Thursday, December 25, 2008

Feliz Natal


Nesta Noite Santa, celebremos a vinda ao mundo de Jesus Menino para viver como homem entre os homens, despojado, pobre e humilde, para assim encorajar-nos a construir com Ele o sonhado Reino de Deus nesse mundo.
Anoitecia em Belém, quando um exausto casal de viajantes vindos de Nazaré, começou a bater de porta em porta nas hospedarias da cidade em busca de abrigo. A jovem esposa, Maria, grávida, sentia já as dores do parto iminente. ”Estamos lotados”, “não há mais lugar”, respondiam, um após outro, os estalajadeiros. Sem poder mais esperar, José, o marido, acomodou Maria num manto estendido sobre as palhas de um estábulo nos arredores da cidade. E ali, entre vacas, ovelhas e jumentos, nasceu o menino que o Anjo anunciara ser o Filho de Deus enviado à Terra para ensinar os homens a reconstruírem o reino perdido do Amor, da Justiça e da Paz.

Eu queria um Deus resplandecente e forte
que se impusesse aos poderosos e que mudasse radicalmente o mundo
e ele apareceu na fragilidade de um recém-nascido
numa gruta de pastores
deitado na manjedoura dos animais;


Alertados por intensa luz que do céu se derramava, os pastores seguiram rumo a Belém para prestar homenagem de adoração ao Messias tão esperado, no silêncio e no recolhimento daquele santo lugar.

Eu queria um Deus que miraculosamente acabasse com a injustiça e a hipocrisia
que fizesse chover do céu a ordem
o bem estar
a segurança
e ele apareceu na figura de uma criança que os grandes rejeitaram
e que só os pobres
os simples
os marginalizados
acolheram;


Contemplemos, como os pastores, esse Deus que se fez menino e abramos nosso coração: Senhor, o mundo esta cheio de más notícias. Pelos meios de comunicação acompanhamos diariamente noticias que nos falam de terrorismo, guerras, fome, corrupção, crises econômicas e tragédias ecológicas que nos causam tanta tristeza e insegurança.

Eu queria um Deus cujo poder atingisse cada canto da Terra
que se impusesse aos projetos maquiavélicos dos senhores do mundo
que transformasse a história humana com a força do seu braço
e ele nasceu numa pequena cidade sem história
no seio de um povo pequeno e insignificante
cuja voz nem era escutada nos imponentes palácios onde se discutia o destino do mundo;


Senhor, em nossa sociedade há tanto egoísmo, tanta busca frenética pela beleza, pela riqueza e pelo sucesso a qualquer custo e tamanha é a impunidade, que às vezes somos tentados a acreditar que estão certos os que vivem nesse mundo para o aqui e o agora, sem se importar com o seu semelhante ou com as contas a prestar um dia na Tua presença.

Eu queria um Deus exigente
que não deixasse cada um fazer o que quisesse
e este menino veio para nos falar como um Pai Universal
paciente e bondoso
capaz de compreender e desculpar as falhas e as debilidades dos homens
um Pai que nem castiga
nem se vinga
mas perdoa sempre:


Senhor, a Vida, este bem supremo, de inigualável beleza, a nós concedido por tua vontade e generosidade, por toda parte está sendo violentada, desrespeitada, banalizada, ignorada pelos que assassinam, exploram, poluem, drogam, estupram sem nenhum respeito ou cuidado por sua natureza miraculosa e finita.

Eu queria um Deus que se impusesse
que não nos deixasse fazer asneiras nem conduzir o mundo por caminhos de egoísmo e de sofrimento
e encontro um Pai que sabe respeitar as decisões de cada homem ou mulher
que promove até o fim a liberdade humana
e a respectiva responsabilidade;


Senhor, nessa nossa época tão submissa às leis do mercado, na qual sentimentos, crenças, princípios e valores têm sido coisificados, transformados em objetos de consumo que podemos escolher, conforme nossos interesses e conveniências, como artigos nas prateleiras de uma loja, tão difícil nos parece estabelecer o que é certo, dar exemplo, educar...

Eu queria um Deus que fosse a solução eficiente e rápida para todos os problemas e dúvidas que inquietam o meu coração
e encontrei um Deus que não me dá respostas prontas
mas me ensina a procurar no diálogo com meus irmãos
o caminho a percorrer;


Ó Deus Menino, de riso luminoso e braços estendidos, que nasceste despojado de poder e de riqueza, aqui estás para pedir que reorientemos nossas vidas para o Bem, para a Fraternidade e para a Paz;

Armado apenas da Fé e do Amor que transborda desse olhar puro e franco de criança, vens nos exortar a querer menos para que todos tenham o necessário
e incentivar-nos a não calar diante das injustiças.


Docemente, convida-nos a irmos além de nós mesmos, dos nossos interesses, das nossas ambições, dos nossos medos, dos nossos preconceitos, da nossa comodidade, para caminhar, também nós, de braços estendidos e confiantes ao encontro dos outros homens;

Eu queria um Deus racional
que eu entendesse à luz da minha lógica
e encontrei um Deus desconcertante
com uma lógica estranha
que parece privilegiar certos valores que os homens desprezam e desprezar certos valores que os homens amam;


Jesus Menino, diante desse presépio, celebrando o teu nascimento, é imperioso refletir sobre o modo como escolheste nascer para dar testemunho aos homens de que um deles, pobre carpinteiro da humilde Nazaré, com a coragem de que o revestiu um Amor incomensurável pela humanidade, tornou-se capaz de mudar a face do mundo e vencer todos os medos, até mesmo o da morte em doloroso e consentido sacrifício;

Foi esse Deus frágil
discreto
desconcertante, cheio de afeto que
há cerca de dois mil anos
nasceu em Belém
e que ainda hoje
continua querendo nascer no coração de cada homem
mulher ou criança
que deseje
sinceramente
fazer desse mundo um lugar abençoado para se viver.

Vinde, Jesus,
para estabelecer teu reino entre os homens, fazendo
com que a humanidade se oriente pelos caminhos da Paz e da Fraternidade;
para que em nossa família possamos viver o Amor, o acolhimento e o perdão;
para que este Natal nos encoraje a caminhar na Fé, na Esperança e na Caridade;
para que, por onde formos, sejamos portadores da luz que nos trouxeste com o teu nascimento.

Saturday, December 20, 2008

Espatódea

O Titã e eu

Eu, Ju e Nando Reis, ao vivo em Campo Grande...

E quando me toquei achei tão estranho, a minha barba estava deste tamanho... Será que eu falei o que ninguém ouvia?
Esbanjando simpatia e talento... Depois dessa meu cumpadi, pode acabar o ano, acabar o mundo, acabar tudo...

Agradecimentos ao meu primão Tuzinho pelo acesso aos camarins e pela breja na vasca...

Friday, December 19, 2008

Mensagem Natalina Lumières



Vi esse clipe lá no Ao Mirante, Nelson e não resisti, acho que é uma apropriadíssima mensagem natalina...

Always Look on The Bright Side of Life

Some things in life are bad
They can really make you mad
Other things just make you swear and curse.
When you're chewing on life's gristle
Don't grumble, give a whistle
And this'll help things turn out for the best...


And...always look on the bright side of life...
Always look on the light side of life...

If life seems jolly rotten
There's something you've forgotten
And that's to laugh and smile and dance and sing.
When you're feeling in the dumps
Don't be silly chumps
Just purse your lips and whistle - that's the thing.

And...always look on the bright side of life...
Always look on the light side of life...

