No domingo passado, fui convidado pelo meu irmão a batizar minha sobrinha. Em seu nome, renunciei ao mal e aceitei o Cristo em sua vida, e como padrinho pretendo honrar minha função dignamente.
Há uma certa tentação da sociedade moderna, e uma obsessão de determinados setores, em tornar as tradições da Igreja atemporais e desnecessárias.
Os ateístas militantes negam dois milênios da história Ocidental em lutar obstinadamente contra a instituição da religião.
Há no entanto, a despeito de todos os erros que cristãos possam ter cometido em sua caminhada, um fato essencial a respeito do Cristianismo que deve ser reconhecido até mesmo por aqueles que renunciam a participar da Igreja hoje.
David Bentley Hart, em seu novo livro Atheist Delusions (minha próxima aquisição na Amazon.com), em defesa da herança cristã no Ocidente diz:
"Nós nunca seremos realmente capazes de enxergar Cristo em sua castigada, humilhante e desgraçada humanidade como alguma coisa em si evidentemente desprezível ou ridícula; ao invés disso, somos impelidos, de forma bastante real, a vê-lo abraçar o mistério mesmo de nossa própria humanidade. Obviamente muitos de nós são capazes de olhar o sofrimento dos outros com indiferença ou até desprezo. Mas mesmo os piores de nós, criados à sombra da cristandade, não têm a habilidade de ignorar o sofrimento sem violar a própria consciência. Perdemos a capacidade da insensibilidade inocente.”
E este é o verdadeiro significado do batismo.
3 comments:
Parabéns Fernando!
Batizar uma criança é reinvidicá-la para o Bem. Parabéns, Fernando.
O respeito ao próximo e a tolerância religiosa são valores que devem ser cultuados por todos, Fernando, mas você não precisa justificar erros de cristãos ao longo de muitos séculos. Os erros são deles, não de Jesus. As mazelas da inquisição, por exemplo devem ser excluídas da filosofia cristã, e não mitigadas.
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