Friday, February 26, 2010

VIVA ZAPATA


- Pois é Fidel, quem mandou aquele desgraçado querer parar de comer não é mesmo? E nem me escreveu para avisar que ia morrer!

- Pues compañero, ustedes y mi amigo Chávez me compreenden. Derechos humanos é só pra quien es mi amigo. También bajé el sarrafo el los maricones que querian protestar, asi se hace!

- Que inveja companheiro Fidel! Se precisar de alguma coisa fala aqui com o Celso e com o Top Top, tamo com vocês nessa!

- Es todo culpa de los gringos norteamericanos hijos de unas eguas

- Apoiado, eta povo besta esses gringos...Mas companheiro Fidel?

-Si?

- Bonita essa jaqueta da Nike, é do freeshop?

- Es como en Cuba, no pregunte, just do it!

ORLANDO ZAPATA TAMAYO
MAIS UM ASSASSINADO PELA DITADURA CUBANA APOIADA PELO PT E PELA DIPLOMACIA ESTÚPIDA DO GOVERNO LULA

Wednesday, February 24, 2010

Tenebrás


Taí de volta o chefe de quadrilha, articulando a campanha petista e prestando suas "consultorias"...
É uma arte verdadeiramente petista lucrar com uma empresa que não produz nada...
35.000% de valorização desde 2002. E o povo lá em Wall Street arrancando os cabelos, ô dó.

Tuesday, February 23, 2010

Lumières Top 12 Hollywood Eco Productions


Em Robocop II de 1990, quando a grande discussão ambiental era o buraco de ozônio, aparece em uma cena um hilário comercial de um bronzeador solar super power, uma espessa gosma azul que as pessoas usariam para se proteger do sol no futuro. Depois disso as mensagens ecológicas de Hollywood ficaram muito mais elaboradas e diretas. O Lumières apresenta aqui uma lista das doze produções mais ecologicamente corretas de Hollywood, aquelas que mostram como a mais pura verdade que o homem é a grande desgraça do planeta:

1. Avatar

Avatar é a obra prima do ambientalismo hollywoodiano que não poupou esforços em tecnologia e orçamento para levar esta fantasia à telona. No filme, cujo enredo é o mais tosco possível, os extraterrestres Nav'i que vivem em harmonia com a natureza são ameaçados por humanos mercenários em busca do vil metal. Pandora, a lua onde vivem os Nav'i é o arquétipo da deusa Gaia, a mãe natureza à qual somos todos intimamente ligados e que deveria estar no centro da nossa adoração e espiritualidade. Indiscutível primeiro lugar. (Curiosamente a moça azul do comercial de filtro solar de Robocop nos lembra deste filme, 20 anos depois).

2. Uma Verdade Inconveniente (Inconvenient Truth)

A apologia do aquecimento global by Al Gore. O filme tenta estabelecer como verdade hegemônica e indiscutível que a atividade humana é a causa do aquecimento, com previsões catastróficas para o futuro da humanidade se não fizermos o que ele nos diz para fazer. Há uma cena clássica onde ele compara as curvas de concentração de CO2 na atmosfera e a temperatura do planeta. Ele só não explica que a curva de aumento de temperatura precede (e não sucede) a de concentração de CO2 em alguns milhares de anos...

3. O Dia Depois de Amanhã (The Day after Tomorrow)

É o aquecimento global na versão mais Hollywoodiana, com granizos gigantes, tornados destruindo o centro de Los Angeles, inundações e uma nova era glacial surgindo em apenas dois dias. Culpa de um vice-presidente americano que é a cara do Dick Cheney. Como punição humilhante, os ricos do norte são obrigados a cruzar o Rio Grande em direção ao México para fugir do clima. Bem feito, quem mandou eles não pararem de poluir e transferirem toda sua tecnologia aos subdesenvolvidos antes?

