Assisti nessa segunda Al Gore e Rajendra Pachauri, o cientista chefe do IPCC da ONU dividindo o prêmio Nobel da Paz. Se todas as previsões catastróficas dos dois forem verdadeiras, paz é a última coisa que vamos ter.
A primeira óbvia observação que me vêm à mente enquanto Gore discursa e a ONU debate em Bali, é que a mágica expressão “climate change” serve para explicar desde neve em Buenos Aires e seca na Amazônia até a guerra no Darfour. Qualquer mané hoje em dia pode se passar por inteligente ao associar qualquer evento a mudanças climáticas.
A segunda observação também óbvia é que a ecologia entrou para valer na agenda de qualquer político (exceto ainda na de George W.). Vide as recentes eleições australianas, e as iniciativas de prefeitos e governadores nos próprios Estados Unidos, a começar do governator Arnold Schwazenegger, que para mim um dia ainda acaba presidente.
A terceira é que essa história de redução de emissões de carbono vai cair nas costas do Brasil, Índia e China que serão obrigados a reduzir o ritmo de expansão econômica. EUA Europa e Japão também terão que reduzir suas emissões, mas os bonitões já chegaram lá. O que estão dizendo é que o Terceiro Mundo deve continuar a ser um Terceiro Mundo senão a Terra não aguenta.
Se está preocupado com a Paz, Al Gore deveria concentrar seus esforços em reduzir a diferença de riqueza entre o Norte e o Sul. Quanto a salvar a Terra, isso virá no dia em que pararmos de consumir compulsivamente, algo em que os americanos devem ser os primeiros a dar o exemplo. Al Gore sugeriu um imposto que cada pessoa deveria pagar relacionado com o quanto ela polui. Estou de acordo. Com suas viagens de jatinho e sua mansão com piscina aquecida a conta dele com certeza será bem maior que a minha.
A primeira óbvia observação que me vêm à mente enquanto Gore discursa e a ONU debate em Bali, é que a mágica expressão “climate change” serve para explicar desde neve em Buenos Aires e seca na Amazônia até a guerra no Darfour. Qualquer mané hoje em dia pode se passar por inteligente ao associar qualquer evento a mudanças climáticas.
A segunda observação também óbvia é que a ecologia entrou para valer na agenda de qualquer político (exceto ainda na de George W.). Vide as recentes eleições australianas, e as iniciativas de prefeitos e governadores nos próprios Estados Unidos, a começar do governator Arnold Schwazenegger, que para mim um dia ainda acaba presidente.
A terceira é que essa história de redução de emissões de carbono vai cair nas costas do Brasil, Índia e China que serão obrigados a reduzir o ritmo de expansão econômica. EUA Europa e Japão também terão que reduzir suas emissões, mas os bonitões já chegaram lá. O que estão dizendo é que o Terceiro Mundo deve continuar a ser um Terceiro Mundo senão a Terra não aguenta.
Se está preocupado com a Paz, Al Gore deveria concentrar seus esforços em reduzir a diferença de riqueza entre o Norte e o Sul. Quanto a salvar a Terra, isso virá no dia em que pararmos de consumir compulsivamente, algo em que os americanos devem ser os primeiros a dar o exemplo. Al Gore sugeriu um imposto que cada pessoa deveria pagar relacionado com o quanto ela polui. Estou de acordo. Com suas viagens de jatinho e sua mansão com piscina aquecida a conta dele com certeza será bem maior que a minha.
2 comments:
Al Gore nobel da pazzzzzzzz? Eu tb fiquei por entender.
bjs
Olá Fernando,
Como sempre, você nos brinda com textos bem articulados e que nos levam à reflexão, além do bom humor, é claro.
Vale lembrar que o Lula está pegando carona nessa eco-papo. É o caso do biocombustível, que é apresentado como uma panacéia a audiências embasbacadas.
Preocupo-me com o meio-ambiente, com a preservação de matas, rios e animais, mas ver os países do Primeiro Mundo usarem essa mensagem como se fossem modelos de preservacionismo me causa náuseas.
Quanto ao Exterminador ser presidente dos EUA, a profecia já se cumpriu... No filme dos Simpsons!
Grande abraço,
Lelec
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