Wednesday, February 17, 2010

Terra da Garoa



Depois da trégua do Carnaval a chuva voltou com tudo hoje...
Minha rua tá parecendo o piscinão de Ramos.
Cheguei em casa de sapato na mão e com água na cintura.
Pensar que vivi sete anos na Holanda a seis metros abaixo do nível do mar e não passei por essa...

3 comments:

Lelec said...

Uau, que drama...

O que eu acho mais engraçado são aqueles paulistanos que insistem em dizer que São Paulo é "Primeiro Mundo".

Ah, tá...

Ari said...

Fernando, tenho acompanhado teu belo blog. Sei que agora és "paulistano" e que militas no DEM. Vi teus posts sobre as enchentes de São Paulo, especialmente teu diagnóstico de "um século de ocupação desordenada".
Tem coisas que são óbvias para quem olha de fora, ou é recém-chegado, mas de difícil compreensão por quem esteve desde sempre envolvido com o problema. Só discordo do "um século", pois são vários...
Mas vamos ao que interessa. Quem sabe nós, de fora, não enxergamos uma solução...
Parece que a São Paulo só restam algumas poucas alternativas para minimizar esse problema periódico, tais como terminar as obras do Tietê e evacuar as ocupações nas várzeas, além de alguns piscinões e talvez, como já andaram falando em Curitiba, de tornar obrigatória a coleta e reservação de águas pluviais nas novas edificações.
Nada que seja uma solução definitiva.
O problema é a vazão da rede de drenagem; a bacia do Tietê recebe, de tempos em tempos, uma quantidade de água que não consegue escoar com a velocidade necessária.
A solução é se preparar para conviver o melhor possível com o problema, ou avaliar a relação custo/benefício de se construir um canal extravasor em direção ao litoral, obra de enorme vulto e de utilidade apenas eventual, mas que pode ser vista também como já tardia...
Aqui no Paraná temos algo similar. O situação do relevo é semelhante. Assim como o Tietê nasce no planalto, nas proximidades de São Paulo, e corre para o interior, também o Iguaçu nasce ao lado de Curitiba, e demanda a mesma calha do Prata. A Usina Hidroelétrica Capivari-Cachoeira está situada na planície litorânea do Paraná e é abastecida com as águas do Rio Capivari, originalmente da bacia do Iguaçu, mas que foi desviado através de um túnel para o sentido leste, alimentando a usina e desembocando no Rio Cachoeira; daí direto ao mar.
As distâncias são similares. Se isso foi possível aqui, certamente aí também seria.
Abraço

Alma said...

Oi Ari,
Há um século atrás as soluções seriam mais fáceis e baratas...Hoje só uma obra desse porte mesmo para aliviar a barra.
Quam sabe alguém de visão consegue pensar nisso.
Abraço