4. O Dia em que a Terra Parou (The Day the Earth Stood Still)

A versão de 1951 alertava contra os perigos do armamentismo. O ET, seu robô de espuma e seu disco voador de latão vinham nos avisar que se não parássemos de guerrear íamos ser considerados como uma ameaça por outros planetas da galáxia que iam nos varrer do mapa. A versão de 2009 é mais ecologicamente correta. Nosso planeta é considerado especial porque é capaz de suportar formas complexas de vida. Como o homem está destruindo o planeta, o ET Keanu Reeves vem, desta vez com uma nave e um robô mais elaborados, avisar que se não pararmos a nossa espécie vai ser exterminada. O fato do homem ser a forma de vida mais complexa do planeta aparentemente não é muito importante e nem contraditória para o enredo do filme.

5. O Fim dos Tempos (The Happening)

Apesar de porcamente traduzido, o título diz respeito a uma série de acontecimentos mal explicados mas localizados no nordeste americano. Ao final descobre-se que as plantas conversam entre si e descobriram um jeito de exterminar humanos espalhando substâncias neurotóxicas no ar. Essas substâncias deixam os humanos com uma irresistível vontade de se matar. Deve ser o sonho da Hera Venenosa e de muitos ambientalistas por aí.

6. 2012

Aparentemente por causa do buraco de ozônio as radiações solares acabam fazendo o núcleo da terra ferver (como se já não estivesse fervendo). Isso transforma a crosta terrestre em paçoca provocando terremotos, vulcões e um tsunami capaz de cobrir o Himalaia. Isso tudo os Maias já sabiam há muito tempo. A parcela da humanidade pré selecionada e a que pode pagar o ticket é salva em arcas de Noé gigantes. Depois de todas as desgraças, a civilização é varrida do mapa e só sobra a África para contar a história. Ninguém nunca ligou para a África mas agora e lá que nós vamos morar.

7. Os Doze Macacos (12 Monkeys)

Um vírus extermina 99% da humanidade. O resto é obrigado a viver em um mundo subterrâneo enquanto os animais voltam a dominar a Terra. Destaque para o ambientalista louco de Brad Pitt e seu exército de 12 macacos. Típico de gente que explode carrinho de hambúrguer.

8. A Praia (The Beach)

O filme mostra uma comunidade jovem vivendo em um paraíso tropical, trabalhando em harmonia e vivendo em paz na praia fumando maconha. Quando um dos jovens tem a perna comida por um tubarão, o pessoal discute se deve levá-lo ao hospital ou não, sob pena de revelarem a localização de seu mundinho. Leonardo di Caprio faz o favor de sufocá-lo com um travesseiro para resolver o problema. Essas mesquinharias humanas do tipo querer ser tratado em um hospital arruinam o sonho e a festa acaba. O mais interessante é que para filmar essa fantasia hippie a equipe de produção praticamente arrasou a ilha de Phuket na Tailândia. Levaram até coqueiros para plantarem por lá (que não existiam no ecossistema da ilha).

9. Grizzly Man

Este é um documentário sobre a vida de Timothy Treadwell, que depois de uma overdose de heroína nos anos 60 virou ambientalista, rejeitou a civilização e foi morar no Alaska para observar ursos. Depois de horas de gravações em vídeo dizendo que os animaizinhos da natureza eram seus amigos e os homens uns cretinos, foi comido por um urso.

10. Into the Wild

É um filme sobre a vida de Christopher McCandless, um riquinho entediado com a vida que resolve também desistir da civilização e viver só com o básico, em contato com a mãe natureza. Tal como o homem urso vai parar no Alaska, e acaba morrendo de fome e frio em um ônibus abandonado. A vida de McCandless virou inspiração para milhares de outros jovens entediados.

11. Wall-E

No simpático filme da Disney, os humanos acabam transformando a Terra em um enorme depósito de lixo. Quando toda a vida aqui é arruinada, partem em um cruzeiro espacial e deixam um robozinho para arrumar a bagunça. Enquanto os homens se transformam em gordos indolentes no espaço, uma amiga do Wall-E vai descobrir a chance do recomeço. Pelo menos aqui há esperança.

