Wednesday, December 16, 2009
Reinaldo Azevedo
Eu comecei a ler Reinaldo Azevedo quando ele fazia a revista Primeira Leitura. Eu nem me interessava tanto assim por política antes de Primeira Leitura. Tinha essa atitude blasé burgeois chic do "são todos iguais" ou "não me meto em sujeira".
Primeira Leitura me fez pensar diferente porque olhava a política, e todo o resto, de uma perspectiva nova. O jornalismo em geral tem dois grandes defeitos. O primeiro é que todo jornalista saído da faculdade se acha, como o próprio Reinaldo disse, um pequeno revolucionário do teclado. Seria preciso um livro para explicar o histórico dessa infiltração gramsciana nas faculdades brasileiras (e no mundo), mas a verdade é que a classe de profissionais que supostamente deveria ser a mais bem informada da sociedade é uma das que se deixa mais facilmente manipular pela ideologia. O segundo é que jornalista acha que tem que ser isento e equilibrado sempre. É mentira porque há assuntos sobre os quais não pode existir isenção. A defesa da liberdade, da democracia, do estado de direito tem um lado só. Jornalismo sério não pode defender mensalão, não pode defender o MST, não pode defender censura como quer a Confecom, não pode defender Zelayas e Chávez e terroristas.
Reinaldo Azevedo me conquistou com seus textos porque nunca se deixou pautar por essa falsa isenção, pelos consensos, pela ditadura de maiorias e minorias que se pretendem donas da verdade. Fazia isso na Primeira Leitura e continua fazendo hoje em seu blog.
E nisso nossos pensamentos coincidem. O País do Petralhas mostra sua uma defesa apaixonada do Estado de Direito e da responsabilidade individual, sua luta contra a intromissão do estado em nossas vidas privadas, seu respeito aos princípios cristãos que fundaram a civilização ocidental e mostra como a petralhada joga tudo isso no lixo para manter-se no poder. Essas são algumas das razões pelas quais admiro seu trabalho diário.
Seu livro de frases Máximas de um País Mínimo resume seus pensamentos em frases que são primores de lógica, bom senso, humor e moral.
E para quem acha que ele é um arrogante frustrado, deveria conhecê-lo pessoalmente, ouvi-lo falar e ver como seu pensamento é límpido e brilhante, assim como seu humor e simpatia.
Quem não gosta que compre o jornalismo estilo Granma. Eu acho que o Granma só serve pra fazer o que os cubanos fazem com ele.
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