Saturday, June 24, 2006

I want to believe


Extra-terrestres são um assunto que me me fascina desde que tive idade suficiente para ler ficção científica. Li todos os Júlio Verne ao meu alcance aos doze anos de idade. Li Arthur Clarke e assisti ET, Star Wars e Contatos Imediatos de Terceiro Grau. E muitos outros depois.
Estou assistindo agora a série Taken, também uma produção com a marca Spielberg.
Trata-se da história de abduções de terráqueos desde a II Guerra e o incidente em Roswell até os nossos dias. Adoro, mas aprendi com o tempo a discernir entre o que presta e o que Carl Sagan chama de pseudo ciência em seu livro O Mundo Assombrado pelos Demônios, um dos melhores que já li na minha vida.
Não assistia X-Files por exemplo. Comecei a assistir quando amigos me garantiram que a agente Dana Scully apareceria nua naquele episódio. Não apareceu, mas em todo caso continuei assistindo a série por pura diversão. Puro lixo pseudo-científico na verdade. Mas há realmente gente no planeta que acredita que tenha sido sequestrada por discos voadores. Ou que acredita no chupa-cabras. Ou no governo americano escondendo espaçonaves.
Eu não. Mas sinceramente acredito na existência de vida extra-terrestre. Acredito que quando começarmos a explorar os planetas mais próximos encontraremos logo logo alguma bactéria ou fungo alienígena. Nada muito glamouroso. Mas quando em nosso próprio planeta encontramos seres vivos (ditos extremófilos) em ambientes inóspitos como o permafrost do pólo Ártico, ou as chaminés vulcânicas no fundo do oceano, nada mais fica tão impossível. Mas também acredito em civilizações extra-terrestres. Aí a coisa fica mais séria. Acredito porque dada a extensão do cosmos seria muita pretensão nossa acreditar que somos os únicos. Um livro me foi recomendado sobre o assunto, Rare Earth escrito por Peter Ward e Don Brownlee. Segundo os autores a vida microbiana até que seria comum no Universo, mas não formas de vida avançadas ou civilizadas. Preciso ler para descobrir porque.
Em todo caso ainda prefiro acreditar, mesmo que um contato imedianto ainda esteja muito longe de acontecer.
Gostaria de ter participado das reuniões que decidiram que imagens e sons da Terra deveriam ter sido enviados ao espaço com a Voyager (http://voyager.jpl.nasa.gov/). É uma idéia romântica, uma espécia de garrafa jogada ao mar. Eu enviaria uma foto de Gisele Bundchen posando no catálogo da Victoria Secret, obviamente com o risco de fazer queimar alguns fusíveis da nave que encontrar nossa geringonça espacial.
Na verdade ainda temos muitos problemas para resolver por aqui ainda. Voltemos a por os pés no chão. Mas sem tirar os olhos do céu. Como disse Carl Sagan: “Diante da imensidão do espaço e da infinidade do tempo, é um prazer e uma alegria para mim compartilhar um planeta e uma época com você”.

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