatra que vai com uma Brasília velha sem farol por uma rodovia de mão única a 130 por hora.
Campo Grande tem dois bafômetros. A polícia não dá multa nem em quem passa no sinal vermelho, e isso acontece a cada minuto sob as barbas das otoridades. Como eles esperam que a Lei Seca funcione? Se a lei anterior que também impunha limites ao consumo de álcool não funcionava, porque esta vai?
Como exigir uma Lei Seca em um país onde se compram cartas de motorista, onde o transporte público é deficiente e onde ninguém pode andar em segurança pela rua à noite?
Como evitar que um policial que ganha uma merreca aceite embolsar a multa de mais de R$ 900 para liberar o bêbado pego em flagrante?
Isso não quer dizer que eu seja a favor de motoristas bêbados. Só acho que o Brasil tem muita coisa a melhorar antes de poder exigir isso de seus cidadãos. E a coisa mais básica a ser melhorada é a educação. Inclusive a educação familiar.
Na minha faculdade, todo cretino que batia o carro bêbado em festas voltava para as aulas na semana seguinte com um carro melhor e mais novo dado pelo pai. Tentar entender isso me dava vertigens.
Eu sonho com um país onde as pessoas decidam não dirigir depois de beber não porque uma lei cretina exige, mas porque elas tem consciência das consequências de seus atos.
Enfim, se a lei pegar, os holandeses acharam uma solução para sair e se divertir de carro: o Bob.
Bob é a sigla para Bewust Onbeschonken Bestuurder, ou Motorista Voluntariamente Sóbrio, e faz parte de uma campanha publicitária do Ministério dos Transportes holandês.
Bob é o mané que vai tomar guaraná enquanto seus amigos enchem a cara, e vai depois levar todos para casa, um por um.
Deve ser bem chato ser o Bob, mas o posto tem suas vantagens. O Bob frequentemente tem suas bebidas não alcóolicas pagas pelo resto da galera. E o Bob não precisa ser sempre Bob, ele é Bob esta semana e na semana que vem escolhe-se um outro Bob.
O Bob ainda pode extrair confissões indecorosas de seus amigos bêbados para poder usar em futuras chantagens.
O duro é achar entre os amigos que tenho alguém que queira ser Bob. Alguém precisa estar com hepatite.

Mallu Magalhães e o prêmio Multishow


Quando eu tinha uns onze anos pedi à minha mãe que me comprasse um disco de rock'n roll.
Ela voltou com um disco do Roupa Nova. Tive que passar um dia inteiro no telefone ligando para uma promoção da rádio para ganhar o Cabeça Dinossauro dos Titãs e um outro disco do Ira!.
Mamãe não entendia nada de rock'n roll.
Assisti essa semana ao prêmio Multishow de música. Desconhecia uns dois terços dos que subiram no palco. Sei que estive fora algum tempo, mas convenhamos, quem são CPM22, NX Zero, Strike, Pitty? E foi a primeira vez que vi a cara do Charlie Brown Jr. Não sei se estou ficando como mamãe, mas quanto mais velho eu fico, mais velhas são as músicas que eu gosto de ouvir... Essa Pitty por exemplo é um desastre, as músicas são péssimas e a cantora idem.
Não é por nada não, mas ainda acho que o pop rock nacional era bem melhor no meu tempo de adolescente.
Minha salvação no prêmio Multishow foi ver Maria Rita e Ana Carolina no palco.
E minha criança esperança foi essa Mallu Magalhães, 15 anos e um estilo meio Sheryl Crow, meio Bob Dylan de cantar. Mallu é sinal de que há uma luz no fim do túnel.
Mallu já virou fenômeno na internet. Eu agora só estou esperando seu cd:

http://www.myspace.com/mallumagalhaes

Não é demais uma garota de 15 anos que tem Johnny Cash entre seus ídolos?

