Apesar das estatísticas que dizem que o avião ainda é o meio mais seguro de voar, e do fato que milhares de pessoas morram por dia em acidentes de trânsito no país, desastres aéreos são capazes de gerar uma comoção extraordinária nas pessoas.
Talvez seja o momento em que todos param para pensar, e se fosse eu? Pessoas não pensam na própria morte com frequência. Especialmente nessa era de culto ao corpo e à juventude, estão cada vez menos preparadas para morrer. Montaigne disse que filosofar é aprender a morrer.
Ao ver tantas vidas assim terminadas em um segundo, paramos um segundo para filosofar e pensar se estamos fazendo valer a pena nossa efêmera existência.
É um exercício que deveria ser diário. E que é muito mais saudável do que especular sobre as possíveis causas do desastres, como se fôssemos todos engenheiros aeronáuticos e meteorologistas.
2 comments:
Sim.
Deixemos esse trabalho aos técnicos, repensemos nossa fragilidade.
Parece tão simples né?
Mas porque ninguém fala isso? quero dizer, ninguém na grande mídia?
Abençoados sejam os blogues, pois.
Acho que foi o Umberto Eco quem disse que escrever é aprender a morrer. Pensar e escrever nos ensinam. Eu antes de ser mãe poderia morrer a qualquer hora. Agora não posso enquanto o meu filho não crescer. Gosto tanto de viajar, mas entrar em um avião de novo, quero só ver!
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