Chego agora numa dessas encruzilhadas da vida, sem sinalização, sem bússola, sem mapa. Está nublado, e escurecendo.
Porquê não põem uma placa no caminho da fortuna e da glória?Consultarei a cartomante, o astrólogo, o realejo? Algum sinal aparecerá nos céus?
Já passei pelo ápice do meu caminho e não vi? Ou virá ainda?
Há tantas pedras no caminho. E se o caminho escolhido levar ao precipício, ao espinheiro, à areia movediça? Deverei ser grato?
A cabeça dói, os dentes rangem, o estômago se dilacera, o sono se vai. Mas é claro que o sol, vai brilhar amanhã.
Como diz meu amigo dessas horas, keep walking...
As coisas deveriam, e poderiam ser bem mais simples. Porque não o simples? Viver simplesmente?
Cada vez mais creio que as bifurcações no caminho são ilusões de um poder que não temos. Nossas escolhas são feitas baseadas em escolhas anteriores em uma infinita sucessão de ações e reações provavelmente previsíveis por alguma fórmula que não sabemos qual é. Se Alguém sabe, não nos deixa ver.
Menos uma estrada com caminhos alternativos, e mais como o fluxo de um rio no qual seguimos boiando e pensando prepotentemente que somos nós a controlar a correnteza.
Uma hora acabaremos na cachoeira, ou em um remanso, ou em uma bela praia, ou encostados na curva, com garrafas PET usadas.
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