For life is quite absurd
And death's the final word
You must always face the curtain with a bow.
Forget about your sin - give the audience a grin
Enjoy it - it's your last chance anyhow.

So always look on the bright side of death
Just before you draw your terminal breath

Life's a piece of shit
When you look at it
Life's a laugh and death's a joke, it's true.
You'll see it's all a show
Keep 'em laughing as you go
Just remember that the last laugh is on you.

And...always look on the bright side of life...
Always look on the light side of life...

(Come on guys, cheer up!)

And...always look on the bright side of life...
Always look on the light side of life...

(Worse things happen at sea, you know.)

Always look on the bright side of life...

(I mean - what have you got to lose? You know, you come from nothing - you're going back to nothing. What have you lost? Nothing!)

Always look on the right side of life...

Blue Christmas


Sapatadas


Pois é, a sapatada que George W. (quase) levou do jornalista iraquiano Muntazer al-Zaidi foi a cereja do bolo de impopularidade mundial de seu governo.
Enquanto George é sacaneado por todo o planeta, al-Zaidi virou pop star no mundo árabe. Um milionário saudita lhe ofereceu 10 milhões de dólares em recompensa, há passeatas por sua libertação, um egípcio lhe ofereceu a filha, um fabricante de sapatos diz que vai lhe dar sapatos pelo resto da vida...
E a moda está pegando. Ontem palestinos protestaram atirando sapatos em soldados israelenses.
Aqui no Brasil quem sabe ainda veremos algumas excelências de Brasília levando umas belas sapatadas?
O Bush levou a dele. Tá certo que ele mentiu para começar uma guerra e agora não sabe sair dela, mas a pergunta que não quer calar é: porque nunca um iraquiano foi macho suficiente para mandar uma sapatada na fuça de Saddam Hussein? Ah, as vantagens da democracia...

Monday, December 15, 2008

A minha avó


Eu imagino minha vó Lecticia chegando no céu.
Cabelo impecável, unhas feitas, vestido cintilante.
As portas se abrem e de repente ela está em um salão de baile.
Meu avô a espera, terno branco, sorridente. À sua direita seu irmão, cuja falta sempre foi tão sentida, e logo atrás sua irmã. Sinatra está cantando, o baile vai ser bom.
Os amigos também estão todos lá. Eles têm muito o que rir, conversar e dançar até o fim da noite. Amanhã quem sabe aquela partidinha de buraco. E no outro dia, mais festas.
Tentei lembrar de algum momento triste ou entediante passado ao seu lado, não consegui. Todos os minutos de minha vida em que estive ao lado de minha avó foram de genuína felicidade, especialmente nos Natais de minha infância.
Costumávamos arrumar a árvore de Natal juntos, os netos e ela. Levar o menino Jesus na Igreja para ser benzido. Montar o presépio. E me vêm à memória os sabores dessas receitas da Itália profunda que saboreávamos nesses dias de festa, com a famiglia toda reunida: a pastorale, o canaricole e o célebre fusilli al ferretto com molho ragu.
Minha avó era filha de imigrantes pobres, mas viveu sempre alegre como seu nome profetizava. Ainda me lembro das lágrimas de felicidade em seus olhos sempre que relembrava o dia em que ganhou seu primeiro vestido para ir a um baile.
A menina que nasceu pobre e viveu em fazenda estudou, se casou, criou uma bela e numerosa família, saiu para ver o mundo e voltou sempre com um sorriso nos lábios. E sempre que a família se juntava lá estava ela, no centro da festa.
Mas este mundo, que chorou tanto quando ela se foi (até a chuva parecia choro) estava talvez se tornando um lugar rápido demais, violento demais, sujo demais, e pior de tudo, deselegante demais. Ela se foi de repente, como convém a alguém com sua vitalidade.
No apartamento vazio, reparei pela primeira vez em um sorriso maroto de meu avô no velho porta retrato. Minha vó, tenho certeza, está muito bem.
Nós é que ficamos aqui em meio a essa tristeza toda, tentando ter pelo menos uma fração da alegria que ela tinha em vida.

Sunday, December 14, 2008

Sacolero


Yo estive este fin de semana en Ponta Porã, a princesinha dos ervais, para hacer unas compritas basicas de finales de ano en Pedro Juan Caballero, nuestro vizinho paraguayo.
La verdad es que con estas fiestas todas yo estoy necesitando mucha, pero mucha birita, y algunas cositas más. Con los impuestos de nuestro amable gobierno, lo unico vino baratito que se puede comprar aqui es el Sangre de Boi que es una mierda. En Paraguay el Conha y Toro esta a 3.94 dolares. E también encontré aí mi grande amigo, companhero de muchas noches Johnny Walker, más conocido en Paraguay como el Juanito Caminante.
En cima, la verdad también es que estoy colaborando con la politica de relaciones internacionales de Nuestro Guia, el gran timonero Lula y su sargento Marco Aurelio Top Top Garcia. Estoy ayudando a nuestros hermanos caloteros y socialistas de latino-america.
Mira vos, con este cambio hijo de una madre, al final tuve que pagar una puta cuenta de 3 millones de guaranis en el Shopping China. Ou sea, en troca de birita barata yo estoy injectando plata en la economia de los caloteros paraguayos que no quieren pagar Itaipu y quieren expulsar a los fazenderos brasiguaios.
Pero todo es alegria, somos todos hermanos, la crisis es general pero no pasa nada, como nuestro presidente estoy tomando todas las medidas necesarias, con limón y hielo.

Friday, December 12, 2008

Che What


Michael Weiss na New Criterion falando sobre o filme Che de Steven Soderbergh:

Por trás de cada imagem atenuada do Che, repousam milhares de sepulturas ocultas, para não mencionar os campos de concentração (um símbolo ainda misericordiosamente imune a todo tributo pop) e uma ortodoxia de pensamento político-cultural que nenhum atirador de pedras anti-globalização suportaria por muito tempo se esta significasse a diferença entre estilhaçar vidraças da Starbucks e enfrentar um pelotão de fuzilamento.
E ainda assim, nunca deixarão de faltar as camisetas do Che, os bares e restaurantes do Che e as hagiografias do Che, sejam elas impressas ou no cinema.
Nem a demanda jamais irá superar a oferta de esquerdistas tacanhos e ansiosos por ignorar a realidade bruta em favor da concepção mito-poética de seu heróico caballero.
É uma função da arte, mesmo de alguma arte realista socialista, desestruturar e satirizar o que é injustamente exagerado, e descobrir a cloaca sobre a qual foram erguidos edifícios de hipocrisia, mentiras e apologias.
E é a obrigação de qualquer um que pretenda ser algo além de um puro fantasista, descrever eventos reais e pessoas reais como elas realmente existiram, e não como tributo a um mundo de idílio histórico.
Oxalá Hollywood, sempre pronta a usar estas técnicas contra Joe McCarthy e George W. Bush, pusesse os olhos em uma figura que merece este tratamento mas que ao invés disso sempre foi alvo de um perene “branqueamento”.

E outros mistérios


"Você alguma vez já olhou para as estrelas numa noite clara e pensou: Porquê isso tudo? O que está acontecendo nessa imensidão do espaço? E oque estamos fazendo aqui na Terra? Seria a vida uma ocorrência muito rara, para não dizer única? Ou seriam os seres humanos no fim insignificantes?"
Peter Russell, no início de The White Hole in Time.

