Ana Terra dizia que sempre que acontece alguma coisa importante está ventando. Nesse caso deveria acontecer algo realmente muito importante aqui na Holanda. Uma tempestade com ventos força 10 (furacões são força 12) deixou alguns mortos e alguns milhões de euros em prejuízo. Fomos alertados pelo governo holandês para ficarmos em casa, o que atrapalhou minha ida ao cinema. Os alemães tem um nome de monstro marinho para essa tempestade, Kyrill. Normalmente ela acontece no outono mas aconteceu agora, em um inverno anormalmente quente no norte da Europa. O clima está mudando, o Doomsday Clock foi adiantado em dois minutos (estamos a 5 minutos do Armagedon), as guerras e as escolhas políticas do mundo fazem parecer que estamos caminhando para o passado. Realmente coisas importantes estão acontecendo mas eu estou de volta ao meu trabalho e minha vida cama-carro-escritório-computador-cama. Os franceses chamam essa rotina de metro-boulot-dodo (metrô, trabalho e cama). Eu já li sobre uma inglesa de 17 anos que do Chiapas à Palestina já militou em vários os movimentos de resistência. Jerômine Pasteur, uma exploradora francesa passa seu tempo ou navegando ou vivendo com os índios Ashanikas no Peru. Ellen McArthur, uma outra inglesa deu a volta ao mundo em um barco a vela com 15 anos. Um barco ancorado em Cananéia tinha escrito na popa em inglês "Today we live".
Neste exato momento alguém deve estar escalando o Monte Kilimanjaro e eu estou aqui sentado comendo pranto-pronto do microondas . Não estou com saco para cozinhar.
Minha vida não é nada má, tenho minha casa, meus livros, uma família excelente. Minha vida é resultado das escolhas que fiz e tenho certeza que alguém também tem inveja dela. Mas às vezes, por alguns instantes, dá vontade de como dizia o bom e velho Lou Reed, take a walk in the wild side. Fugir, beber, ficar louco, fazer besteira. Ainda subo aquele Kilimanjaro.
Minha vida não é nada má, tenho minha casa, meus livros, uma família excelente. Minha vida é resultado das escolhas que fiz e tenho certeza que alguém também tem inveja dela. Mas às vezes, por alguns instantes, dá vontade de como dizia o bom e velho Lou Reed, take a walk in the wild side. Fugir, beber, ficar louco, fazer besteira. Ainda subo aquele Kilimanjaro.
4 comments:
Salve nobre Fernando...
O clima no Planeta anda muito estranho mesmo.
Hum, quer maior desafio do que suportar e resistir à robotizaçào imposta ao homem para que obtenha seu sustento? Eh...Eh...Eh...
Um dia super show, com bons ventos e ótimos vôos.
Um grande e fraterno abraço.
Fernando, acho que todos nos temos esse momento de loucura humana, muito saudavel.......beijos
saudade de você, passe lá pra trocar figurinhassssssssss,tá.
beijocas
Pois é, dominados pelo sistem de vez em quando a gente tem que dar uma escapada e fazer alguma loucura não é?
Abraços
Fernando
Sei que não tem muito a ver com o tópico postado, mas enquanto você se prepara para o Kilimajaro, deixo uma dica a Ceumar estará na Holanda novamente com Mike del ferro trio parece que será no dia 24/04, mas enquanto isso você vai curtindo o vídeo no youtube, essamúsica no original é bem marcha de "carnaval" (rs), mas aí ficou bem jazzistica o que criouuma oura linda música. boas leituras, sons e viagens pra ti!
Ah e boas escritas tambem!
http://www.youtube.com/watch?v=rRLNi3MqIbs
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