Thursday, December 25, 2008

Feliz Natal


Nesta Noite Santa, celebremos a vinda ao mundo de Jesus Menino para viver como homem entre os homens, despojado, pobre e humilde, para assim encorajar-nos a construir com Ele o sonhado Reino de Deus nesse mundo.
Anoitecia em Belém, quando um exausto casal de viajantes vindos de Nazaré, começou a bater de porta em porta nas hospedarias da cidade em busca de abrigo. A jovem esposa, Maria, grávida, sentia já as dores do parto iminente. ”Estamos lotados”, “não há mais lugar”, respondiam, um após outro, os estalajadeiros. Sem poder mais esperar, José, o marido, acomodou Maria num manto estendido sobre as palhas de um estábulo nos arredores da cidade. E ali, entre vacas, ovelhas e jumentos, nasceu o menino que o Anjo anunciara ser o Filho de Deus enviado à Terra para ensinar os homens a reconstruírem o reino perdido do Amor, da Justiça e da Paz.

Eu queria um Deus resplandecente e forte
que se impusesse aos poderosos e que mudasse radicalmente o mundo
e ele apareceu na fragilidade de um recém-nascido
numa gruta de pastores
deitado na manjedoura dos animais;


Alertados por intensa luz que do céu se derramava, os pastores seguiram rumo a Belém para prestar homenagem de adoração ao Messias tão esperado, no silêncio e no recolhimento daquele santo lugar.

Eu queria um Deus que miraculosamente acabasse com a injustiça e a hipocrisia
que fizesse chover do céu a ordem
o bem estar
a segurança
e ele apareceu na figura de uma criança que os grandes rejeitaram
e que só os pobres
os simples
os marginalizados
acolheram;


Contemplemos, como os pastores, esse Deus que se fez menino e abramos nosso coração: Senhor, o mundo esta cheio de más notícias. Pelos meios de comunicação acompanhamos diariamente noticias que nos falam de terrorismo, guerras, fome, corrupção, crises econômicas e tragédias ecológicas que nos causam tanta tristeza e insegurança.

Eu queria um Deus cujo poder atingisse cada canto da Terra
que se impusesse aos projetos maquiavélicos dos senhores do mundo
que transformasse a história humana com a força do seu braço
e ele nasceu numa pequena cidade sem história
no seio de um povo pequeno e insignificante
cuja voz nem era escutada nos imponentes palácios onde se discutia o destino do mundo;


Senhor, em nossa sociedade há tanto egoísmo, tanta busca frenética pela beleza, pela riqueza e pelo sucesso a qualquer custo e tamanha é a impunidade, que às vezes somos tentados a acreditar que estão certos os que vivem nesse mundo para o aqui e o agora, sem se importar com o seu semelhante ou com as contas a prestar um dia na Tua presença.

Eu queria um Deus exigente
que não deixasse cada um fazer o que quisesse
e este menino veio para nos falar como um Pai Universal
paciente e bondoso
capaz de compreender e desculpar as falhas e as debilidades dos homens
um Pai que nem castiga
nem se vinga
mas perdoa sempre:


Senhor, a Vida, este bem supremo, de inigualável beleza, a nós concedido por tua vontade e generosidade, por toda parte está sendo violentada, desrespeitada, banalizada, ignorada pelos que assassinam, exploram, poluem, drogam, estupram sem nenhum respeito ou cuidado por sua natureza miraculosa e finita.

Eu queria um Deus que se impusesse
que não nos deixasse fazer asneiras nem conduzir o mundo por caminhos de egoísmo e de sofrimento
e encontro um Pai que sabe respeitar as decisões de cada homem ou mulher
que promove até o fim a liberdade humana
e a respectiva responsabilidade;


Senhor, nessa nossa época tão submissa às leis do mercado, na qual sentimentos, crenças, princípios e valores têm sido coisificados, transformados em objetos de consumo que podemos escolher, conforme nossos interesses e conveniências, como artigos nas prateleiras de uma loja, tão difícil nos parece estabelecer o que é certo, dar exemplo, educar...

Eu queria um Deus que fosse a solução eficiente e rápida para todos os problemas e dúvidas que inquietam o meu coração
e encontrei um Deus que não me dá respostas prontas
mas me ensina a procurar no diálogo com meus irmãos
o caminho a percorrer;


Ó Deus Menino, de riso luminoso e braços estendidos, que nasceste despojado de poder e de riqueza, aqui estás para pedir que reorientemos nossas vidas para o Bem, para a Fraternidade e para a Paz;

Armado apenas da Fé e do Amor que transborda desse olhar puro e franco de criança, vens nos exortar a querer menos para que todos tenham o necessário
e incentivar-nos a não calar diante das injustiças.