Shakespeare, em Hamlet, escreveu que há mais coisas entre o céu e a terra do que sonha a nossa vã filosofia.
A ciência, durante nossa história, nos forneceu inúmeras respostas sobre nosso mundo. No entanto, nossa esfera de conhecimento ainda é extremamente limitada em comparação com o Universo em que vivemos.
Em outras palavras, o que não sabemos, comparado com o que sabemos, é infinito.
Mesmo que a ciência possa progredir a um ritmo inimaginável com as atuais técnicas e instrumentos, o conjunto de conhecimentos da humanidade nunca deixará de ser finito. A cada resposta encontrada, centenas de outras dúvidas surgirão.
Um cientista, um verdadeiro cientista sempre terá sua mente aberta para além de seu mundo conhecido, afinal, foram curiosidade e imaginação que fizeram a própria ciência evoluir.
Quando ao contrário, alguém prega que o Universo se resume ao que conhecemos e podemos ver e experimentar, está negando a própria natureza da ciência.
O século XX foi pródigo em exemplos de como nos comportamos ao tirar Deus da nossa equação de civillização em nome do cientificismo. Os resultados foram pavorosos.
Os ateístas de hoje, seguidores de Richard Dawkins e afins, clamam pela razão, mas de fato são mais limitados em sua visão de mundo do que aqueles que buscam o divino à procura de explicações para nossa existência, nossas alegrias e nossos sofrimentos.
Seja através do Deus de amor infinito dos cristãos, do Allah misericordioso dos muçulmanos ou do Brahman hindu e seu eterno banco de créditos e débitos, o kharma, pela liberação final, os homens constroem pontes para tentar alcançar além da pequena bolha em que vivemos.
É da natureza de sua inteligência. Negar isso é negar nossa humanidade.

"A coisa mais bonita que podemos experimentar é o mistério. É a fonte de toda arte e toda ciência. Aquele para quem esta emoção é estranha, que não pára mais para admirar em temor e êxtase é como um morto: seus olhos estão fechados".
Albert Einstein

Tuesday, December 09, 2008

O Mistério das Nuvens


A premissa básica da Ciência, o que a difere de religiões, é que nenhuma tese é definitiva e eterna. A Ciência se ocupa em elaborar hipóteses que são aceitas como verdadeiras até que alguém prove o contrário ou valide uma hipótese diferente.
O problema hoje é que há gente que assume a Ciência como religião, rejeitando novas hipóteses e idéias com o fervor dogmático de inquisidores.
O exemplo mais óbvio é o do aquecimento global, religião onde o IPCC é Deus e Al Gore o seu profeta. Na segunda passada, militantes ecoterroristas de um grupo britânico chamado Plane Stupid invadiu a pista do aeroporto londrino de Stansted impedindo o embarque de milhares de pessoas saindo de férias. Eles protestavam contra a emissão de CO2 por aviões (3% das emissões planetárias desse gás).
O meu desprezo por esse tipo de gente não vem só da sua ignorância tosca, mas o fato de serem marionetes nas mãos de interesses escusos por trás dessa história toda.
Pela primeira vez na história, países antes extrativistas começam a se industrializar. Pessoas comuns em todo o planeta têm acesso a passagens aéreas e viagens de férias, veículos para se locomoverem, geladeiras, luz elétrica e outros benefícios da civilização. E bem agora aparece essa turma dizendo "parem tudo, o planeta tá esquentando e o mundo vai acabar debaixo d'água". Tem algo de podre no reino de Al Gore. A única coisa que Kyoto (e o futuro encontro em Poznan) vai causar é um aprofundamento da recessão econômica mundial.
No entanto, qualquer dúvida sobre as causas humanas do aquecimento global é encarada como fruto de cinismo ou estupidez. Mesmo quando os dados do próprio IPCC mostram que não houve aquecimento nenhum entre 1997 e 2007.
Alguém sabe qual é o mais poderoso gás de efeito estufa na atmosfera? Quem falou CO2 errou feio. É o vapor de água.
Um cientista dinamarquês, Henrik Svensmark ousou investigar uma hipótese diferente para as alterações de clima do planeta. Ele investiga o efeito da ação de radiação cósmica e manchas solares na formação de nuvens e consequentemente na temperatura dos oceanos e da atmosfera. O resultado de suas experiências está no documentário The Cloud Mystery.
Svesmark fundou o que se chama hoje de cosmoclimatologia. Para ele, o aquecimento global não tem nada a ver com o CO2, e sim com a atividade solar. O mais interessante é ouvi-lo falar das dificuldades en encontrar financiadores para as pesquisas e revistas que aceitassem publicar seus resultados. Sua hipótese bateu de frente com a Inquisição.

Broad day light



Gabriel Rios é um portoriquenho que vive e trabalha na Bélgica. Meio doido, mas essa música é bem bacana. Foi a trilha sonora de 06/05, o último filme do holandês Theo van Gogh, de quem é sempre bom lembrar nestes tempos de intolerância.

Vale a pena conferir: www.gabrielrios.be

Monday, December 08, 2008

Perpétuo Socorro


Fui em uma novena aqui na igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro em Campo Grande. A novena é sucesso de público e crítica na cidade, e a igreja estava lotada de fiéis com algum pedido a fazer aos céus.
Eu não consigo imaginar mesmo uma santa com o nome mais adequado. A julgar pelas manchetes da semana (ou do ano), a humanidade está sempre em necessidade perpétua de socorro.
Minha sogra por exemplo invoca a pobre Santa nos jogos da Copa a cada vez que um brasileiro encosta na bola ou o Galvão eleva o tom de voz.
Na novena, o padre pedia que os devotos colocassem os problemas em suas mãos para serem benzidos. Havia gente com fotos de família, alguns endividados mostravam a carteira. Eu que estou penando para fazer bebê achei que pegaria mal abrir o zíper e colocar o problema nas mãos para ser benzido. Provavelmente eu seria excomungado ou exorcizado ali mesmo.
Mas vendo aquelas pessoas todas lotando a igreja só para pedir alguma coisa, pensei no quanto meus problemas são pequenos perto dos outros.
Há gente que perdeu casa e família em Santa Catarina, há gente com doenças graves, e na minha família mesmo há gente precisando de mais socorro do que eu.
Aí eu pensei na santa, que já tem que aguentar minha sogra na Copa e ainda aquela fieira toda de pedidos e fiquei com a maior vergonha de estar ali entrando na fila também.
Se eu fosse a Santa já teria pendurado a auréola e estaria há muito tempo em férias na Bahia.
Quem estava ali sabia que talvez seus pedidos serão atendidos, talvez não. Mas pensando bem, talvez o que traga conforto e esperança a quem tem fé seja o fato simplesmente de estarmos todos ali juntos, pensando positivo, no nosso bem e no dos outros. Talvez daí venham os milagres da Maria do Perpétuo Socorro.
Então acendi uma vela e incluí, com a benção da Santa, o meu pedido naquele bolão de boa vontade. E agradeci por tudo o que tenho.

Dura lex, sed lex


Alguns juízes neste país tratam as "lays" como se fossem meras batatas fritas.

(um trocadalho do carilho adaptado do além mar, contribuição do blog Atlântico)

Quizás, quizás, quizás

Ibrahim Ferrer & Omara Portuondo

Quizás, Quizás, Quizás
Osvaldo Farrés

Siempre que te pregunto
Que, cuándo, cómo y donde
Tú siempre me respondes
Quizás, quizás, quizás
Y así pasan los dias
Y yo, desesperando
Y tú, tú contestando
Quizás, quizás, quizás
Estás perdiendo el tiempo
Pensando, pensando
Por lo que más tú quieras
¿Hasta cuándo? ¿Hasta cuándo?
Y así pasan los dias
Y yo, desesperando
Y tú, tú contestando
Quizás, quizás, quizás...

