Saturday, May 17, 2008

Quotas não!


O Supremo Tribunal Federal está julgando a constitucionalidade das quotas raciais nas universidades brasileiras, uma imbecilidade que teve seu berço na UnB de Timothy Mulholland. É incrível que um país miscigenado como o Brasil tenha que discutir quotas em pleno século XXI, quando mesmo os EUA estão abandonando suas políticas de ação afirmativa por serem completamente ineficazes.
As patrulhas dos movimentos pró racismo estão metralhando estatísticas a torto e a direito por aí. Eles só esquecem, convenientemente, de informar a população que eles contam os pardos como negros em suas estatísticas mas que somente os negros mesmo (6% da população) é que vão usufruir dos eventuais benefícios conseguidos com as quotas.
E as quotas dos índios, dos gays, dos torcedores do Guarani, dos baixinhos?
Como diz o Reinaldo Azevedo, coitado mesmo é do homem católico, branco e heterossexual. Esse não tem mesmo nenhuma ONG que o proteja.
Há algumas semanas a Vogue americana causou escândalo por causa dessa foto do astro do basquete Lebron James com Gisele Bündchen. Movimentos negros o viram como uma representação do gorila gigante King Kong e foram lá defender Lebron e atacar a revista.
O sempre excelente João Pereira Coutinho falando sobre o assunto dissecou a natureza das patrulhas politicamente corretas: "É assim que a pessoa X ou Y, que tem nome, rosto e identidade singular, deixa de ser a pessoa X ou Y. Passa a pertencer a um grupo geral - os negros, os homossexuais, as lésbicas - uma forma sinistra de dissolução identitária. Lamento. As pessoas valem como pessoas. Não valem como parte de uma manada...Para as patrulhas, um negro não pensa; pensam elas por ele."
Apartheid não! Abaixo a ditadura das minorias organizadas!

3 comments:

Lelec said...

De todas as coisas ruins que herdaremos do governo Lula, a pior será o sistema de cotas.

O dinheiro roubado dá para recuperar. As privatizações congeladas poderão ser desbloqueadas. Mas o germe do conflito social injetado pelas cotas vai permanecer entre nós, crescendo ao longo do tempo, fazendo de nós um país com separatismo racial, coisa que não tínhamos (até então, a separação era econômica-social, não racial).

Assim caminha o Brasil...

Abraço,

Lelec

Ricardo Rayol said...

Mas é bem isso mesmo. Para conseguir uma graninha fácil fazem qualquer coisa, até resgates históricos.

clabrazil said...

Nao sou de ficar em cima do muro, mas confesso que com a questao das cotas realmente nao tenho opiniao.

Pois ao mesmo tempo que enche o saco ouvir papo de minorias, o preconceito continua comendo solto.

E discordo do Lelec que seja só econômica social. Por sinal, se nao me engano, as cotas nao sao puramente raciais, e sim econômicas e raciais...

Um dia formarei minha opiniao sobre o assunto. Enquanto isso, que babaquice irem pegar no pé da Vogue por causa da foto. Ela é ótima. E se fosse alusao a King Kong, meu Deusu, que tem isso de mais?!

Infelizmente, idiotice nao escolhe cor nem orientacao sexual.

Odeio politicamente corretos.
Beijos,
Cla