Thursday, May 20, 2010

Feio


Em 2001, uma inglesinha de 25 anos emocionou o mundo da vela ao chegar em segundo lugar na Vendée Globe, a regata de circunavegação do globo solo.
Todo mundo não, na época eu me lembro de ter visto um comentarista inglês dizer que todas as vezes em que Ellen aparecia na webcam de seu barco, o Kingfisher, ela estava chorando, à beira de um ataque de nervos, desesperada, querendo sumir dali. What's the point, se é para sofrer tanto? Qual a vantagem de ganhar nessas condições?
Eu lembrei dessa história quando acompanhei a convocação da Seleção Brasileira pelo Dunga. Sem Neymar e Ganso, as duas figuras que trouxeram a alegria de volta aos gramados brasileiros.
Dunga deu suas justificativas esdrúxulas, exigindo comprometimento, disciplina e outros atributos chatos. Jogar bem e dar show está em último na lista de critérios da Selecinha dunguiana.
Nosso velho dilema, ganhar feio como em 94, ou perder bonito como em 82? De novo, what's the point de ganhar sem prazer nenhum, com tristeza?
É como disse o casseta Cláudio Manoel no twitter: copa com Dunga e sem Bussunda, isso é que é futebol sem alegria.

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