Docemente, convida-nos a irmos além de nós mesmos, dos nossos interesses, das nossas ambições, dos nossos medos, dos nossos preconceitos, da nossa comodidade, para caminhar, também nós, de braços estendidos e confiantes ao encontro dos outros homens;

Eu queria um Deus racional
que eu entendesse à luz da minha lógica
e encontrei um Deus desconcertante
com uma lógica estranha
que parece privilegiar certos valores que os homens desprezam e desprezar certos valores que os homens amam;


Jesus Menino, diante desse presépio, celebrando o teu nascimento, é imperioso refletir sobre o modo como escolheste nascer para dar testemunho aos homens de que um deles, pobre carpinteiro da humilde Nazaré, com a coragem de que o revestiu um Amor incomensurável pela humanidade, tornou-se capaz de mudar a face do mundo e vencer todos os medos, até mesmo o da morte em doloroso e consentido sacrifício;

Foi esse Deus frágil
discreto
desconcertante, cheio de afeto que
há cerca de dois mil anos
nasceu em Belém
e que ainda hoje
continua querendo nascer no coração de cada homem
mulher ou criança
que deseje
sinceramente
fazer desse mundo um lugar abençoado para se viver.

Vinde, Jesus,
para estabelecer teu reino entre os homens, fazendo
com que a humanidade se oriente pelos caminhos da Paz e da Fraternidade;
para que em nossa família possamos viver o Amor, o acolhimento e o perdão;
para que este Natal nos encoraje a caminhar na Fé, na Esperança e na Caridade;
para que, por onde formos, sejamos portadores da luz que nos trouxeste com o teu nascimento.

Saturday, December 20, 2008

Espatódea

O Titã e eu

Eu, Ju e Nando Reis, ao vivo em Campo Grande...

E quando me toquei achei tão estranho, a minha barba estava deste tamanho... Será que eu falei o que ninguém ouvia?
Esbanjando simpatia e talento... Depois dessa meu cumpadi, pode acabar o ano, acabar o mundo, acabar tudo...

Agradecimentos ao meu primão Tuzinho pelo acesso aos camarins e pela breja na vasca...

Friday, December 19, 2008

Mensagem Natalina Lumières



Vi esse clipe lá no Ao Mirante, Nelson e não resisti, acho que é uma apropriadíssima mensagem natalina...

Always Look on The Bright Side of Life

Some things in life are bad
They can really make you mad
Other things just make you swear and curse.
When you're chewing on life's gristle
Don't grumble, give a whistle
And this'll help things turn out for the best...


And...always look on the bright side of life...
Always look on the light side of life...

If life seems jolly rotten
There's something you've forgotten
And that's to laugh and smile and dance and sing.
When you're feeling in the dumps
Don't be silly chumps
Just purse your lips and whistle - that's the thing.

And...always look on the bright side of life...
Always look on the light side of life...

For life is quite absurd
And death's the final word
You must always face the curtain with a bow.
Forget about your sin - give the audience a grin
Enjoy it - it's your last chance anyhow.

So always look on the bright side of death
Just before you draw your terminal breath

Life's a piece of shit
When you look at it
Life's a laugh and death's a joke, it's true.
You'll see it's all a show
Keep 'em laughing as you go
Just remember that the last laugh is on you.

And...always look on the bright side of life...
Always look on the light side of life...

(Come on guys, cheer up!)

And...always look on the bright side of life...
Always look on the light side of life...

(Worse things happen at sea, you know.)

Always look on the bright side of life...

(I mean - what have you got to lose? You know, you come from nothing - you're going back to nothing. What have you lost? Nothing!)

Always look on the right side of life...

Blue Christmas


Sapatadas


Pois é, a sapatada que George W. (quase) levou do jornalista iraquiano Muntazer al-Zaidi foi a cereja do bolo de impopularidade mundial de seu governo.
Enquanto George é sacaneado por todo o planeta, al-Zaidi virou pop star no mundo árabe. Um milionário saudita lhe ofereceu 10 milhões de dólares em recompensa, há passeatas por sua libertação, um egípcio lhe ofereceu a filha, um fabricante de sapatos diz que vai lhe dar sapatos pelo resto da vida...
E a moda está pegando. Ontem palestinos protestaram atirando sapatos em soldados israelenses.
Aqui no Brasil quem sabe ainda veremos algumas excelências de Brasília levando umas belas sapatadas?
O Bush levou a dele. Tá certo que ele mentiu para começar uma guerra e agora não sabe sair dela, mas a pergunta que não quer calar é: porque nunca um iraquiano foi macho suficiente para mandar uma sapatada na fuça de Saddam Hussein? Ah, as vantagens da democracia...