12. Deep Impact/Armaggedon

Merecem uma menção honrosa. Os dois filmes saíram ao mesmo tempo, em 1998. Aqui não é uma catástrofe ecológica que ameaça a Terra mas o impacto de cometas e meteoros capazes de eliminar qualquer forma de vida no planeta. Trata-se de acostumar a platéia com a existência de ameaças globais, assim como o aquecimento ou o buraco de ozônio que precisam de um poder central para tomar as decisões capazes de nos salvar.

L'Empire Écologique


A Perestroika não foi o fim do socialismo sob uma irresistível pressão democrática. Foi uma reestruturação do socialismo meticulosamente planejada. Estando o pensamento de esquerda plenamente difundido em todo o mundo, o objetivo da perestroika seria inaugurar uma nova fase do socialismo a nível mundial.
Depois da queda do muro de Berlim, era necessário encontrar um objetivo comum a toda a humanidade que pudesse servir de causa e de pretexto para um governo mundial. A ecologia caiu como uma luva para prestar esse serviço.
O buraco na camada de ozônio, baseado em modelos falsos, foi um ensaio para a implantação de mecanismos controladores da economia e do comportamento das pessoas. O efeito estufa, também baseado em modelos falsos e previsões propositadamente catastróficas seria a continuação em uma escala mais ampla destes mecanismos.
Através de técnicas não-aversivas baseadas em Gramsci, pelo sistema de ensino e pela mídia,o ambientalismo torna-se uma idéia hegemônica em toda a sociedade. A Teoria de Sistemas mostra como sistemas superiores de organismos internacionais põem em movimento sistemas inferiores em blocos econômico, governos, estados, comunidades, escolas, cadeias de produção, empresas até indivíduos, que em reação acabam reforçando os sistemas superiores. Sob aparente ilusão de liberdade no caos, todos eles, direita ou esquerda caminham em direção ao objetivo pré-fixado pelos sistemas superiores.
A globalização e a formação de blocos econômicos torna as nações interdependentes. O poder de decisão passa cada vez mais de comunidades locais para instâncias superiores.
A fictícia ameaça ecológica, tratada como sistêmica e transversal afeta toda a população mundial. Iniciativas regionais e localizadas não são suficientes para detê-la. É preciso mecanismos internacionais que controlem as emissões de carbono, o planejamento do uso de terras e da água, em suma a economia e o desenvolvimento das nações.
Através de sanções econômicas, empresas dos países desenvolvidos são obrigadas a transferir atividades para países em desenvolvimento. Habitantes dos países desenvolvidos são obrigados a rebaixar seu nível de vida para cortar emissões. A luta de classes é levada a um plano internacional, tudo controlado por instâncias internacionais cada vez mais autoritárias e poderosas.
Finalmente, o ambientalismo pretende redefinir a espiritualidade humana. O judaísmo e o cristianismo são atacados por colocarem o homem no centro da vida espiritual como ser querido e pretendido por Deus. Ao invés disso a ecologia é usada como um denominador comum a todas as religiões em uma volta ao paganismo primitivo onde a natureza é a Mãe Criadora (e não obra do Criador). O indivíduo deixa de existir como tal para se tornar no coletivo parte da biosfera tão importante como qualquer mosquito ou plâncton. O homem deixando de existir como sagrado abre-se espaço para o aborto, a eutanásia, a eugenia e outros mecanismos de controle de uma população indesejável.
No futuro voltaremos a viver em vilastransformadas em goulags ecológicos, sem máquinas nem progresso, adorando a natureza como os povos primitivos e onde delegamos nossa consciência às organizações que comandam nossa vida.
Encomendei o livro l’Empire Écologique de Pascal Bernardin pela Amazon.fr. Infelizmente não há traduções em português, o que é uma pena já que este livro poderia abrir as mentes de muitos brasileiros “engajados” para um outro ponto de vista sobre o movimento ambientalista. O que vai acima são algumas das conclusões a que o livro nos leva.
Podemos ignorar o que diz este jornalista, engenheiro e escritor, já que o que ele relata é ignorado pela mídia. Podemos acusá-lo de delírio reacionário ou conspiratório. Mas para todas essas conclusões, Pascal Bernardin nos presenteia com evidências de inúmeras fontes de documentos internacionais da ONU, UNESCO, FAO, OMC, Comissão Trilateral, Clube de Roma, União Européia, Council of Foreign Relations, Banco Mundial e muitas outras. E elas comprovam o que o autor diz.
Isto tudo não tem nada a ver com o “bem da humanidade”. Trata-se sempre do mesmo projeto de poder totalitário. Estes iluminados pré-definem o fim da História, e traçam o caminho que nos levará até a sua utopia. Nós estamos vendendo nossa alma a eles.