Intolerância


Jamal Dahmani e Rachid Seghir foram condenados em dezembro passado na Argélia a dois anos de prisão e 5 mil euros de multa. O crime? "Proselitismo e exercício ilegal de um culto não muçulmano". Os dois tinham se convertido ao Cristianismo. Depois de muito protesto saiu essa semana o veredito final: seis meses de prisão e mil euros de multa.
Agora imagine se os franceses por exemplo prendessem em seu território argelinos por exercício ilegal de um culto não cristão. O céu desabaria sobre suas cabeças, não é?
Muçulmanos constroem mesquitas por toda a Europa, ninguém os impede de reunirem-se e de tentarem conquistar novos adeptos. Europeus não podem sequer fazer um mísero cartoon sobre o Islã. Tudo é motivo para que o Ocidente seja acusado de "intolerância", "racismo", "xenofobia", "discriminação". Esses que protestam deveriam prestar mais atenção no que acontece com cristãos no mundo muçulmano. Os dois argelinos até que tiveram sorte, em outros lugares eles poderiam ser apedrejados sem maiores consequências.
A lei anti-proselitismo argelina visa principalmente as missões evangélicas cuja ação foi comparada pelo Ministro de Assuntos Religiosos como uma forma de terrorismo e pelo Alto Conselho Islâmico como neocolonialismo.
Os cristãos na Argélia são 30.000 em uma população de 35 milhões.

Como aporrinhar um tirano


Robert Mugabe, o gorila que governa o Zimbábue, está se reelegendo em uma eleição sem concorrência. Depois de ter mandado espancar seus adversários nas ruas e praticamente eliminado a oposição, lá está ele de novo arruinando o próprio país.
A comunidade internacional fala em sanções.
Eu sou contra.
Quem sofre com as sanções e embargos não são os ditadores em seus palácios, mas os desgraçados sob seu jugo que passam fome, ficam sem dinheiro, sem remédios, sem assistência humanitária. Eu me lembro de Madeleine Albright, a pitbull dos Clinton, ter dito uma vez sobre a mortalidade infantil durante o embargo no Iraque de Saddam: "É o preço a pagar..."
Na verdade, sempre pensei que o melhor jeito para livrar o mundo de canalhas como Saddam Hussein, Fidel Castro, Robert Mugabe, Kim Jong Il ou aqueles militares sudaneses, seria mandar um 007 com sua Walter PPK dar um pipoco na testa do bruto.
Mas aí o sujeito vira mártir, fazem camisetas, os partidários provocam guerra civil, logo logo aparece outro pior e o mundo inteiro vai culpar o imperialismo.
Eu tenho uma idéia melhor para fazer uma pressãozinha neles. Você acha que Mugabe tem dinheiro no Zimbábue com sua inflação de 1.500% ao mês?
Lógico que não. Mugabe, Kim, Putin, o dinheiro de todo esse pessoal gente boa está em contas na Suíça, em casas na Côte d'Azur, em investimentos. Arafat tinha todo o dinheiro que ele roubou da OLP na Europa.
Achem, congelem, confisquem. Uma pequena colaboraçãozinha entre bancos e os serviços secretos ia ajudar muito. Mão no bolso é a única coisa que esses animais entendem.
Por dinheiro eles fazem tudo, eu aposto que até eleição com fiscais internacionais.

Ingrid libertada!


Como é possível alguém no planeta achar que um grupo que sequestra, aprisiona, mata, trafica, estupra e rouba possa ser um "movimento social"? Como o nosso governo tem a coragem de dizer que este não é um grupo terrorista?
Ingrid Betancourt ficou seis anos sequestrada.
Seis anos longe da família, acorrentada na selva, sem tratamento médico, sem notícias, tratada como um animal.
Foi libertada graças à inteligência militar colombiana, e não graças aos simpatizantes da FARC como Hugo Chavez e Celso Amorim.
Tomara que este seja começo do fim das FARC, que já perderam seus principais comandantes este ano, também graças a Álvaro Uribe e ao exército colombiano.
Tomara que o resto desse bando seja caçado, preso, eliminado da face da Terra.
Há quem diga que as FARC devem se tornar um partido político. Boa tentativa de salvar a pele. Eles deveriam ter tentado negociar isso há anos, mas insistiram na luta armada. Agora se quisessem baixar as armas e entrar para a política, Álvaro Uribe deveria recusar.
Eles tem mais é que pagar pelos crimes que cometeram.