Monday, December 15, 2008

A minha avó


Eu imagino minha vó Lecticia chegando no céu.
Cabelo impecável, unhas feitas, vestido cintilante.
As portas se abrem e de repente ela está em um salão de baile.
Meu avô a espera, terno branco, sorridente. À sua direita seu irmão, cuja falta sempre foi tão sentida, e logo atrás sua irmã. Sinatra está cantando, o baile vai ser bom.
Os amigos também estão todos lá. Eles têm muito o que rir, conversar e dançar até o fim da noite. Amanhã quem sabe aquela partidinha de buraco. E no outro dia, mais festas.
Tentei lembrar de algum momento triste ou entediante passado ao seu lado, não consegui. Todos os minutos de minha vida em que estive ao lado de minha avó foram de genuína felicidade, especialmente nos Natais de minha infância.
Costumávamos arrumar a árvore de Natal juntos, os netos e ela. Levar o menino Jesus na Igreja para ser benzido. Montar o presépio. E me vêm à memória os sabores dessas receitas da Itália profunda que saboreávamos nesses dias de festa, com a famiglia toda reunida: a pastorale, o canaricole e o célebre fusilli al ferretto com molho ragu.
Minha avó era filha de imigrantes pobres, mas viveu sempre alegre como seu nome profetizava. Ainda me lembro das lágrimas de felicidade em seus olhos sempre que relembrava o dia em que ganhou seu primeiro vestido para ir a um baile.
A menina que nasceu pobre e viveu em fazenda estudou, se casou, criou uma bela e numerosa família, saiu para ver o mundo e voltou sempre com um sorriso nos lábios. E sempre que a família se juntava lá estava ela, no centro da festa.
Mas este mundo, que chorou tanto quando ela se foi (até a chuva parecia choro) estava talvez se tornando um lugar rápido demais, violento demais, sujo demais, e pior de tudo, deselegante demais. Ela se foi de repente, como convém a alguém com sua vitalidade.
No apartamento vazio, reparei pela primeira vez em um sorriso maroto de meu avô no velho porta retrato. Minha vó, tenho certeza, está muito bem.
Nós é que ficamos aqui em meio a essa tristeza toda, tentando ter pelo menos uma fração da alegria que ela tinha em vida.

Sunday, December 14, 2008

Sacolero


Yo estive este fin de semana en Ponta Porã, a princesinha dos ervais, para hacer unas compritas basicas de finales de ano en Pedro Juan Caballero, nuestro vizinho paraguayo.
La verdad es que con estas fiestas todas yo estoy necesitando mucha, pero mucha birita, y algunas cositas más. Con los impuestos de nuestro amable gobierno, lo unico vino baratito que se puede comprar aqui es el Sangre de Boi que es una mierda. En Paraguay el Conha y Toro esta a 3.94 dolares. E también encontré aí mi grande amigo, companhero de muchas noches Johnny Walker, más conocido en Paraguay como el Juanito Caminante.
En cima, la verdad también es que estoy colaborando con la politica de relaciones internacionales de Nuestro Guia, el gran timonero Lula y su sargento Marco Aurelio Top Top Garcia. Estoy ayudando a nuestros hermanos caloteros y socialistas de latino-america.
Mira vos, con este cambio hijo de una madre, al final tuve que pagar una puta cuenta de 3 millones de guaranis en el Shopping China. Ou sea, en troca de birita barata yo estoy injectando plata en la economia de los caloteros paraguayos que no quieren pagar Itaipu y quieren expulsar a los fazenderos brasiguaios.
Pero todo es alegria, somos todos hermanos, la crisis es general pero no pasa nada, como nuestro presidente estoy tomando todas las medidas necesarias, con limón y hielo.

Friday, December 12, 2008

Che What


Michael Weiss na New Criterion falando sobre o filme Che de Steven Soderbergh:

Por trás de cada imagem atenuada do Che, repousam milhares de sepulturas ocultas, para não mencionar os campos de concentração (um símbolo ainda misericordiosamente imune a todo tributo pop) e uma ortodoxia de pensamento político-cultural que nenhum atirador de pedras anti-globalização suportaria por muito tempo se esta significasse a diferença entre estilhaçar vidraças da Starbucks e enfrentar um pelotão de fuzilamento.
E ainda assim, nunca deixarão de faltar as camisetas do Che, os bares e restaurantes do Che e as hagiografias do Che, sejam elas impressas ou no cinema.
Nem a demanda jamais irá superar a oferta de esquerdistas tacanhos e ansiosos por ignorar a realidade bruta em favor da concepção mito-poética de seu heróico caballero.
É uma função da arte, mesmo de alguma arte realista socialista, desestruturar e satirizar o que é injustamente exagerado, e descobrir a cloaca sobre a qual foram erguidos edifícios de hipocrisia, mentiras e apologias.
E é a obrigação de qualquer um que pretenda ser algo além de um puro fantasista, descrever eventos reais e pessoas reais como elas realmente existiram, e não como tributo a um mundo de idílio histórico.
Oxalá Hollywood, sempre pronta a usar estas técnicas contra Joe McCarthy e George W. Bush, pusesse os olhos em uma figura que merece este tratamento mas que ao invés disso sempre foi alvo de um perene “branqueamento”.