Friday, February 19, 2010

Lula e o sono da razão

El Sueño de la Razón Produce Monstruos
A entrevista de Lula ao Estadão em music and lyrics...
A imagem é de Goya, mas foi o Ciro Siqueira quem me lembrou dela. Todo brasileiro deveria tê-la fixada à porta.

Horóscopo


Trânsito do Sol em Peixes. O que esperar?
Meditar sobre nossa existência em uma pescaria.
Ligue djá.

Thursday, February 18, 2010

Campanha da Fraternidade


O tema da Campanha da Fraternidade 2010, recém lançada pela CNBB, é Economia e Vida.
Efeito talvez da recém superada crise financeira mundial, a Campanha vem querer por a sua pá de cal sobre o cadáver do capitalismo, que embora não saibam, continua vivo. Cita entre suas estratégias (tiradas de uma apresentação disponível para download no site da CNBB):
• Denunciar a perversidade de todo modelo econômico que vise em primeiro lugar o lucro, sem se importar com a desigualdade, miséria, fome e morte.
• Educar para a prática de uma economia de solidariedade, de cuidado com a criação e valorização da vida como bem mais precioso.
• Conclamar as Igrejas, as religiões e toda a sociedade para ações sociais e políticas que levem à implantação de um modelo econômico de solidariedade e justiça para todos.
A Igreja e as igrejas são convidadas a olharem a realidade a partir dos oprimidos e excluídos libertando-se da postura dominadora e transmutando-se em agente de transformação junto aos sofredores.
Seus aliados nessa luta: a Educação e processo de domesticação (sic, achei um pouco chocante a CNBB relacionar educação com “domesticação”), Movimentos sociais, ONGs, Sindicatos, Organizações civis e aparelho estatal.
É impossível não sentir o ranço marxista sendo destilado nessa Campanha. Discutir o quê agora? A Igreja Católica como já anunciava Olavo de Carvalho não existe mais como tal no nosso país. Deu lugar a uma ONG que transformou a busca pela redenção em uma luta de classes.
O lucro é o alvo principal da campanha embora Adam Smith já explicasse que ao buscar lucro em uma atividade econômica, um homem gera benefícios a todos os outros em seu entorno. Não ocorre à CNBB que o cristianismo tenha sido a origem das democracias capitalistas ocidentais justamente por reconhecer cada ser humano como igual perante Deus, e dar a cada homem o poder do livre arbítrio.
Este mundo capitalista tão odioso aos olhos da CNBB foi o que proporcionou o desenvolvimento de tecnologias que trouxeram conforto e a saída de milhões de pessoas da miséria no mundo inteiro. A miséria do mundo de fato concentra-se em lugares onde o capitalismo está ausente ou incipiente, e não o contrário.
Foi certamente com esse espírito ecumênico que o governo Lula sugeriu o Bolsa-Lucro, um confisco de 5% do lucro de empresas privadas para redistribuição entre os trabalhadores. Roberto Macedo, em artigo de 04/02 no Estadão explica como essa “obra” se encaixaria bem no famigerado PNDH3 e porque o efeito dessa tributação seria o inverso do que almeja.
O Agronegócio como não poderia deixar de ser é transformado em um vilão exemplar da economia solidária. Segundo a CNBB o agronegócio está acima das necessidades do povo e é uma das causas da depredação dos recursos naturais. O Brasil é citado como “um dos maiores poluidores do mundo”. Apesar do reconhecimento de seu fracasso, a continuação da luta pela reforma agrária está na agenda da Campanha junto com a luta para “Garantir o crescimento e funcionamento do sistema econômico participativo”.
Eu imagino que a CNBB ache que o feijão e o arroz da cesta básica sejam como o maná que cai dos céus. É a eficiência do agronegócio que garante alimentos a preços acessíveis e a preservação de áreas naturais. Fosse a Pastoral da Terra a produzir alimentos para a humanidade com seus assentados estaríamos assistindo a um genocído pela fome e uma devastação da natureza sem precedentes na história.
Por falar nisso o ambientalismo também logrou conseguir algo que tentava pelo menos desde a Eco 92, converter as igrejas à sua agenda. Assim, a idéia da ecologia como respeito à obra do Criador é transformada. A natureza toma o lugar do homem como objeto da espiritualidade. A visão cristã antropocêntrica da Criação dá lugar ao panteísmo primitivo da adoração à natureza. Daí que uma declaração como a de D. Tomás Balduíno, da Pastoral da Terra dizendo que a “terra é Mãe-Terra, é Pachamama” passe sem comentários na CNBB.
Há injustiça, há ganância, há corrupção, há usura, há abusos, há consumismo, há quem adore mais o dinheiro do que Deus no mundo? Claro que sim. E é a tarefa da Igreja fazer com que a mensagem do Cristo chegue ao coração de cada homem e de cada mulher. Mas duvido muito, e a história assim o demonstra, que o marxismo seja a resposta para isso.
Bento XVI enviou uma mensagem à CNBB sobre o lançamento da Campanha.
Diz ele: “Recordo que a escravidão ao dinheiro e a injustiça tem sua origem no coração do homem, onde se encontram os germes de uma misteriosa convivência com o mal...Nós existimos para mostrar Deus aos homens”.
Que a CNBB escute.