Mumbai e o ódio à paz


Os brasileiros não se deram muita conta do impacto que tiveram os ataques terroristas em Mumbai na opinião pública Indiana e internacional.
Por dois dias e três noites os bandidos espalharam o terror sem sentido pela capital financeira da Índia, matando e ferindo hindus, cristãos, judeus, jovens, velhos, mulheres e crianças.
Para os indianos foi como se 11/09 estivesse acontecendo de novo bem ali.
Passada a tragédia, agora vem a revolta, especialmente depois que se revelou a identidade paquistanesa dos terroristas.
Índia e Paquistão já se enfrentaram em três guerras nos últimos 60 anos. Nunca no entanto as relações entre os dois países estiveram tão bem quanto nos dias antes dos ataques. Falava-se de paz. O presidente paquistanês Asif Zardari, viúvo de Benazir Butho chegou a declarar que nunca seria o primeiro a utilizar armas nucleares em caso de confronto.
E agora, o povo indiano anda nas ruas pedindo guerra e sangue.
E enquanto isso Zardari tenta, contra a vontade popular, caçar islamitas.
É o que os terroristas queriam. Dizem que agem em nome de Deus, mas essa gente odeia a paz. Só se realiza vendo cadáveres acumulando-se entre escombros.
Devem ser caçados e exterminados como ratos que são.
Se Barack Obama fizer o que prometeu, logo logo o Paquistão será a nova fronteira da guerra contra o terror.

Consumo by Bansky


The Story of Stuff


Outro dia falei sobre consumo, e da minha ojeriza a essa vida moderna onde nos tornamos marionetes do marketing, gente que passa o dia todo tentando criar necessidades que até então não sabíamos que á gente tinha.
The Story of Stuff é um vídeo feito para internet produzido por Annie Leonard uma ongueira especialista em sustentabilidade. O vídeo, que me foi indicado por um amigo, apresenta um resumo bastante didático de como funciona nossa economia hoje.
Extração, processamento, distribuição, consumo, lixo. É essa basicamente a história das coisas. Só que no ritmo em que estamos em algum ponto o sistema vai quebrar.
Porquê? Bem, o consumo é o motor de toda a cadeia. Só que para acelerar o crescimento econômico, as pessoas precisam consumir mais. E como fazer isso?
É fácil, fabricando tranqueiras que vão estar obsoletas ou fora de moda em seis meses, aí você faz uma propaganda convencendo as pessoas de que elas precisam de uma tranqueira nova rapidinho.
O filme traz dados interessantes especialmente sobre os Estados Unidos:
- das 100 maiores economias do mundo hoje, 51 são corporações;
- Em 1950 os americanos consumiam em média metade do que consomem hoje;
- Cada americano é alvo de 3.000 propagandas por dia;
- 99% dos bens de consumo nos Estados Unidos são jogados no lixo no espaço de seis meses;
- Os Estados Unidos consomem 30% dos recursos naturais do planeta, com 5% de sua população;
A visão de Annie pode ser radical, mas qualquer um com um mínimo de massa cinzenta percebe que essa história vai acabar mal.
Eu sou um capitalista, um defensor da livre iniciativa. Mas o meu ideal de capitalismo é aquele onde cada homem pode ser dono do seu negócio, ser um padeiro, um fazendeiro, um sapateiro, um quitandeiro, um alfaiate. No meu capitalismo não existe telemarketing, outdoor, fashion week, big corporations fechando fábricas aqui e abrindo na China onde se paga uma merreca pelo dia de trabalho de alguém. E a big corporation não se junta com a very big corporation para criar uma extremely big corporation que em vez de criar oportunidades e opções, na verdade cria um monopólio que nos deixa sem escolha nenhuma.
Sim, eu sei, estou um século atrasado. Mas fazer o quê, sou um nostálgico conservador. Mas ainda sei me livrar das armadilhas do marketing.
O vídeo está aqui:
e dublado em português aqui:

Friday, December 05, 2008

A praga africana


A história da África é uma coleção de desgraças. A epidemia de cólera no Zimbábue é só um capítulo a mais na história de calamidades do continente negro. Escravidão, guerras, contrabando, mutilações, estupros, doenças, corrupção, miséria, fome, crianças soldados, limpeza étnica, pense em alguma coisa horrível e estará acontecendo por lá.
O livro The State of África de Martin Meredith analisa a história e as transformações do continente depois do fim do colonialismo. É provavelmente o melhor livro que se pode ler sobre o assunto.
Agora pergunte a qualquer “intelequitual” liberal, artista de novela, fã do Bono ou outra categoria de pensamento dominante no Brasil qual será a solução para a África.
Ajuda financeira dirão. Vamos montar uma ONG, fazer um megashow, vender camisetas e mandar dinheiro para a África. Vamos fazer uma lojinha de fair trade e vender artesanato africano.
Bem, nos últimos 50 anos os governos ocidentais despejaram 400 bilhões de libras esterlinas de seus contribuintes em ajuda financeira a governos africanos. Segundo um relatório do Banco Mundial, os países da África Sub-saariana estão tão ou mais pobres do que eram em 1981.
Esta série de reportagens do conhecido Sorius Samura, divulgada pela BBC (e pelo blog da Clarisse) mostra um pouco em que ralos escorre o dinheiro dessa ajuda financeira.
E uma entrevista de Martin Durkin na Front Page Magazine, jornalista e produtor de tv inglês ajuda a quebrar alguns mitos dos liberais sobre a África.
Diz ele:

“In Africa, being in government is so massively lucrative, thanks to aid, that the rulers refuse to relinquish power. As one African commentator has put it, “the primordial instinct of the ruling elite is to loot the national treasury, perpetuate itself in power and brutally suppress all dissent and opposition. Aid kills democracy.It is a mix between a laudable charitable impulse and a detestable, misguided socialist prejudice. The charitable impulse is a perfectly decent one. Far from attacking it, it should be applauded. But we have to strenuously point out that (a) state aid is not charity, it is a form of state intervention, and a massively corrupting one at that; and (b) even proper charity, well organised and directed, is not the answer for Africa”

“The left and the greens are utterly wedded to their anti-capitalist ideology. They refuse to listen to arguments, no matter how cogent or well supported, that contradict their political prejudices. You can tell a green that their opposition to the use of DDT has resulted in the needless deaths of literally millions of people from malaria. What’s their reaction? The greens still support the ban on DDT.”

“Forget aid. Africa needs free trade. Free trade is needed to give the African economy a chance to get on its feet. And the growth of a successful, wealthy bourgeoisie is the only hope Africans have of building a healthy political system. In other words, when the wealth comes from below, locally, rather than from above from foreign powers. Only then will the African nightmare end.”
“Fair Trade is nothing more than a rearguard PR exercise from the greens. They were embarrassed at opposing free trade, so had to do little linguistic fancy foot-work. Free Trade says, OK the poor can sell their food to the rich world, but only if they are organic farmer (ie. they retain backward, not very productive farming techniques), and we will favour small peasant farms (which are famously no good at producing food efficiently). People who advocate ‘Fair Trade’ are just bastards.”

Façam a África andar com os próprios pés.