E outros mistérios


"Você alguma vez já olhou para as estrelas numa noite clara e pensou: Porquê isso tudo? O que está acontecendo nessa imensidão do espaço? E oque estamos fazendo aqui na Terra? Seria a vida uma ocorrência muito rara, para não dizer única? Ou seriam os seres humanos no fim insignificantes?"
Peter Russell, no início de The White Hole in Time.

Shakespeare, em Hamlet, escreveu que há mais coisas entre o céu e a terra do que sonha a nossa vã filosofia.
A ciência, durante nossa história, nos forneceu inúmeras respostas sobre nosso mundo. No entanto, nossa esfera de conhecimento ainda é extremamente limitada em comparação com o Universo em que vivemos.
Em outras palavras, o que não sabemos, comparado com o que sabemos, é infinito.
Mesmo que a ciência possa progredir a um ritmo inimaginável com as atuais técnicas e instrumentos, o conjunto de conhecimentos da humanidade nunca deixará de ser finito. A cada resposta encontrada, centenas de outras dúvidas surgirão.
Um cientista, um verdadeiro cientista sempre terá sua mente aberta para além de seu mundo conhecido, afinal, foram curiosidade e imaginação que fizeram a própria ciência evoluir.
Quando ao contrário, alguém prega que o Universo se resume ao que conhecemos e podemos ver e experimentar, está negando a própria natureza da ciência.
O século XX foi pródigo em exemplos de como nos comportamos ao tirar Deus da nossa equação de civillização em nome do cientificismo. Os resultados foram pavorosos.
Os ateístas de hoje, seguidores de Richard Dawkins e afins, clamam pela razão, mas de fato são mais limitados em sua visão de mundo do que aqueles que buscam o divino à procura de explicações para nossa existência, nossas alegrias e nossos sofrimentos.
Seja através do Deus de amor infinito dos cristãos, do Allah misericordioso dos muçulmanos ou do Brahman hindu e seu eterno banco de créditos e débitos, o kharma, pela liberação final, os homens constroem pontes para tentar alcançar além da pequena bolha em que vivemos.
É da natureza de sua inteligência. Negar isso é negar nossa humanidade.

"A coisa mais bonita que podemos experimentar é o mistério. É a fonte de toda arte e toda ciência. Aquele para quem esta emoção é estranha, que não pára mais para admirar em temor e êxtase é como um morto: seus olhos estão fechados".
Albert Einstein

Tuesday, December 09, 2008

O Mistério das Nuvens


A premissa básica da Ciência, o que a difere de religiões, é que nenhuma tese é definitiva e eterna. A Ciência se ocupa em elaborar hipóteses que são aceitas como verdadeiras até que alguém prove o contrário ou valide uma hipótese diferente.
O problema hoje é que há gente que assume a Ciência como religião, rejeitando novas hipóteses e idéias com o fervor dogmático de inquisidores.
O exemplo mais óbvio é o do aquecimento global, religião onde o IPCC é Deus e Al Gore o seu profeta. Na segunda passada, militantes ecoterroristas de um grupo britânico chamado Plane Stupid invadiu a pista do aeroporto londrino de Stansted impedindo o embarque de milhares de pessoas saindo de férias. Eles protestavam contra a emissão de CO2 por aviões (3% das emissões planetárias desse gás).
O meu desprezo por esse tipo de gente não vem só da sua ignorância tosca, mas o fato de serem marionetes nas mãos de interesses escusos por trás dessa história toda.
Pela primeira vez na história, países antes extrativistas começam a se industrializar. Pessoas comuns em todo o planeta têm acesso a passagens aéreas e viagens de férias, veículos para se locomoverem, geladeiras, luz elétrica e outros benefícios da civilização. E bem agora aparece essa turma dizendo "parem tudo, o planeta tá esquentando e o mundo vai acabar debaixo d'água". Tem algo de podre no reino de Al Gore. A única coisa que Kyoto (e o futuro encontro em Poznan) vai causar é um aprofundamento da recessão econômica mundial.
No entanto, qualquer dúvida sobre as causas humanas do aquecimento global é encarada como fruto de cinismo ou estupidez. Mesmo quando os dados do próprio IPCC mostram que não houve aquecimento nenhum entre 1997 e 2007.
Alguém sabe qual é o mais poderoso gás de efeito estufa na atmosfera? Quem falou CO2 errou feio. É o vapor de água.
Um cientista dinamarquês, Henrik Svensmark ousou investigar uma hipótese diferente para as alterações de clima do planeta. Ele investiga o efeito da ação de radiação cósmica e manchas solares na formação de nuvens e consequentemente na temperatura dos oceanos e da atmosfera. O resultado de suas experiências está no documentário The Cloud Mystery.
Svesmark fundou o que se chama hoje de cosmoclimatologia. Para ele, o aquecimento global não tem nada a ver com o CO2, e sim com a atividade solar. O mais interessante é ouvi-lo falar das dificuldades en encontrar financiadores para as pesquisas e revistas que aceitassem publicar seus resultados. Sua hipótese bateu de frente com a Inquisição.

