Saturday, July 17, 2010

Holocausto radical


Todo movimento revolucionário radical tem a sua utopia.
A dos vermelhos é a do paraíso proletário, sem divisão de classes e sem propriedade privada. A dos verdes é a volta à aldeia do primitivismo, adorando a natureza e renunciando ao desenvolvimento.
A dos gays é a do mundo sem divisão de gêneros, onde ninguém é de ninguém.
Em Holocausto Radical, capítulo de seu livro The Politics of Bad Faith, David Horowitz analisa os efeitos do ativismo gay nos Estados Unidos, especialmente em relação às origens da epidemia de Aids no país.
Assim como vermelhos e verdes culpam o capitalismo pela opressão dos trabalhadores e da natureza, o movimento gay e o feminismo correlato culpam a sociedade hetero-normativa pela opressão das mulheres e homossexuais. E como os homens brancos e heteros são também culpados pelo capitalismo selvagem, não é de se estranhar que estes movimentos encontrem um no outro muitos pontos em comum. Como diz o Reinaldo Azevedo, é impossível achar uma ONG que defenda o homem branco, cristão e heterossexual.
De fato, as agendas dos movimentos revolucionários às vezes são tão solidárias entre si que movimentos gays chegam por exemplo a defender o terrorismo palestino (criado por comunistas) mesmo sabendo que gays correm risco de vida em territórios islâmicos. Já os verdes acreditam que mais sexo entre pessoas do mesmo sexo não aumenta a população, o que acaba sendo bom para o planeta.
Como todo movimento radical, a ordem não é modificar pelo diálogo, e sim destruir e substituir a ordem vigente. Com os gays não foi diferente. Nos anos 70, o movimento gay pretendia fazer essa destruição da heteronormatividade pelo "liberou geral". A ordem era fazer sexo com mais parceiros possíveis, conhecidos e anônimos, em todos os lugares possíveis.
Quando a Aids surgiu em território americano, as saunas e pontos de encontro gays passaram a ser os principais focos de disseminação da doença. Descobriu-se logo que o sexo anal e a promiscuidade eram os maiores propulsores da doença.
Até 1983, 95% dos infectados nos Estados Unidos em cidades como Los Angeles e Nova Iorque (lugares de maior incidência da doença) eram homens gays.
Os serviços de saúde pública americanos deveriam ter agido como agiriam no caso de qualquer outra doença, controlando a população de risco e fechando estabelecimentos considerados como focos de epidemia. O ativismo gay organizado no entanto impediu que isso fosse feito alegando discriminação, quando na verdade queria proteger a "revolução" gay.
O resultado é que por conta do ativismo, os serviços de saúde simplesmente não agiram, e os esforços do governo foram direcionados para pesquisas por uma cura e campanhas educativas.
Na busca da cura, gastou-se em dólares por paciente mais do que qualquer outra doença na história da humanidade. Gasta-se muito mais com Aids do que por exemplo em pesquisas com câncer de próstata, que mata muito mais homens por ano do que a Aids.
Nas campanhas educativas, o ativismo gay fez com que menções a sexo anal e promiscuidade fossem praticamente banidas de todo e qualquer material educacional. Ao contrário, apregoou-se que a doença apresentava um risco idêntico para toda a população.
A único instrumento de prevenção aceito pelas organizações militantes gays foi o uso do preservativo, porque interferia pouco com o estilo de vida dos revolucionários.
Aqui no Brasil as coisas não foram muito diferentes. O liberalismo gayzista e sua determinação em subverter a ordem social deu e ainda dá resultado, nas escolas, nas ruas, na televisão e até dentro do governo. Nas escolas públicas distribuem cartilhas de sexo (que de educativas tem muito pouco), camisinhas e pílulas à torto e à direito nas escolas, e qualquer professor de primeiro grau já encontrou vários de seus alunos se atracando no banheiro. Na televisão, do BBB às novelas a ordem é liberar geral. Torna-se tolerável aos olhos da população qualquer tipo de comportamento sexual.
Não há efetivamente nada de errado em ser gay, dado que isso acontece naturalmente com uma parcela ainda que pequena da população. E é dever de um estado democrático tratar todos como iguais perante a lei. Mas fazer do homossexualismo uma bandeira para transformar a sociedade como um todo em uma grande suruba, tentando provar que todo mundo é ou quer ser gay, tem consequências graves. E a Aids é apenas a mais óbvia delas. Nos Estados Unidos a epidemia levou 300.000 vidas, a grande parte de jovens gays que o ativismo diz proteger. Aqui, entre outro tanto, levou nosso Cazuza há 20 anos atrás. E apesar das vítimas, ou usando-as a seu favor, a revolução continua.

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