A três horas de viagem de São Paulo está o santuário de Nossa Senhora de Aparecida. Pare para uma oração naquele que é o solo mais sagrado do Brasil, onde está a imagem de nossa padroeira e para onde milhares de fiéis vão em peregrinação todos os anos.
Dali sai a estrada real, que levava o ouro das Minas Geraes para Paraty e dali à metrópole portuguesa.
No meio do caminho está Cunha, encravada a mil metros de altura na Serra da Mantiqueira.
À direita está São Luís do Paraibuna, que se Deus quiser se reerguerá das enchentes. Aliás a água deixou marcas em toda a parte, de buracos nas estradas a restos de barrancos deslizados.
Mas esse trecho da antiga estrada guarda várias surpresas ao viajante.
Para começar Cunha tem a maior concentração de fornos Noborigama da América Latina, e atrai ceramistas do Brasil todo. Em alguns dos ateliers pode-se assistir a uma abertura de fornos, depois de semanas queimando as peças cuidadosamente trabalhadas, ou pode-se assistir à queima do raku, outro tipo de cerâmica fabricado por lá.
A serra tem seus atrativos e surpresas, patrimônio histórico, cachoeiras, fazendas de shitake, búfalos e até cervejarias escondidas. Fora os restaurantes, as docerias e os alambiques com pinga da boa. Dali do alto enxerga-se Paraty na costa, aparecendo por trás do parque estadual da Serra do Mar.
Fosse o turismo levado a sério como política pública, as pequenas propriedades dali teriam a oferecer uma commoditie que está se tornando cada vez mais preciosa no estado: o sossego. Mesmo assim quem quer Carnaval também tem, com os blocos populares da cidade.
Já são várias pousadas, trilhas e lugares a visitar, mas a região deveria se tornar para São Paulo o que Bonito se tornou para o Mato Grosso do Sul, um verdadeiro pólo de turismo juntando Cunha, São Luís, Aparecida, Monteiro Lobato, São Francisco Xavier e Campos do Jordão.
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