Broad day light



Gabriel Rios é um portoriquenho que vive e trabalha na Bélgica. Meio doido, mas essa música é bem bacana. Foi a trilha sonora de 06/05, o último filme do holandês Theo van Gogh, de quem é sempre bom lembrar nestes tempos de intolerância.

Vale a pena conferir: www.gabrielrios.be

Monday, December 08, 2008

Perpétuo Socorro


Fui em uma novena aqui na igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro em Campo Grande. A novena é sucesso de público e crítica na cidade, e a igreja estava lotada de fiéis com algum pedido a fazer aos céus.
Eu não consigo imaginar mesmo uma santa com o nome mais adequado. A julgar pelas manchetes da semana (ou do ano), a humanidade está sempre em necessidade perpétua de socorro.
Minha sogra por exemplo invoca a pobre Santa nos jogos da Copa a cada vez que um brasileiro encosta na bola ou o Galvão eleva o tom de voz.
Na novena, o padre pedia que os devotos colocassem os problemas em suas mãos para serem benzidos. Havia gente com fotos de família, alguns endividados mostravam a carteira. Eu que estou penando para fazer bebê achei que pegaria mal abrir o zíper e colocar o problema nas mãos para ser benzido. Provavelmente eu seria excomungado ou exorcizado ali mesmo.
Mas vendo aquelas pessoas todas lotando a igreja só para pedir alguma coisa, pensei no quanto meus problemas são pequenos perto dos outros.
Há gente que perdeu casa e família em Santa Catarina, há gente com doenças graves, e na minha família mesmo há gente precisando de mais socorro do que eu.
Aí eu pensei na santa, que já tem que aguentar minha sogra na Copa e ainda aquela fieira toda de pedidos e fiquei com a maior vergonha de estar ali entrando na fila também.
Se eu fosse a Santa já teria pendurado a auréola e estaria há muito tempo em férias na Bahia.
Quem estava ali sabia que talvez seus pedidos serão atendidos, talvez não. Mas pensando bem, talvez o que traga conforto e esperança a quem tem fé seja o fato simplesmente de estarmos todos ali juntos, pensando positivo, no nosso bem e no dos outros. Talvez daí venham os milagres da Maria do Perpétuo Socorro.
Então acendi uma vela e incluí, com a benção da Santa, o meu pedido naquele bolão de boa vontade. E agradeci por tudo o que tenho.

Dura lex, sed lex


Alguns juízes neste país tratam as "lays" como se fossem meras batatas fritas.

(um trocadalho do carilho adaptado do além mar, contribuição do blog Atlântico)

Quizás, quizás, quizás

Ibrahim Ferrer & Omara Portuondo

Quizás, Quizás, Quizás
Osvaldo Farrés

Siempre que te pregunto
Que, cuándo, cómo y donde
Tú siempre me respondes
Quizás, quizás, quizás
Y así pasan los dias
Y yo, desesperando
Y tú, tú contestando
Quizás, quizás, quizás
Estás perdiendo el tiempo
Pensando, pensando
Por lo que más tú quieras
¿Hasta cuándo? ¿Hasta cuándo?
Y así pasan los dias
Y yo, desesperando
Y tú, tú contestando
Quizás, quizás, quizás...

Mumbai e o ódio à paz


Os brasileiros não se deram muita conta do impacto que tiveram os ataques terroristas em Mumbai na opinião pública Indiana e internacional.
Por dois dias e três noites os bandidos espalharam o terror sem sentido pela capital financeira da Índia, matando e ferindo hindus, cristãos, judeus, jovens, velhos, mulheres e crianças.
Para os indianos foi como se 11/09 estivesse acontecendo de novo bem ali.
Passada a tragédia, agora vem a revolta, especialmente depois que se revelou a identidade paquistanesa dos terroristas.
Índia e Paquistão já se enfrentaram em três guerras nos últimos 60 anos. Nunca no entanto as relações entre os dois países estiveram tão bem quanto nos dias antes dos ataques. Falava-se de paz. O presidente paquistanês Asif Zardari, viúvo de Benazir Butho chegou a declarar que nunca seria o primeiro a utilizar armas nucleares em caso de confronto.
E agora, o povo indiano anda nas ruas pedindo guerra e sangue.
E enquanto isso Zardari tenta, contra a vontade popular, caçar islamitas.
É o que os terroristas queriam. Dizem que agem em nome de Deus, mas essa gente odeia a paz. Só se realiza vendo cadáveres acumulando-se entre escombros.
Devem ser caçados e exterminados como ratos que são.
Se Barack Obama fizer o que prometeu, logo logo o Paquistão será a nova fronteira da guerra contra o terror.

