Tuesday, February 23, 2010
Lumières Top 12 Hollywood Eco Productions
Em Robocop II de 1990, quando a grande discussão ambiental era o buraco de ozônio, aparece em uma cena um hilário comercial de um bronzeador solar super power, uma espessa gosma azul que as pessoas usariam para se proteger do sol no futuro. Depois disso as mensagens ecológicas de Hollywood ficaram muito mais elaboradas e diretas. O Lumières apresenta aqui uma lista das doze produções mais ecologicamente corretas de Hollywood, aquelas que mostram como a mais pura verdade que o homem é a grande desgraça do planeta:
1. Avatar
Avatar é a obra prima do ambientalismo hollywoodiano que não poupou esforços em tecnologia e orçamento para levar esta fantasia à telona. No filme, cujo enredo é o mais tosco possível, os extraterrestres Nav'i que vivem em harmonia com a natureza são ameaçados por humanos mercenários em busca do vil metal. Pandora, a lua onde vivem os Nav'i é o arquétipo da deusa Gaia, a mãe natureza à qual somos todos intimamente ligados e que deveria estar no centro da nossa adoração e espiritualidade. Indiscutível primeiro lugar. (Curiosamente a moça azul do comercial de filtro solar de Robocop nos lembra deste filme, 20 anos depois).
2. Uma Verdade Inconveniente (Inconvenient Truth)
A apologia do aquecimento global by Al Gore. O filme tenta estabelecer como verdade hegemônica e indiscutível que a atividade humana é a causa do aquecimento, com previsões catastróficas para o futuro da humanidade se não fizermos o que ele nos diz para fazer. Há uma cena clássica onde ele compara as curvas de concentração de CO2 na atmosfera e a temperatura do planeta. Ele só não explica que a curva de aumento de temperatura precede (e não sucede) a de concentração de CO2 em alguns milhares de anos...
3. O Dia Depois de Amanhã (The Day after Tomorrow)
É o aquecimento global na versão mais Hollywoodiana, com granizos gigantes, tornados destruindo o centro de Los Angeles, inundações e uma nova era glacial surgindo em apenas dois dias. Culpa de um vice-presidente americano que é a cara do Dick Cheney. Como punição humilhante, os ricos do norte são obrigados a cruzar o Rio Grande em direção ao México para fugir do clima. Bem feito, quem mandou eles não pararem de poluir e transferirem toda sua tecnologia aos subdesenvolvidos antes?
4. O Dia em que a Terra Parou (The Day the Earth Stood Still)
A versão de 1951 alertava contra os perigos do armamentismo. O ET, seu robô de espuma e seu disco voador de latão vinham nos avisar que se não parássemos de guerrear íamos ser considerados como uma ameaça por outros planetas da galáxia que iam nos varrer do mapa. A versão de 2009 é mais ecologicamente correta. Nosso planeta é considerado especial porque é capaz de suportar formas complexas de vida. Como o homem está destruindo o planeta, o ET Keanu Reeves vem, desta vez com uma nave e um robô mais elaborados, avisar que se não pararmos a nossa espécie vai ser exterminada. O fato do homem ser a forma de vida mais complexa do planeta aparentemente não é muito importante e nem contraditória para o enredo do filme.
5. O Fim dos Tempos (The Happening)
Apesar de porcamente traduzido, o título diz respeito a uma série de acontecimentos mal explicados mas localizados no nordeste americano. Ao final descobre-se que as plantas conversam entre si e descobriram um jeito de exterminar humanos espalhando substâncias neurotóxicas no ar. Essas substâncias deixam os humanos com uma irresistível vontade de se matar. Deve ser o sonho da Hera Venenosa e de muitos ambientalistas por aí.
6. 2012
Aparentemente por causa do buraco de ozônio as radiações solares acabam fazendo o núcleo da terra ferver (como se já não estivesse fervendo). Isso transforma a crosta terrestre em paçoca provocando terremotos, vulcões e um tsunami capaz de cobrir o Himalaia. Isso tudo os Maias já sabiam há muito tempo. A parcela da humanidade pré selecionada e a que pode pagar o ticket é salva em arcas de Noé gigantes. Depois de todas as desgraças, a civilização é varrida do mapa e só sobra a África para contar a história. Ninguém nunca ligou para a África mas agora e lá que nós vamos morar.
7. Os Doze Macacos (12 Monkeys)
Um vírus extermina 99% da humanidade. O resto é obrigado a viver em um mundo subterrâneo enquanto os animais voltam a dominar a Terra. Destaque para o ambientalista louco de Brad Pitt e seu exército de 12 macacos. Típico de gente que explode carrinho de hambúrguer.
8. A Praia (The Beach)
O filme mostra uma comunidade jovem vivendo em um paraíso tropical, trabalhando em harmonia e vivendo em paz na praia fumando maconha. Quando um dos jovens tem a perna comida por um tubarão, o pessoal discute se deve levá-lo ao hospital ou não, sob pena de revelarem a localização de seu mundinho. Leonardo di Caprio faz o favor de sufocá-lo com um travesseiro para resolver o problema. Essas mesquinharias humanas do tipo querer ser tratado em um hospital arruinam o sonho e a festa acaba. O mais interessante é que para filmar essa fantasia hippie a equipe de produção praticamente arrasou a ilha de Phuket na Tailândia. Levaram até coqueiros para plantarem por lá (que não existiam no ecossistema da ilha).
9. Grizzly Man
Este é um documentário sobre a vida de Timothy Treadwell, que depois de uma overdose de heroína nos anos 60 virou ambientalista, rejeitou a civilização e foi morar no Alaska para observar ursos. Depois de horas de gravações em vídeo dizendo que os animaizinhos da natureza eram seus amigos e os homens uns cretinos, foi comido por um urso.
10. Into the Wild
É um filme sobre a vida de Christopher McCandless, um riquinho entediado com a vida que resolve também desistir da civilização e viver só com o básico, em contato com a mãe natureza. Tal como o homem urso vai parar no Alaska, e acaba morrendo de fome e frio em um ônibus abandonado. A vida de McCandless virou inspiração para milhares de outros jovens entediados.
11. Wall-E
No simpático filme da Disney, os humanos acabam transformando a Terra em um enorme depósito de lixo. Quando toda a vida aqui é arruinada, partem em um cruzeiro espacial e deixam um robozinho para arrumar a bagunça. Enquanto os homens se transformam em gordos indolentes no espaço, uma amiga do Wall-E vai descobrir a chance do recomeço. Pelo menos aqui há esperança.
12. Deep Impact/Armaggedon
Merecem uma menção honrosa. Os dois filmes saíram ao mesmo tempo, em 1998. Aqui não é uma catástrofe ecológica que ameaça a Terra mas o impacto de cometas e meteoros capazes de eliminar qualquer forma de vida no planeta. Trata-se de acostumar a platéia com a existência de ameaças globais, assim como o aquecimento ou o buraco de ozônio que precisam de um poder central para tomar as decisões capazes de nos salvar.
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