Pra Você Guardei o Amor



Pra você guardei o amor
Que nunca soube dar
O amor que tive e vi sem me deixar
Sentir sem conseguir provar
Sem entregar
E repartir

Pra você guardei o amor
Que sempre quis mostrar
O amor que vive em mim vem visitar
Sorrir, vem colorir solar
Vem esquentar
E permitir

Quem acolher o que ele tem e traz
Quem entender o que ele diz
No giz do gesto o jeito pronto
Do piscar dos cílios
Que o convite do silêncio
Exibe em cada olhar

Guardei
Sem ter porque
Nem por razão
Ou coisa outra qualquer
Além de não saber como fazer
Pra ter um jeito meu de me mostrar

Achei
Vendo em você
E explicação
Nenhuma isso requer
Se o coração bater forte e arder
No fogo o gelo vai queimar

Pra você guardei o amor
Que aprendi vendo meus pais
O amor que tive e recebi
E hoje posso dar livre e feliz
Céu cheiro e ar na cor que arco-íris
Risca ao levitar

Vou nascer de novo
Lápis, edifício, tevere, ponte
Desenhar no seu quadril
Meus lábios beijam signos feito sinos
Trilho a infância, terço o berço
Do seu lar

Nando Reis


(Só tinha clipe brega mas fazer o quê, a música é bonita)

A culpa é de quem


Seguindo as tendências do momento eu poderia culpar pela enchente na minha rua:

São Pedro
Gilberto Kassab
José Serra
O DEM
O pum das vacas
O paulistano porco que joga lixo no bueiro
O calendário maia
A vingança de Gaia
O cacique Cobra Coral que não avisou
A mentirosa da Dilma que disse que o PAC mandou dinheiro para obras contra enchentes
Os imperialistas europeus e americanos que exploram a América Latina

Eu prefiro culpar um século de ocupação desordenada e sem visão, mas fazer o quê, achar culpados é fácil. Achar soluções é para governante competente.