Tonton Macoutes


Diz um provérbio chinês que o homem que dá o primeiro soco em uma discussão é aquele que já não tem mais nada a dizer.
Escrevendo sobre política e expressando o que penso sobre Lula e o PT, não esperava mesmo agradar a todos. Aliás nem quero agradar a todos. Mas eu esperava que quem não concordasse soubesse pelo menos argumentar.
Hoje recebi o seguinte comentário-soco de um tal de Rogério:

"Seu porra, vc pensa que sabe de tudo nao e? seu viuva do FHC, o mesmo que vendeu todas as grandes Cias do Brasil pra mafia international ao qual ele pertence....Agora vc vem dizer que o Brasil esta prosperando po causa das reformas do Ladrao sociologo...engula sua inveja e admeita que o Lula esta fazendo o que os liberais couuptos nunca quiaseram fazer...deixar o pobre prosperar no BrasilPare de publicar mentiras seu verme.... "

É esse o nível intelectual da corja que agita a popularidade do Apedeuta. É os que o Reinaldo Azevedo chama de Tonton MaCUT's do PT. Se a democracia dependesse deles eu já estaria no paredão.
O Reinaldão recebe uns 300 desses por post. Esse é meu primeiro e estou todo orgulhoso. Quer dizer que estou no caminho certo.

Friday, July 04, 2008

De Eeuw van Mijn Vader - fotos

Rotterdam no início do século XX
Schiedam inundada
A Exposição Universal de Paris e o começo dos tempos modernos
Ilustração de um jornal holandês sobre o naufrágio do Titanic e o fim do século XIX
Soldados nas trincheiras da I Guerra Mundial
Batavia, capital da Indonésia holandesa, hoje JakartaHolandeses na Indonésia

A Indonésia colonial

O Mal

Rotterdam bombardeada

Holandeses em campo de concentração japonês na Indonésia
A Holanda ocupada pelos nazistasRua de judeus em Amsterdam, a maioria foi deportada e exterminada pelos nazistas
A Guerra

A miséria

A reconstrução

O Desastre, a grande enchente de 1953

A emigração dos holandeses

As mudanças de comportamento

e de moda

O bem estar social para todos

Maio de 68

A Holanda moderna

De Eeuw van Mijn Vader


Deixamos na Holanda muitos amigos, mas trouxemos junto de nós muitas lembranças. Este livro, que acabei de ler foi presente de um grande amigo que com certeza estava com medo que eu esquecesse meu holandês. Lendo as 600 páginas do livro não só me lembrei de todo meu holandês como pude entender melhor o processo de transformação que a Holanda e a Europa atravessaram no século passado
Até o começo do século XX, a Holanda era um país de camponeses, pescadores, artesãos e comerciantes, profundamente religiosos e puritanos, lutando para sobreviver em uma terra fria, chuvosa e ameaçada constantemente pelo mar.
No fim do século XX, a Holanda era um dos países mais desenvolvidos e liberais do mundo.
A história deste século incrível é contada por Geert Mak, o autor de De Eeuw van Mijn Vader, ou o Século de Meu Pai, do ponto de vista da sua família.
A família Mak era original de Schiedam, uma vila perto de Rotterdam onde sempre fabricou velas de barco. Geert conta como seu pai foi um dos primeiros da família a ir estudar, em um tempo onde as primeiras pessoas começavam a abandonar as fazendas e negócios de família para ir trabalhar em outras empresas.
Vem a I Guerra Mundial, e apesar da Holanda ser neutra, vai sofrer com a adaptação à Era Industrial.
Seu pai vira pastor da igreja calvinista holandesa, e vai para a Indonésia, então uma colônia holandesa, como missionário. Ele conta a vida no período colonial, o racismo dos brancos e o regime quase escravagista das grandes plantações.
Os filhos mais velhos voltam à Holanda para estudar e são apanhados em cheio pela II Guerra Mundial. O resto da família fica na Indonésia vivendo em campos de concentração japoneses.
Depois do trauma da Guerra, veio o trauma da grande enchente de 53, a pobreza, a emigração, a reconstrução, e só aí as coisas começam a melhorar. Vêm as novidades dos Estados Unidos, o estado do bem estar social e os primórdios da Comunidade Econômica Européia. Depois os anos 60, e as contestações políticas e religiosas. E aí a imigração com seus atuais problemas.
Para quem não conhece e sempre imaginou a Holanda como um país de presépio, a história é fascinante, mostra um século de transformações vertiginosas na sociedade holandesa e ocidental. Um século também cheio de barbaridades monstruosas mas também de grandes esperanças.