Friday, May 07, 2010

Tribalismo Indígena


Há 30 anos, o Plinio Corrêa de Oliveira denunciava em sua obra Tribalismo Indígena, o ideal comuno-missionário para o Brasil no século XXI.
Havia então na Igreja Católica no Brasil, e na América Latina em geral a idéia de criar uma Igreja Nova, aggiornata e pós-conciliar, que geraria a Teologia da Libertação e a neomissiologia.
A concepção tradicional das missões na Igreja Católica sempre teve por fim a evangelização de povos indígenas. Evangelizando-os, civilizariam-se. Civilizando-se, estariam mais tentados a praticar o bem. Tenha-se como exemplo Nóbrega e Anchieta.
A neomissiologia por sua vez tem intenções bem diferentes. Para a Nova Igreja, a civilização ocidental é fonte de corrupção, exploração e consumismo.
O índio por sua vez, representa o homem puro. A vida tribal, em comunidades, onde tudo é comum e partilhado, seria a vida ideal para o homem cristão, na verdade o próprio Reino de Deus na Terra. Por esse ponto de vista, não seríamos nós a evangelizar os índios, e sim estes é que teriam coisas a nos ensinar. O objetivo então das novas missões, não é o de levar a palavra de Cristo aos índios, mas preservá-los, a eles e a seu modo de vida de qualquer interferência da sociedade dita civilizada. Para os neomissiologistas, Anchieta e Nóbrega quando fundaram o Colégio que se tornaria São Paulo foram tão nocivos e destruidores quanto os bandeirantes e os conquistadores.
Não cabe aqui explicar como a Nova Igreja enxerga a bondade de Cristo em costumes como canibalismo (praticado amplamente no Brasil pelo "homem puro" antes da chegada dos colonizadores), infanticídio, poligamia, incesto, guerras tribais e genocídios, sacrifícios humanos, magia e paganismo, rituais de dor e outros comuns entre os povos indígenas, além de um falso equilíbrio ecológico e estado de harmonia com a natureza. O fato é que segundo essa concepção, índios não devem ser integrados à sociedade, nós é que teríamos que voltar a viver como índios, pois a sociedade tribal é a utopia cristã perfeita.
Isto está amplamente documentado em textos do Conselho Indigenista Missionário, da Pastoral da Terra e em declarações de membros dessa Nova Igreja.
Com impressionante clareza, Plinio Corrêa de Oliveira previu exatamente onde isto nos levaria. Depois de 30 anos do lançamento de sua denúncia, Nelson Ramos Barretto e Paulo Henrique Chaves acrescentaram um adendo à obra de Plínio, com reportagens sobre as demarcações de reservas indígenas na Raposa Serra do Sol em Roraima, no Mato Grosso do Sul e em Santa Catarina, com todas as incoerências e absurdos desta política de demarcações.
Depois das denúncias de VEJA na semana passada, sobre a farra dos laudos antropológicos, fica claro que estamos dilacerando o território nacional em prol de uma utopia criada pela cabeça de uma dissidência católica comunista, uma aberração que não tem absolutamente nada a ver com a Igreja de Cristo, Pedro e Paulo.

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