Sunday, March 05, 2006

The White Hole in Time


Imagine que toda a história da vida no planeta, bilhões de anos de evolução biológica, fosse condensada no espaço e dum ano.
Durante os primeiros nove meses somente organismos unicelulares se desenvolveriam.
Em outubro, células mais complexas apareceriam.
Organismos pluricelulares surgiriam algumas semanas mais tarde.
No final de novembro, peixes deixariam o mar para viver na terra.
Dinossauros dominariam o mundo do dia 10 de dezembro até o Natal.
Na última semana do ano mamíferos se desenvolveriam.
Na metade do último dia, o homem andaria na Terra.
Levou- se 99,9% da evolução da vida no planeta para atingirmos esse ponto, mas a humanidade está apenas começando.
5 minutos antes da meia-noite aparece a linguagem.
20 segundos antes da meia-noite as primeiras civilizações, e agora as coisas aceleram.
A Renascença aconteceu à dois segundos atrás, e toda a história moderna do homem em um flash.
Aonde quer que estejamos indo, estamos indo rápido.

The White Hole in Time é um espetacular texto de Peter Russell, transformado em um belíssimo documentário curta metragem.
Apesar do sofrimento que assistimos todos os dias, Russell nos lembra que nossa história está apenas começando. A evolução da espécie humana nos deu a capacidade de pensar e de trocar experiências através da linguagem e a capacidade de modificar o ambiente à sua volta.
Tudo isso, aliado à imensa criatividade do homem e às poderosas ferramentas que a modernidade são as chaves para decifrarmos a pergunta que nos assola desde que nos tornamos conscientes de nossa existência: Para onde vamos?
Com a evolução da espécie humana, evoluiria também sua percepção do mundo numa espécie de “internet mental” de consciência.
Como estrelas que passam a vida queimando seu combustível para explodir numa supernova e depois tornarem-se buracos negros, Russell faz um paralelo dizendo que o mesmo pode acontecer com o homem. Depois de milênios de evolução, chegaremos a um ponto onde vamos assistir a uma explosão de consciência criando uma espécie de buraco branco no tempo. Um ponto “omega”onde seríamos plenamente conscientes de nosso lugar no universo e da essência da criação.
Nos encontramos hoje numa encruzilhada, num planeta degradado e super povoado e se não agirmos poderá ser o fim da nossa espécie. Amor incondicional é a única arma de que dispomos para passar essa encruzilhada e começarmos a jornada em busca de nossa consciência. Aceitar a evolução, aceitar a modernidade e aceitar o fato de que o outro é apenas mais um ser humano, como nós, buscando paz de espírito.

Quem quiser ler o texto original em inglês está nesse link:

http://www.peterussell.com/GB/WHITtext.html

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