Consumo by Bansky


The Story of Stuff


Outro dia falei sobre consumo, e da minha ojeriza a essa vida moderna onde nos tornamos marionetes do marketing, gente que passa o dia todo tentando criar necessidades que até então não sabíamos que á gente tinha.
The Story of Stuff é um vídeo feito para internet produzido por Annie Leonard uma ongueira especialista em sustentabilidade. O vídeo, que me foi indicado por um amigo, apresenta um resumo bastante didático de como funciona nossa economia hoje.
Extração, processamento, distribuição, consumo, lixo. É essa basicamente a história das coisas. Só que no ritmo em que estamos em algum ponto o sistema vai quebrar.
Porquê? Bem, o consumo é o motor de toda a cadeia. Só que para acelerar o crescimento econômico, as pessoas precisam consumir mais. E como fazer isso?
É fácil, fabricando tranqueiras que vão estar obsoletas ou fora de moda em seis meses, aí você faz uma propaganda convencendo as pessoas de que elas precisam de uma tranqueira nova rapidinho.
O filme traz dados interessantes especialmente sobre os Estados Unidos:
- das 100 maiores economias do mundo hoje, 51 são corporações;
- Em 1950 os americanos consumiam em média metade do que consomem hoje;
- Cada americano é alvo de 3.000 propagandas por dia;
- 99% dos bens de consumo nos Estados Unidos são jogados no lixo no espaço de seis meses;
- Os Estados Unidos consomem 30% dos recursos naturais do planeta, com 5% de sua população;
A visão de Annie pode ser radical, mas qualquer um com um mínimo de massa cinzenta percebe que essa história vai acabar mal.
Eu sou um capitalista, um defensor da livre iniciativa. Mas o meu ideal de capitalismo é aquele onde cada homem pode ser dono do seu negócio, ser um padeiro, um fazendeiro, um sapateiro, um quitandeiro, um alfaiate. No meu capitalismo não existe telemarketing, outdoor, fashion week, big corporations fechando fábricas aqui e abrindo na China onde se paga uma merreca pelo dia de trabalho de alguém. E a big corporation não se junta com a very big corporation para criar uma extremely big corporation que em vez de criar oportunidades e opções, na verdade cria um monopólio que nos deixa sem escolha nenhuma.
Sim, eu sei, estou um século atrasado. Mas fazer o quê, sou um nostálgico conservador. Mas ainda sei me livrar das armadilhas do marketing.
O vídeo está aqui:
e dublado em português aqui:

Friday, December 05, 2008

A praga africana


A história da África é uma coleção de desgraças. A epidemia de cólera no Zimbábue é só um capítulo a mais na história de calamidades do continente negro. Escravidão, guerras, contrabando, mutilações, estupros, doenças, corrupção, miséria, fome, crianças soldados, limpeza étnica, pense em alguma coisa horrível e estará acontecendo por lá.
O livro The State of África de Martin Meredith analisa a história e as transformações do continente depois do fim do colonialismo. É provavelmente o melhor livro que se pode ler sobre o assunto.
Agora pergunte a qualquer “intelequitual” liberal, artista de novela, fã do Bono ou outra categoria de pensamento dominante no Brasil qual será a solução para a África.
Ajuda financeira dirão. Vamos montar uma ONG, fazer um megashow, vender camisetas e mandar dinheiro para a África. Vamos fazer uma lojinha de fair trade e vender artesanato africano.
Bem, nos últimos 50 anos os governos ocidentais despejaram 400 bilhões de libras esterlinas de seus contribuintes em ajuda financeira a governos africanos. Segundo um relatório do Banco Mundial, os países da África Sub-saariana estão tão ou mais pobres do que eram em 1981.
Esta série de reportagens do conhecido Sorius Samura, divulgada pela BBC (e pelo blog da Clarisse) mostra um pouco em que ralos escorre o dinheiro dessa ajuda financeira.
E uma entrevista de Martin Durkin na Front Page Magazine, jornalista e produtor de tv inglês ajuda a quebrar alguns mitos dos liberais sobre a África.
Diz ele:

“In Africa, being in government is so massively lucrative, thanks to aid, that the rulers refuse to relinquish power. As one African commentator has put it, “the primordial instinct of the ruling elite is to loot the national treasury, perpetuate itself in power and brutally suppress all dissent and opposition. Aid kills democracy.It is a mix between a laudable charitable impulse and a detestable, misguided socialist prejudice. The charitable impulse is a perfectly decent one. Far from attacking it, it should be applauded. But we have to strenuously point out that (a) state aid is not charity, it is a form of state intervention, and a massively corrupting one at that; and (b) even proper charity, well organised and directed, is not the answer for Africa”

“The left and the greens are utterly wedded to their anti-capitalist ideology. They refuse to listen to arguments, no matter how cogent or well supported, that contradict their political prejudices. You can tell a green that their opposition to the use of DDT has resulted in the needless deaths of literally millions of people from malaria. What’s their reaction? The greens still support the ban on DDT.”

