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Emanuelle Béart, uma de minhas musas no cinema francês deu entrevista à Nouvel Observateur depois de deixar o trabalho de embaixadora da Unicef.
O repórter pergunta como é passar do mundo das “paillettes”ao mundo da grande tristeza (dos acampamentos de refugiados).
Emanuelle responde: "É preciso parar com essa palavra “paillettes”. Não estamos mais nos anos 50. As atrizes não estão mais no pedicure todas as manhãs, e não fazem escovas que duram o dia todo. Não é porque subimos as escadarias de Cannes uma vez por ano com vestidos de algum grande estilista que vivemos em um mundo de “paillettes”. Eu, minha profissão é me levantar às seis da manhã para ir para a gravação, criar meus filhos, fazer minhas compras. É verdade que eu vivo em um país de liberdade, um dos mais ricos do mundo, mas ainda onde 7 milhões de pessoas vivem na pobreza e onde milhares não conseguem se alojar. Privilegiada em um país privilegiado, se fechamos os olhos à miséria do mundo, é o inferno."
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