Espaço Aberto


Outro dia Aldo Rabelo, deputado pelo PC do B chamou o Ministério do Meio Ambiente de meio-governo e organização para-estatal.
Carlos Minc chamou Aldo de para-ruralista e disse que provavelmente ele tinha sido submetido a alguma mutação genética.
De fato, para eu estar aqui defendendo o Comunista do Brasil ele provavelmente mudou, mas ao contrário do que pensa o Minca, foi para melhor.
A Globo News teve a idéia de chamar os dois para um debate no programa Espaço Aberto, com o Carlos Monforte.
O programa está aí.
Minc acha que o ambientalismo não sufoca o agronegócio como se diz. Nota-se que ele não é produtor rural.
Também joga o federalismo às favas ao impedir que estados decidam o que deve ou não ser definido como área de proteção permanente segundo as peculiaridades de cada bacia hidrográfica e condições edafo-climáticas do terreno. É tudo decidido na canetada do Fürer.
Aldo Rabelo lembra dos desempregados e da falta de alternativas em regiões onde o meio ambiente travou o desenvolvimento.
Minc diz que seu ministério leva alternativas de renda sustentáveis para pequenos produtores em regiões onde o desmatamento está sendo coibido. Eu gostaria de saber quais, já que os maiores desmatadores hoje são pequenos proprietários e assentados da reforma agrária.
Carlos Minc também acha que essa idéia divulgada por aí de que a pressão ambientalista vem de ONG´s estrangeiras é delírio ruralista.
Eu é que sei... Outro dia um procurador do Ministério Público convidado por uma ONG dessas saiu da Amazônia e veio dar palestra em São Paulo explicando como os fazendeiros estavam destruindo a Amazônia a um grupo de clientes internacionais das nossas commodities. E ainda aparece como co-autor de um relatório afirmando a mesma coisa elaborado por uma ONG financiada pelo governo britânico.
Delírio é de quem não enxerga...

Wednesday, February 17, 2010

Terra da Garoa



Depois da trégua do Carnaval a chuva voltou com tudo hoje...
Minha rua tá parecendo o piscinão de Ramos.
Cheguei em casa de sapato na mão e com água na cintura.
Pensar que vivi sete anos na Holanda a seis metros abaixo do nível do mar e não passei por essa...

História Politicamente Incorreta


O Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil é um livro irritante. Não para mim que o achei sobretudo divertido, mas para aqueles que gostam de usar e abusar de preconceitos e idéias arraigadas no inconsciente coletivo brasileiro.
Muita de nossa história foi escrita atendendo determinados pontos de vista, principalmente com aquela tentação típica da academia brasileira de fazer justiça social com a própria pena. O jornalista Leandro Narloch traz à tona alguns fatos que desmentem essas versões politicamente corretas, o que faz dele o cri-cri da hora para essa turma.
Narloch explica por exemplo que Zumbi dos Palmares longe de ser o líder solidário dos escravaos, era provavelmente ele próprio escravagista e aristocrata. Santos Dumont não inventou mesmo o avião. A Inglaterra tentou evitar que o Brasil entrasse em guerra com o Paraguai. O Paraguai não era um país justo e com desenvolvimento incipiente, era uma ditadura cruel, e o maior culpado pelo genocído paraguaio foi a estupidez do próprio Solano López. Os guerrilheiros da esquerda que hoje está no poder não lutavam pela democracia, lutavam por uma ditadura comunista. Os primeiro sambistas liam partituras européias, tocavam instrumentos clássicos e gostavam de jazz.
Mas para mim o primeiro capítulo é o mais interessante. Hoje anda muito em voga uma certa antropologia de miolo mole que quer cercar índios em reservas gigantes isolando-os da civilização. É uma idéia amplamente difundida a de que os índios viviam aqui em harmonia com a natureza até a chegada dos europeus que os exterminaram.
A coisa não foi bem assim. Para começar os índios no Brasil viviam ainda no Neolítico, com instrumentos de pedra e madeira, praticavam um aagricultura rudimentar e não domesticavam animais. Guerreavam-se e matavam-se o tempo todo. Promoviam queimadas homéricas na floresta tanto para abrir áreas para roças como para caçar animais que ficavam cercados pelo fogo. Quando a terra exauria-se, mudavam.
Quando os portugueses chegaram, entraram em contato com novas tecnologias, animais e plantas, como aço, cavalos, galinhas. Foram os índios os mais contentes com as novidades. Aproveitaram os portugueses para fazerem alianças e continuarem a guerrear contra seus inimigos. Participavam alegremente de excursões para escravizar outras tribos e derrubar pau-brasil. Os portugueses em muito menor número não conseguiriam nunca ter sucesso na colonização sem a ajuda dos índios. E enquanto Portugal promulgava leis de proteção ambiental, os índios queriam vender mais pau-brasil.
E se doenças trazidas pelos colonizadores mataram milhares de índios, o inverso também foi verdadeiro. Só a sífilis, levada das Américas à Europa por navegadores causou horrores na Europa. Se o álcool fez e faz miséria entre os índios, o tabaco, costume indígena levado à Europa, com certeza matou muito mais.
Alega-se que apopulação indígena tenha sido dizimada pelos colonizadores. Nessa contabilidade parcial, esquece-se de contar quantos índios miscigenaram-se formando a imensa população mestiça brasileira, e quantos descendentes de índios, hoje vivendo na costa brasileira (caiçaras) e em cidades como Campo Grande, Manaus ou Belém não declaram-se mais como índios nos censos.
O Guia chacoalha um pouco as idéias...