“Forget aid. Africa needs free trade. Free trade is needed to give the African economy a chance to get on its feet. And the growth of a successful, wealthy bourgeoisie is the only hope Africans have of building a healthy political system. In other words, when the wealth comes from below, locally, rather than from above from foreign powers. Only then will the African nightmare end.”
“Fair Trade is nothing more than a rearguard PR exercise from the greens. They were embarrassed at opposing free trade, so had to do little linguistic fancy foot-work. Free Trade says, OK the poor can sell their food to the rich world, but only if they are organic farmer (ie. they retain backward, not very productive farming techniques), and we will favour small peasant farms (which are famously no good at producing food efficiently). People who advocate ‘Fair Trade’ are just bastards.”

Façam a África andar com os próprios pés.

Condition: critical

A Médécins sans Frontières criou um vídeo feito com depoimentos e fotos de refugiados da guerra no leste do Congo.
Por mais de uma década a guerra assola a região do Kivu, de onde centenas de milhares fugiram, amendrontados, doentes e feridos, ameaçados, violentados, roubados.
Uma voz aos esquecidos da África.

http://www.condition-critical.org/
http://www.msf.org/

A Lucidez Perigosa


Estou sentindo uma clareza tão grande
que me anula como pessoa atual e comum:
é uma lucidez vazia, como explicar?
assim como um cálculo matemático perfeito
do qual, no entanto, não se precise.

Estou por assim dizer
vendo claramente o vazio.
E nem entendo aquilo que entendo:
pois estou infinitamente maior que eu mesma,
e não me alcanço.
Além do que:
que faço dessa lucidez?
Sei também que esta minha lucidez
pode-se tornar o inferno humano
- já me aconteceu antes.

Pois sei que
- em termos de nossa diária
e permanente acomodação
resignada à irrealidade
- essa clareza de realidade
é um risco.

Apagai, pois, minha flama, Deus,
porque ela não me serve
para viver os dias.
Ajudai-me a de novo consistir
dos modos possíveis.
Eu consisto,
eu consisto,
amém.

Clarice Lispector

Wednesday, December 03, 2008

Palavra do Xico


Xico Graziano, Engenheiro Agrônomo, mestre em Economia Rural, doutor em Administração, ex-Presidente do INCRA, ex-Secretário da Agricultura e Abastecimento de São Paulo, ex-Deputado Federal e hoje Secretário de Estado do Meio Ambiente fala em seu artigo Índios Agrícolas sobre o problema indígena no Mato Grosso do Sul:

"Os caciques das aldeias locais afirmam, publicamente, que sua prioridade reside na assistência médica e educacional, não na terra. Sentem-se largados a sua sorte. Os suicídios lá verificados mostraram ao país aquilo que os matogrossenses do sul já sabem há tempos: as aldeias indígenas estão, infelizmente, no completo abandono. Justiça social zero.
Os índios, porém, desejam trabalhar. Querem tratores, sementes, fertilizantes, almejam condições para produzir seu alimento, e vender o excedente para ganhar um dinheirinho. As novas gerações sonham com o progresso, buscando o conforto que a tutela oficial lhes nega. Projetam ser agricultores, índios agrícolas."

Artigo completo aqui:
Scot Consultoria
Xico Graziano

Petrossauro


Como é que é?
A Petrobrás está pedindo dinheiro emprestado para pagar as contas?
A maior empresa do Brasil?
A jóia da coroa das estatais petistas?
A dona de todo o petróleo brasileiro e dos milagrosos campos do pré-sal?
A dos lucros fabulosos?
A patrocinadora do pobre cinema nacional?
É como diz o velho ditado popular: quando a maré baixa é que a gente vê quem está com a bunda de fora.
Quando os especialistas de mercado foram examinar de pertinho os resultados da empresa, descobriram que os lucros fabulosos não eram tão fabulosos assim, e que a Petrossauro produziu pouco e gastou muito nos últimos tempos. E ninguém sabe onde.
Parece que oh, novidade, o governo é incompetente mesmo para administrar aquela que deveria ser a empresa mais rentável do país.
E o PT é claro se irrita com a imprensa que anda por aí espalhando esses boatos.