Condition: critical

A Médécins sans Frontières criou um vídeo feito com depoimentos e fotos de refugiados da guerra no leste do Congo.
Por mais de uma década a guerra assola a região do Kivu, de onde centenas de milhares fugiram, amendrontados, doentes e feridos, ameaçados, violentados, roubados.
Uma voz aos esquecidos da África.

http://www.condition-critical.org/
http://www.msf.org/

A Lucidez Perigosa


Estou sentindo uma clareza tão grande
que me anula como pessoa atual e comum:
é uma lucidez vazia, como explicar?
assim como um cálculo matemático perfeito
do qual, no entanto, não se precise.

Estou por assim dizer
vendo claramente o vazio.
E nem entendo aquilo que entendo:
pois estou infinitamente maior que eu mesma,
e não me alcanço.
Além do que:
que faço dessa lucidez?
Sei também que esta minha lucidez
pode-se tornar o inferno humano
- já me aconteceu antes.

Pois sei que
- em termos de nossa diária
e permanente acomodação
resignada à irrealidade
- essa clareza de realidade
é um risco.

Apagai, pois, minha flama, Deus,
porque ela não me serve
para viver os dias.
Ajudai-me a de novo consistir
dos modos possíveis.
Eu consisto,
eu consisto,
amém.

Clarice Lispector

Wednesday, December 03, 2008

Palavra do Xico


Xico Graziano, Engenheiro Agrônomo, mestre em Economia Rural, doutor em Administração, ex-Presidente do INCRA, ex-Secretário da Agricultura e Abastecimento de São Paulo, ex-Deputado Federal e hoje Secretário de Estado do Meio Ambiente fala em seu artigo Índios Agrícolas sobre o problema indígena no Mato Grosso do Sul:

"Os caciques das aldeias locais afirmam, publicamente, que sua prioridade reside na assistência médica e educacional, não na terra. Sentem-se largados a sua sorte. Os suicídios lá verificados mostraram ao país aquilo que os matogrossenses do sul já sabem há tempos: as aldeias indígenas estão, infelizmente, no completo abandono. Justiça social zero.
Os índios, porém, desejam trabalhar. Querem tratores, sementes, fertilizantes, almejam condições para produzir seu alimento, e vender o excedente para ganhar um dinheirinho. As novas gerações sonham com o progresso, buscando o conforto que a tutela oficial lhes nega. Projetam ser agricultores, índios agrícolas."

Artigo completo aqui:
Scot Consultoria
Xico Graziano

Petrossauro


Como é que é?
A Petrobrás está pedindo dinheiro emprestado para pagar as contas?
A maior empresa do Brasil?
A jóia da coroa das estatais petistas?
A dona de todo o petróleo brasileiro e dos milagrosos campos do pré-sal?
A dos lucros fabulosos?
A patrocinadora do pobre cinema nacional?
É como diz o velho ditado popular: quando a maré baixa é que a gente vê quem está com a bunda de fora.
Quando os especialistas de mercado foram examinar de pertinho os resultados da empresa, descobriram que os lucros fabulosos não eram tão fabulosos assim, e que a Petrossauro produziu pouco e gastou muito nos últimos tempos. E ninguém sabe onde.
Parece que oh, novidade, o governo é incompetente mesmo para administrar aquela que deveria ser a empresa mais rentável do país.
E o PT é claro se irrita com a imprensa que anda por aí espalhando esses boatos.

Tuesday, December 02, 2008

Terra Vermelha


Terra Vermelha é o título brasileiro do filme Birdwatchers (Observadores de Pássaros), ou no original italiano Terra degli Uomini Rossi (Terra dos Homens Vermelhos), do diretor ítalo-chileno Marco Bechis.
O filme, sobre a realidade e os conflitos dos índios Guarani-Kaiowás no sudoeste do estado do Mato Grosso do Sul aparece no momento em que a Federação da Agricultura do Estado e a FUNAI discutem exatamente a demarcação de terras indígenas na região.
A história começa com um passeio de turistas estrangeiros, os tais birdwatchers, por um rio do lugar. De repente, entre um tuiuiú e outro, nas margens sombreadas pela floresta eles avistam um grupo de índios pintados e enfeitados que disparam algumas flechas para o ar. Em silêncio maravilhado, os turistas filmam e tiram fotos.
O barco se afasta, os índios entram na mata, saem em campo aberto onde uma caminhonete os espera. Vestem seus shorts e camisetas e recebem dos funcionários da fazenda onde os turistas estão hospedados um pagamento pela “apresentação”.
De volta à reserva onde vivem, gastam o dinheiro na venda do lugar com alimentos e cachaça. Assombrado pelo suicídio de seus jovens, o cacique decide sair da reserva em busca da terra de seus ancestrais, que acaba sendo a mesma fazenda onde antes se apresentavam.
Acampados entre a rodovia e a cerca da fazenda, o filme mostra o desenvolvimento do conflito entre os índios e o fazendeiro branco, cuja família está ali há três gerações. Em uma cena memorável, cacique e fazendeiro discutem cara a cara sobre a posse da terra. O fazendeiro diz “eu produzo alimentos aqui, para as pessoas comerem”. O índio responde apanhando um torrão de terra vermelha na mão e comendo em silêncio, querendo dizer que ele é feito da própria terra. Marco Bechis retrata o cotidiano dos índios de forma quase documental. Os suicídios, o alcoolismo, a pobreza real e moral, o conflito entre suas tradições e um futuro sem perspectiva, está tudo ali como realmente é.
Mas por mais primorosa que tenha sido a visão de Bechis sobre esses problemas, o filme descamba inevitavelmente para aquele que é o mal maior do cinema latino, o vitimismo.
É óbvio que o fazendeiro acaba se tornando o vilão da história, e no fim acaba usando métodos pouco humanos para se livrar do problema. O filme chega a mostrar o fazendeiro pulverizando de avião com agrotóxicos o acampamento indígena. Ainda por cima, sendo o vilão, o fazendeiro ainda é retratado como mau pai, patrão e marido. A filha adolescente que fuma maconha escondida pela fazenda acaba se envolvendo em um improvável romance com o jovem índio aspirante a pajé. Os empregados paraguaios não estão aí muito preocupados em se meter em briga por causa o patrão.
No entanto, o que parece ser um discurso a favor da demarcação de terras indígenas como propõem a FUNAI e alguns antropólogos de miolo mole metidos a Rousseau, mostra na verdade o beco sem saída em que a política indigenista se encontra hoje.
Os índios já sabem o que é civilização, querem celulares, tênis, motos, um freezer. No filme, os jovens índios que tentam caçar para comer, só acabam caçando mesmo é um boi do fazendeiro.
A vida idílica de caça e pesca na floresta só existe mesmo na cabeça dos já supra citados antropólogos de miolo mole. É impossível isolar os índios em reservas imensas como se estivessem em um zoológico para gringos tirarem fotos. A única saída que eles tem dali é o suicídio.
O maior mal dos índios hoje é a falta de perspectivas. E o que dá perspectiva ao caboclo brasileiro é, como diz aquela música, numa mão educação, na outra dinheiro.
A FUNAI deveria se preocupar em dar educação àqueles que ela pretende proteger em vez de se preocupar em demarcar mais terras do que os índios já tem.
E os índios deveriam aprender como usar suas terras para produzir riqueza. Embora crucificado pelos indigenistas e ambientalistas, o agronegócio é a força motriz da economia do interior do Mato Grosso do Sul e mesmo do interior do Brasil. E, como provou Cláudio Moura e Castro em sua coluna na VEJA, educação e agronegócio andam juntos onde quer que se olhe neste país.
Os índios não querem?
Bem eles não tem muita escolha ao menos que o resto da população brasileira decida embarcar nas caravelas de volta ao velho continente.
Os índios podem hoje escolher entre se integrar à vida social e econômica do país ou ao suicídio na floresta. Eu acho a primeira alternativa melhor. Pode parecer que não, mas os humanistas como Bechis e a FUNAI acham a segunda alternativa melhor.