E a viola vive


Conheça o projeto Viola Urbana do músico João Araújo.

Pena Branca & Xavantinho


Homenagem à maior dupla caipira do país.
Programa Ensaio de 1991

Cunha

A três horas de viagem de São Paulo está o santuário de Nossa Senhora de Aparecida. Pare para uma oração naquele que é o solo mais sagrado do Brasil, onde está a imagem de nossa padroeira e para onde milhares de fiéis vão em peregrinação todos os anos.
Dali sai a estrada real, que levava o ouro das Minas Geraes para Paraty e dali à metrópole portuguesa.
No meio do caminho está Cunha, encravada a mil metros de altura na Serra da Mantiqueira.
À direita está São Luís do Paraibuna, que se Deus quiser se reerguerá das enchentes. Aliás a água deixou marcas em toda a parte, de buracos nas estradas a restos de barrancos deslizados.
Mas esse trecho da antiga estrada guarda várias surpresas ao viajante.
Para começar Cunha tem a maior concentração de fornos Noborigama da América Latina, e atrai ceramistas do Brasil todo. Em alguns dos ateliers pode-se assistir a uma abertura de fornos, depois de semanas queimando as peças cuidadosamente trabalhadas, ou pode-se assistir à queima do raku, outro tipo de cerâmica fabricado por lá.
A serra tem seus atrativos e surpresas, patrimônio histórico, cachoeiras, fazendas de shitake, búfalos e até cervejarias escondidas. Fora os restaurantes, as docerias e os alambiques com pinga da boa. Dali do alto enxerga-se Paraty na costa, aparecendo por trás do parque estadual da Serra do Mar.
Fosse o turismo levado a sério como política pública, as pequenas propriedades dali teriam a oferecer uma commoditie que está se tornando cada vez mais preciosa no estado: o sossego. Mesmo assim quem quer Carnaval também tem, com os blocos populares da cidade.
Já são várias pousadas, trilhas e lugares a visitar, mas a região deveria se tornar para São Paulo o que Bonito se tornou para o Mato Grosso do Sul, um verdadeiro pólo de turismo juntando Cunha, São Luís, Aparecida, Monteiro Lobato, São Francisco Xavier e Campos do Jordão.



















Perguntar não ofende


Arruda está preso, muito bem. Está onde deveria estar. Mas ali estaria se fosse petista?

5 sentidos

VER


Além

A beleza oculta

O mundo numa tela


OUVIR

The Jam Session

A onda batendo

Uma voz de mulher


DEGUSTAR

What else?

Single malt

Café e pão de queijo


SENTIR

O guidão na mão, o vento na cara

O impacto

You know what I mean

CHEIRAR

A grama depois da chuva

Panela no fogão de lenha

Cabelo molhado cheirando shampoo