Saturday, January 13, 2007
There is no place like home
Em um diálogo que ouvi uma vez em Dawson’s Creek, as personagens comentam que a frase mais sem sentido do cinema seria a de Dorothy dizendo que não há lugar como o nosso lar em o Mágico de Oz. O que ela chamava de lar era um sítio poeirento e cinza no meio do Kansas onde ela vivia com sua tia chata. Oz era technicolor, um lugar fantástico e mágico onde árvores e bichos falavam. Ainda assim ela quis voltar para casa.
Hoje me divido entre a Holanda e o Brasil. Agora estou sofrendo de d.p.b. (depressão pós Brasil). Este é um mal comum entre brasileiros expatriados retornando de férias. Os sintomas são uma preguiça danada, necessidade de sol, uma vontade de tomar caipirinha e deitar na rede e dependência de pão de queijo. Duram de 2 a 3 semanas.
O Brasil pode ser meu Oz, um paraíso onde a vida é mais leve, onde sempre é dia de festa, onde se pode andar de chinelo e camiseta. A Holanda pode ser meu Kansas, cinza, fria, chuvosa, onde não se encontra ninguém sem que seja marcado na agenda.
Mas a Holanda também pode ser Oz, cheia de flores e paisagens, sem ninguém para te assaltar na esquina, e o Brasil um inferno onde pessoas são queimadas vivas dentro de ônibus.
A verdade é que cada lugar tem seus prós e contras. A diferença entre Oz e Kansas está muito mais dentro de você do que no lugar propriamente dito. Talvez Dorothy sabia disso.
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