Calendário Pirelli 2009














Per favore Pirelli, não me processem, sou só um tiffosi do calendário, um amante da fotografia, um apreciador de belle donne, africano desde criancinha. Grazie mille.

Monday, December 01, 2008

LIFE photo archive


A revista LIFE em parceria com o Google está disponibilizando (que verbo horrível, coisa de call center) na internet, de graça, fotos de décadas de história.
Vale muito a pena dar uma passeada pelos arquivos. O link está aqui:


Agradecimentos ao Frodo Balseiro pela dica.

Friday, November 28, 2008

Santa Catarina


"Ninguém é tão pobre que não possa ajudar e nem tão rico para nunca precisar de ajuda"
Madre Teresa de Calcutá

Thursday, November 27, 2008

Banania


Podcast do Diogo Mainardi:

"Pense um minutinho só: o que aconteceria se Lula mudasse a lei para favorecer diretamente, digamos, a Andrade Gutierrez, maior doadora de sua campanha presidencial? Pense um minutinho só: o que aconteceria se Lula aparelhasse a Anatel para, digamos, autorizar um negócio nebuloso da Oi, que encheu seu filho de dinheiro, comprando sua empresa de fundo de quintal? Eu sei perfeitamente o que aconteceria: a esta altura, a gente já estaria nas ruas, com o rosto pintado de preto, denunciando o descarado conflito de interesse do presidente da República e pedindo uma CPI no Congresso Nacional, porque um abuso desses só poderia ser admitido num regime arbitrário como o da Somália ou do Zimbábue, e o Brasil é infinitamente mais legalista e ordeiro do que uma Somália ou um Zimbábue. De fato, algo assim jamais se verificaria entre nós."
Y'a bon...

Another Way to Die



Atração à parte em Quantum of Solace foi a insólita união de Alicia Keys e Jack White na música tema.
Na verdade Amy Winehouse tinha sido convocada para compor uma canção para o filme , e foi dispensada pelos produtores porque como todos sabemos, a mulher não pára em pé.
Alicia e Jack deram conta do recado e o resultado é eletrizante.

Quantum of Solace


Levei minha esposa assistir o último James Bond. Eu gostei, ela não. Há algumas coisas que as mulheres nunca vão conseguir entender, 007 é uma delas.
Boys will be boys eu diria. Todo homem quer no fundo SER James Bond. Trabalhar no serviço secreto, dirigir os melhores carros, viajar para lugares exóticos, conquistar as mulheres mais lindas do mundo (neste filme as imperdíveis Olga Kurylenko como Camille e a boneca inglesa Gemma Arterton como Strawberry Fields), e o melhor de tudo, dar pancada em bandido e ter licença para matar. How cool is that?
James Bond está hoje em melhor forma do que nunca. Casino Royale promoveu uma Bond renaissance com Daniel Craig, agora concretizada com Quantum of Solace.
O novo Bond está muito mais próximo da imagem de matador frio idealizada por Ian Flemming do que seus predecessores. E muito melhor.
As figurinhas folclóricas de Monneypenny e Q por exemplo sumiram. Acabaram as piadinhas sem graça. O humor de Craig é muito mais curto e grosso, e nem por isso menos sofisticado.
Acabaram os brinquedinhos fictícios que Q inventava para Bond do tipo relógio com laser, óculos com raio X ou anel utrassônico. O que não quer dizer que seus brinquedinhos não existam nos filmes, mas são extremamente reais. E agora, Bond tem que se safar de seus apertos na pancadaria mesmo. Obviamente ele está sempre mais sujo de sangue, suado e despenteado do que Sean Connery ou Roger Moore que nunca puseram as mãos na massa de verdade. A perseguição a pé nas ruas e telhados de Siena na primeira parte do filme é simplesmente magistral.
Os vilões também não são mais aqueles malucos com algum distúrbio físico como diamantes na cara, bala no cérebro ou dentes de aço armando grandes esquemas para dominar e/ou destruir o mundo. Tudo bem que o sorumbático Le Chiffre de Casino Royale chorava umas discretas lágrimas de sangue, mas o Dominic Greene de Quantum of Solace só é desprezível. E seu único objetivo é mesmo ganhar dinheiro.
É emblemático também que Greene, o vilão do filme, seja um ambientalista presidente de uma poderosa ONG que compra terras ao redor do mundo com apoio de políticos e banqueiros internacionais. É emblemático também que o cenário do filme seja a Bolívia, cujo governo Greenne planeja derrubar em prol de seus negócios. É tão plausível que lemos nos jornais muitas vezes coisas parecidas.
Alguém se lembra de Johan Eliasch, o bilionário anglo-sueco dono de 160 mil hectares na Amazônia e presidente da ONG Cool Earth? Pois é, é o mesmo que foi flagrado exportando madeira ilegal e que desmente que suas terras sejam na verdade propriedade do governo brasileiro. E o que dizer das ONG´s que apóiam a criação de uma nação indígena no Mato Grosso do Sul em cima do Aquífero Guarani? É quase o mesmo plano criminoso de Quantum of Solace, dominar suprimentos de água para governos subservientes.
Enfim, o novo Bond, implacável e quase descontrolado de Casino Royale se transformou em um 007 completo desta vez. E salvou o mundo mais uma vez.
E eu da próxima vez que for no cinema vou ter que assistir uma comédia romântica água com açúcar. Bond nunca passa por essas situações.

Wednesday, November 26, 2008

Da série Grandes Slogans Piracicabanos



Caninha Tatuzinho
É veludo no gogó!

Escola sem Partido II


Imperdível a entrevista da antropóloga Eunice Graham nas Amarelas da VEJA.

"As faculdades de pedagogia formam professores incapazes de fazer o básico, entrar na sala de aula e ensinar a matéria. Mais grave ainda, muitos desses profissionais revelam limitações elementares: não conseguem escrever sem cometer erros de ortografia simples nem expor conceitos científicos de média complexidade."

"Eles confundem pensamento crítico com falar mal do governo ou do capitalismo. Não passam de manuais com uma visão simplificada, e por vezes preconceituosa, do mundo."

"Em vez de aprenderem a dar aula, os aspirantes a professor são expostos a uma coleção de jargões. Tudo precisa ser democrático, participativo, dialógico e, naturalmente, decidido em assembléia. "

"Eles (professores) são corporativistas ao extremo. Podem até estar cientes do baixo nível do ensino no país, mas costumam atribuir o fiasco a fatores externos, como o fato de o governo não lhes prover a formação necessária e de eles ganharem pouco. É um cenário preocupante. Os professores se eximem da culpa pelo mau ensino – e, conseqüentemente, da responsabilidade. Nos sindicatos, todo esse corporativismo se exacerba."

Johnny Mad Dog



Trecho de documentário produzido por Mathieu Kassovitz sobre o inferno das crianças-soldado da Libéria. Algo que se repete em lugares como o Darfur e o Congo e que não vai acabar tão cedo. Essas vidas estão arruinadas para sempre.