Tuesday, December 02, 2008

Terra Vermelha


Terra Vermelha é o título brasileiro do filme Birdwatchers (Observadores de Pássaros), ou no original italiano Terra degli Uomini Rossi (Terra dos Homens Vermelhos), do diretor ítalo-chileno Marco Bechis.
O filme, sobre a realidade e os conflitos dos índios Guarani-Kaiowás no sudoeste do estado do Mato Grosso do Sul aparece no momento em que a Federação da Agricultura do Estado e a FUNAI discutem exatamente a demarcação de terras indígenas na região.
A história começa com um passeio de turistas estrangeiros, os tais birdwatchers, por um rio do lugar. De repente, entre um tuiuiú e outro, nas margens sombreadas pela floresta eles avistam um grupo de índios pintados e enfeitados que disparam algumas flechas para o ar. Em silêncio maravilhado, os turistas filmam e tiram fotos.
O barco se afasta, os índios entram na mata, saem em campo aberto onde uma caminhonete os espera. Vestem seus shorts e camisetas e recebem dos funcionários da fazenda onde os turistas estão hospedados um pagamento pela “apresentação”.
De volta à reserva onde vivem, gastam o dinheiro na venda do lugar com alimentos e cachaça. Assombrado pelo suicídio de seus jovens, o cacique decide sair da reserva em busca da terra de seus ancestrais, que acaba sendo a mesma fazenda onde antes se apresentavam.
Acampados entre a rodovia e a cerca da fazenda, o filme mostra o desenvolvimento do conflito entre os índios e o fazendeiro branco, cuja família está ali há três gerações. Em uma cena memorável, cacique e fazendeiro discutem cara a cara sobre a posse da terra. O fazendeiro diz “eu produzo alimentos aqui, para as pessoas comerem”. O índio responde apanhando um torrão de terra vermelha na mão e comendo em silêncio, querendo dizer que ele é feito da própria terra. Marco Bechis retrata o cotidiano dos índios de forma quase documental. Os suicídios, o alcoolismo, a pobreza real e moral, o conflito entre suas tradições e um futuro sem perspectiva, está tudo ali como realmente é.
Mas por mais primorosa que tenha sido a visão de Bechis sobre esses problemas, o filme descamba inevitavelmente para aquele que é o mal maior do cinema latino, o vitimismo.
É óbvio que o fazendeiro acaba se tornando o vilão da história, e no fim acaba usando métodos pouco humanos para se livrar do problema. O filme chega a mostrar o fazendeiro pulverizando de avião com agrotóxicos o acampamento indígena. Ainda por cima, sendo o vilão, o fazendeiro ainda é retratado como mau pai, patrão e marido. A filha adolescente que fuma maconha escondida pela fazenda acaba se envolvendo em um improvável romance com o jovem índio aspirante a pajé. Os empregados paraguaios não estão aí muito preocupados em se meter em briga por causa o patrão.
No entanto, o que parece ser um discurso a favor da demarcação de terras indígenas como propõem a FUNAI e alguns antropólogos de miolo mole metidos a Rousseau, mostra na verdade o beco sem saída em que a política indigenista se encontra hoje.
Os índios já sabem o que é civilização, querem celulares, tênis, motos, um freezer. No filme, os jovens índios que tentam caçar para comer, só acabam caçando mesmo é um boi do fazendeiro.
A vida idílica de caça e pesca na floresta só existe mesmo na cabeça dos já supra citados antropólogos de miolo mole. É impossível isolar os índios em reservas imensas como se estivessem em um zoológico para gringos tirarem fotos. A única saída que eles tem dali é o suicídio.
O maior mal dos índios hoje é a falta de perspectivas. E o que dá perspectiva ao caboclo brasileiro é, como diz aquela música, numa mão educação, na outra dinheiro.
A FUNAI deveria se preocupar em dar educação àqueles que ela pretende proteger em vez de se preocupar em demarcar mais terras do que os índios já tem.
E os índios deveriam aprender como usar suas terras para produzir riqueza. Embora crucificado pelos indigenistas e ambientalistas, o agronegócio é a força motriz da economia do interior do Mato Grosso do Sul e mesmo do interior do Brasil. E, como provou Cláudio Moura e Castro em sua coluna na VEJA, educação e agronegócio andam juntos onde quer que se olhe neste país.
Os índios não querem?
Bem eles não tem muita escolha ao menos que o resto da população brasileira decida embarcar nas caravelas de volta ao velho continente.
Os índios podem hoje escolher entre se integrar à vida social e econômica do país ou ao suicídio na floresta. Eu acho a primeira alternativa melhor. Pode parecer que não, mas os humanistas como Bechis e a FUNAI acham a segunda alternativa melhor.

Calendário Pirelli 2009














Per favore Pirelli, não me processem, sou só um tiffosi do calendário, um amante da fotografia, um apreciador de belle donne, africano desde criancinha. Grazie mille.

Monday, December 01, 2008

LIFE photo archive


A revista LIFE em parceria com o Google está disponibilizando (que verbo horrível, coisa de call center) na internet, de graça, fotos de décadas de história.
Vale muito a pena dar uma passeada pelos arquivos. O link está aqui:


Agradecimentos ao Frodo Balseiro pela dica.