Tuesday, March 16, 2010
Comunistas e terroristas
O fato de Lula querer ser mediador do conflito entre israelenses e palestinos já é uma aberração mista de megalomania, ignorância e prepotência. Imaginavam os gurus do Itamaraty que qualquer país democrático em sã consciência aceitaria essa oferta vinda de um país que adora bajular ditaduras assassinas?
Mas a atitude de Lula não causa surpresa nenhuma. Ao contrário, insere-se perfeitamente na lógica estúpida da nova diplomacia petista.
Lula recusa-se a visitar o túmulo de Theodor Herzl, mas irá depositar flores no túmulo de Arafat.
Arafat é um daqueles mártires da esquerda revolucionária para quem o fim justifica todos os meios, quaisquer que sejam estes meios. Era um terrorista responsável pela morte de milhares de civis inocentes, um corrupto que desviou milhões de dólares de ajuda estrangeira aos palestinos para suas contas pessoais na suíça, um hipócrita que escondia a própria homossexualidade enquanto trabalhava para extremistas vêem o homossexualismo como um crime, e mais do que tudo era alguém a quem foi dada a chance de ser o líder de um novo país, mas que a recusou para continuar com sua obsessão genocida. É este o homem que vai receber flores de Lula em seu túmulo.
Recuemos um pouco mais no tempo. O livro de David Meir-Levi, History Upside Down: The Roots of Palestinian Fascism and the Myth of Israeli Aggression traz fatos interessantes sobre as origens da OLP e da luta dos palestinos.
No início da década de 60, a KGB estava interessada em expandir “frentes de libertação” no Terceiro Mundo. O Exército de Libertação Nacional da Bolívia, criado em 64 com a ajuda de Che Guevara foi um. O Exército de Libertação da Colômbia, criado em 65 com a ajuda de Fidel foi outro. A guerrilha do Fatah de Arafat era perfeita para isso. O primeiro conselho da OLP em 1964 reuniu 422 representantes palestinos escolhidos a dedo pela KGB, e elegeu um de seus agentes, Ahmad Shukairi como seu líder. A primeira Carta Nacional Palestina foi feita em Moscou. As armas dos palestinos eram fornecidos pela Stasi alemã oriental e pela KGB, o apoio logístico pelos agentes romenos de Ceaucescu. Durante os primeiros anos de existência da OLP, dois aviões cargueiros de Bucareste aterrissavam por semana em Beirute trazendo armas e suprimentos aos guerrilheiros palestinos. A KGB não só armava e treinava os palestinos como os usava para treinar milhares de outros terroristas. A partir dali a OLP manteria contato com outras organizações terroristas no mundo, inclusive neo-nazistas e de extrema direita. Em Moscou foi criada a Universidade Popular Patrice Lumumba, para doutrinar líderes do terceiro mundo. Mahmoud Abbas, que sucederia Arafat na OLP foi diplomado PhD. ali em 1982, com uma tese que negava o Holocausto. Cuba também se tornou uma base de treinamento terrorista. Vários oficiais da OLP foram treinados lá, e agentes da inteligência cubana visitavam a Palestina para vistoriar os campos de treinamento palestinos. Arafat também havia enviado Abu Jihad, líder das operações militares palestinas estudar as táticas do general vietnamita Ho Chi Mihn. Ao mesmo tampo traduzia para o árabe os manuais e textos de Mao e de Nguyen Giap, o chefe estrategista dos vietnamitas do norte.
Foi de Giap que Arafat receberia o conselho que mudou a história da OLP: “Pare de falar em aniquilar Israel e transforme sua guerra de terror em uma luta por direitos humanos. Aí você terá os Americanos comendo na sua mão”.
Nicolai Ceaucescu, o ditador romeno mestre da propaganda ajudou Arafat a seguir o conselho de Giap, transformando aos olhos do Ocidente os palestinos de terroristas em vítimas dos israelenses.
Para manter Arafat sob controle, a KGB com a ajuda do embaixador romeno no Egito gravou em vídeo várias noitadas homossexuais de Arafat com seus guarda-costas e com os pré adolescentes tirados dos orfanatos romenos, que Ceaucescu lhe oferecia a título de hospitalidade.
A Palestina e o povo palestino foram uma mentira desde sua origem. O próprio Arafat admite em sua biografia: “O povo palestino não tem identidade nacional. Eu, Yasir Arafat, homem do destino lhes darei essa identidade pelo conflito com Israel.”
A luta dos palestinos, forjada pelos agentes comunistas, tornou-se único movimento de auto-determinação política no mundo cuja única raison d’être é a aniquliação e o genocídio de um povo.
É isso que nossa diplomacia está homenageando.
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6 comments:
Ótimo Alma. Pra variar, brilhante.
Big-Ben
O lula é um cínico.
clap, clap, clap (palmas) assino embaixo.
Parabens, outra vez me surpreendo com seus textos. Como dizia nosso professor JYCarfantan, vc tem o don da pena(letra). abraço Adriano Vaz de Lima
Primeiro queria saber do blogueiro se o livro de David Meir-Levi foi traduzido para o português.
Segundo: o texto ficou muito bom.
Terceiro: esse tal Arafat é realmente repugnante.
Obrigado.
Anonimo: o livro que eu saiba não foi traduzido ainda
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