Contagem regressiva


Chávez disse que ganhou, mas na verdade perdeu as eleições regionais na Venezuela. As cidades mais ricas e povoadas que representam 44% da população, incluindo Caracas, serão governadas por opositores do seu regime.
O Chapolín Colorado e sua revolução bolivariana conseguiu fazer da Venezuela um dos países mais pobres e violentos do continente. Sem liberdade de imprensa, sem nenhuma confiança de investidores, a única coisa que sustenta a ditadura chavista é o petróleo.
Aliás, o petróleo em países de terceiro mundo tem sido mais uma maldição do que uma benção, fonte de corrupção generalizada e centralização do poder. Vide Angola, Nigéria, Sudão e todos os países árabes. Difícil achar uma democracia por ali. E o pior é que sustentam suas economias com as exportações de óleo, e isso não é de hoje.
Isabel Allende conta em seu livro Paula o que sentiu quando chegou à Venezuela, fugindo da ditadura de Pinochet nos anos 70. Em contraste com a austeridade chilena, dizia, os venezuelanos que boiavam em petróleo viviam em uma farra consumista. O país importava de tudo, de carros a ovos, e enquanto os adultos se divertiam em viagens de compras a Miami as crianças consideravam ir à Disney uma vez por ano como um direito natural.
Chavez perdeu a oportunidade que teve de transformar seu país. Quer dizer, transformou mas para pior. A Venezuela continua importando de carros a ovos.
E com o preço do barril descendo de 100 para 50 dólares, o povo começa a perceber que o bufão está nu. E a contagem regressiva para seu triste fim começa. Se ele tiver sorte vai um dia ainda poder ser porteiro de boate gay, como sugeriu Arnaldo Jabor. O mais provável é que acabe linchado pelos próprios venezuelanos.
O que resta ao palhaço é tentar impressionar o resto do mundo brincando de batalha naval com seus amigos russos nas águas do Caribe.

Sunday, November 23, 2008

Escola sem Partido


A Veja já publicou, Reinaldo Azevedo já denunciou, Ali Kamel já falou, mas ainda são poucos, muito poucos, os que se dão conta da enorme doutrinação esquerdista em prática nas escolas públicas e privadas do país.
Eu mesmo adorava geografia quando criança. Queria saber nomes de rios e cordilheiras. Curiosamente nunca aprendi isso em aulas de geografia. Os professores estavam mais preocupados com os problemas sociais e a consciência crítica dos alunos. É por isso que é acada vez mais difícil achar um energúmeno na rua capaz de apontar nosso continente no mapa.
Dificilmente haverá maneira mais eficiente de se manipular uma massa imensa de mentes ainda imaturas do que usando a rede de educação primária.
A verdade é que a educação é uma arma muito poderosa para poder ser usada assim deliberadamente por grupos interessados em pregar uma determinada versão da história, sejam eles comunistas, militares, creacionistas ou seja lá o que for. Aliás eu não sei quem inventou a idéia de que a educação deve ser uma prerrogativa do Estado.
É uma idéia demasiadamente perigosa. A mente de seus filhos nas mãos do governo. Aarrgh.
O que é mais incrível é que no Brasil, se você quiser educar seus filhos em casa, pode ser acusado de negligência parental.
E por mais que a humanidade tenha se desenvolvido, a maioria das pessoas não conseguiria ler hoje livros que eram lidos há cem anos atrás por considerá-los demasiadamente complicados. Aliás, apesar do grande acesso a escolas, a grande maioria da população não consegue nem interpretar um texto.
Bem, na vida de hoje, os pais querem mesmo é se livrar dos filhos ao menos por um período do dia. E esperam que os filhos estejam aprendendo alguma coisa. Só que aqui no Brasil pelo menos, eles não tem idéia do que os filhos estão aprendendo.
A estratégia da doutrinação foi bem usada, não só no Brasil como no resto do mundo, e o resultado desastroso é o que Olavo de Carvalho chama de padronização da opinião pública.
O triângulo academia-imprensa-show business que ocupa todo o espaço na mídia foi dominado, com raras exceções, pelo esquerdismo militante. É o sonho de Antonio Gramsci tornado realidade. Do aquecimento global a Barack Obama, visões divergentes daquela divulgada pelo beautiful people desse triângulo são descartadas como fruto de conspirações, delírios, racismos e reacionarismos.
É uma bola de neve, a universidade contamina a escola, a escola forma os profissionais que vão ocupar o espaço da mídia, a mídia padroniza a informação segundo a doutrina recebida na escola.
Livros, livros e mais livros neles.
Por uma escola sem partido!

Cassandra


A lenda grega conta que Cassandra, filha do rei Príamo de Tróia, ao ceder seus amores ao deus Apolo, pediu em troca o dom de prever o futuro. O deus, que pelo visto não gostou tanto assim do serviço concedeu o dom junto com uma maldição. Cassandra seria capaz de prever o futuro, mas nunca ninguém acreditaria nela. Quando seu irmão Paris sequestrou a bela Helena e começou a guerra contra os gregos, Cassandra previu a queda de Tróia, mas, tida como louca pelos compatriotas, ninguém a escutou.
O programa tegenlicht da televisão holandesa produziu um excelente documentário sobre o Crash econômico de 2008, usando declarações de personalidades do mercado como Jim Rogers, o Indiana Jones dos investimentos segundo a Times, o economista italiano Marco Vitale, o economista chefe do Morgan Stanley Stephen Roach, o investidor Peter Schiff e o banqueiro Charles R. Morris.
Todos são Cassandras que anos atrás já previam a crise de 2008.
Stephen Roach já via a bolha imobiliária prestes a estourar, Marco Vitale falava da Parmalat não como um caso isolado, mas como a ponta de um iceberg podre no mundo das finanças, como se veria depois com a Enron, Worldcom e outras.
Um amigo que participou de um road show de apresentação para a abertura de capital de uma grande empresa brasileira me contou como funcionava. Eles desciam em Nova Iorque em vans pretas, indo de um banco a outro, de um fundo de investimento a outro, contavam o que faziam e perguntavam quantas ações eles iam querer comprar.
Em um certo fundo de pensão por exemplo, com capital equivalente ao dobro do PIB brasileiro, uma garota de uns 30 anos comprou 100 milhões de dólares em ações como se estivesse comprando bala jujuba na quitanda.
É como diz um dos entrevistados no documentário, esses jovens ganham milhões por ano, negociam milhões na bolsa, e acham que aquilo tudo ali que eles estão vivendo, aquele cassino, é perfeitamente normal. empresas ganhavam bilhões no mercado financeiro sem que ninguém soubesse exatamente de onde vinha aquele dinheiro todo. em outubro de 2007 o CFO do Citibank declarou não saber o valor da própria empresa porque todo o dinheiro que eles tinham estavam em investimentos que ele não entendia. Pessoas estavam vivendo acima dos próprios meios, gastando mais do que ganhando. Bem, não era normal como estamos vendo agora. A exuberância irracional acabou no fundo do poço.
O documentário alerta para a globalização do capital, e também para a influência do big business na política americana, e a promiscuidade entre política e negócios, cujo exemplo mais óbvio é o Carlyle Group.
O mundo hoje critica a maneira como os Estados Unidos querem exportar ao mundo suas idéias de democracia e livre mercado. Mas agora quem vai dar uma de Cassandra sou eu.
O ano de 2008 para mim será o início de uma nova e lamentável era.
A eleição de Barack Obama foi o momento em que os americanos deixaram de ser America, para se tornarem Latino America. Invertendo o lema de São Paulo, em vez de conduzirem, escolheram ser conduzidos. Escolheram um guia, um messias, um Peron. Em 2008, os Estados Unidos se tornaram oficialmente uma Banana Republic.
Ao mesmo tempo, a crise financeira deslocou o eixo econômico do planeta de Wall Street para o Oriente, mais precisamente para a China, e isso é o que Jim Rogers também fala.
A crise vai passar, as coisas vão se ajustar, mas 2008, o ano das olimpíadas de Beijing será o ano em que a China tomará as rédeas do planeta.
E todos aqueles anti-americanistas que hoje reclamam da onipresença ianque no planeta se arrependerão profundamente de um dia ter odiado os Estados Unidos.
Porque, meninos e meninas, na hora em que a China decidir exportar a sua visão de mercado e de democracia, o mundo vai ver o que é bom para tosse.
O programa Tegenlicht é em grande parte em inglês, e está aqui nesse link (crash 2008):
Dank je Remco.

Saturday, November 22, 2008

Obama Rising


Barack Obama’s election as the most powerful man on Earth has been interpreted as a historical mark for the United States and, why not, for the world.
He was not only an American candidate, but the world candidate. His election was celebrated in Europe, in the Middle East, in Latin America, and of course in Brazil. The world was indeed tired of Mr. Bush policies.
But who is Barack Obama?
Two years ago nobody knew anything about Barack Obama. Until now, we still don’t know much about Barack Obama.
We know something about his multicultural life history. We know he is a senator for Illinois. We have heard his speeches about change. But really, who is that guy?
Before answering that, there is an interesting phenomenon about the American election campaign to be discussed. Something we knew here in Brazil, but we didn’t believe it was possible in the US.
That phenomenon is called the end of journalism. Victor Davis Hanson wrote um article with this same exact title for the National Review. As he says:
"The media has succeeded in shielding Barack Obama from journalistic scrutiny. It thereby irrevocably destroyed its own reputation and forfeited the trust that generations of others had so carefully acquired. And it will never again be trusted to offer candid and nonpartisan coverage of presidential candidates. Worse still, the suicide of both print and electronic journalism has ensured that, should Barack Obama be elected president, the public will only then learn what they should have known far earlier about their commander-in-chief — but in circumstances and from sources they may well regret."
Obama was shielded the same way president Lula was shielded in Brazil when corruption scandals started to multiply in his administration.
The press had plenty to accuse him. They could have pointed out the way he mixed power and party, the suspicious enrichment of his son, the lobby activities of his brother, the assassinations of some of his party members, his alleged ignorance of the dirty money scheme of his own party and the dangerous liaisons of his party, the Workers Party with Latin America narco-terrorists. But not a single accusation touched him.
Why the press did protect him that much?
We have in Brazil something that can be called the leftist axis: press-university-show business. It has been dominated by leftist ideology since the 60’s. It’s Antonio Gramsci’s dreams come true.
Of course they couldn’t accuse Lula of anything, he was one of them. A man of the people, a worker that had become president.
Lula was cherished by intellectuals, artists and journalists as the man who would heal Brazil’s huge social gap.
In the United States, the axis worked in the same way. Obama had Hollywood, press and intellectuals all by his side.
Larry Rother, a long time correspondent of the New York Times in Brazil just released a book with his best stories for the NY Times. Rother was almost expelled of Brazil when he wrote about president Lula’s drinking habits. Rother was a good observer of what was happening in Brazil during the Lula years. Curiously, his newspaper wasn’t able to do the same in the US, when the subject was Barack Obama.
Investigating Obama’s past and also dangerous liasons was immediately dismissed by the press as a demonstration of racism of the wasp America. By instance, where did all that money from Obama’s campaign come from?
Likewise, investigating Lula was an act of reactionaries from the elites that ruled Brazil for five hundred years.
Melanie Philips, in her blog at the British magazine The Spectator wrote about Obama’s election: “this is a watershed election which changes the fate of the world. The fear however is that the world now becomes very much less safe for all of us as a result. Those of us who have looked on appalled during this most frightening of presidential elections – at the suspension of reason and its replacement by thuggery -- can only hope that the way this man governs will be very different from the profile provided by his influences, associations and record to date.”
The silence of a press moved by ideological believes is however only a symptom of a much bigger issue.
Obama’s election represents the end of one ideal. An ideal born with that very Nation. An ideal conceived by the enlightened hearts and brains of America’s Founding Fathers, the ideal that every man shall be free to pursue his own happiness.
When McCain and Obama met Joe the Plumber, McCain talked about distributing opportunities. Obama talked about distributing money. Americans chose Obama.
Before, Americans always did their own thing, their business, their work, they didn’t care much about politics.
Now they want a saviour, a Messiah, someone to take from the rich and give to the poor. They want a European like super-state to take care of them, to tell them what to do, to make them happy.
That’s also the way Lula thinks. That’s the way every leftist liberal thinks. That´s the way to make individuals less individuals, an more herd like. A source of disaster.
The behaviour of the press, and the election of Obama makes the United States less American, more Latin American.
United States, in 2008 became an official Banana Republic.
And in 2008, the world saw the Olympic Games in Beijing and the worst economic crisis since 1929. It’s not a coincidence; it’s just the beginning of a new Era.
United States is no longer the headlight of the planet.
Obama rising, is China rising. Unfortunately.

Mission Impossible



Estou meio heavy metal hoje...

Thursday, November 20, 2008

Colabore com Lula: Faça dívidas


Do blog do Reinaldo Azevedo:

Seja um patriota! Faça dívidas!Todo mundo tem de colaborar, né? Se a gente não sair por aí comprando, endividando-se, aproveitando os juros camaradas que nos são oferecidos, vai acontecer o quê? Segundo Lula, vem o desemprego.
O credito consignado — ah, sim, reconheço a sua importância para a economia —, se bem pensado, já é um expediente só permitido porque muitos dos nossos “juristas” têm sono — quando não têm preguiça. E a razão é simples, vinda do mais límpido pensamento liberal: se o cara quer vender sem risco, que vá tomar suco de laranja. Mas aí os pragmáticos pensaram: “Gente, com menos risco, cai a taxa de juros, mais gente tem acesso a crédito, a economia anda”. É, eu sei. Nem tudo o que é bom para a economia é bom para as liberdades. Qualquer sistema que elimine o risco de vender e a recompensa ou punição para quem cumprir/não cumprir o contrato na forma da dívida contraída é uma porcaria. Parece mais cartório do que capitalismo. Adiante.
Depois do crédito consignado, poderiam inventar o crédito obrigatório, não é mesmo? Um brasileiro que não está endividado, que está guardando dinheiro no banco, fazendo poupança, não passa de um rematado canalha, de um insensível, de um conspirador. Um homem sem dívida é um sabotador do governo Lula.

Wednesday, November 19, 2008

Ordem no galinheiro


Uma galinha põe um ovo de um quilo.
Jornais, televisão, repórteres... Todos atrás da galinha.

- Como conseguiu esta façanha, Sra. Galinha?
- Segredo de família.
- E os planos para o futuro?
- Pôr um ovo de 2 quilos !

As atenções se voltam para o galo.

- Como conseguiram tal façanha, Sr. Galo?
- Segredo de família.
- E os planos para o futuro?
- Encher o avestruz de porrada

3 historinhas de Steve Jobs


http://video. google.com/ googleplayer. swf?docid= -382759589701637 8253&hl

Pela semana nacional do empreendedorismo.