A revista Piauí de junho traz uma reportagem/entrevista com Daniel Dantas. Daniel Dantas é milionário mas eu detestaria ter a vida que ele leva. O sujeito passa 80% do seu tempo com advogados. Não aprecia bons vinhos nem boa comida, despreza cinema e teatro apesar de patrociná-los e vê arte apenas como investimento.
Lendo as páginas da revista, além de ficarmos conhecendo a espantosa carreira de Daniel Dantas, passeamos pelos bastidores dos governos FHC e Lula, pela era das privatizações e da chegada do PT ao poder. Ali temos uma vaga idéia da sujeira, da brutalidade, dos conchavos, alianças e traições, e das negociatas lá nas trevas e nos porões do mundo dos negócios e da política.
Os desafetos dizem que ele é um tubarão nos negócios. Não tenho como julgá-lo, mas com absoluta certeza posso dizer que burro ele não é.
Ele e seu banco Opportunity conseguiram controlar a Brasil Telecom quando a telefonia no Brasil foi privatizada. Desde que se desentendeu com o governo petista por ter se recusado a dar dinheiro (US$ 50 milhões) a Luiz Gushiken para pagar contas de campanha do PT, Daniel Dantas tem sofrido estranhos reveses, enquanto seus adversários são beneficiados nos negócios.
Recentemente, o governo tem feito pressão no sentido de fundir a Brasil Telecom com a Telemar, controlada pelo fundo de pensão da Previ.
Segundo a Piauí, na avaliação de Daniel Dantas, contudo, a intenção dos petistas é fazer uma re-estatização do setor, ou uma “previtização”, trocadilho que criou para se referir ao espaço que a Previ passaria a ocupar. Hoje, os fundos de pensão estatais têm grande participação nas operadoras. Caso a fusão venha a se concretizar, o Estado será o acionista majoritário, com 63% do capital da nova empresa. Porém, com uma vantagem em relação a uma estatal: os fundos de pensão não estão sujeitos à fiscalização do Tribunal de Contas da União. “Nesse caso, o governo vai poder fazer contratações e dispor do caixa dessas empresas, que somam 6 bilhões de reais, sem ter que dar nenhuma satisfação”, afirma.
Mais do que isso, a fusão das companhias dará ao governo muito mais do que o simples controle do caixa. O que ele vislumbra é que as empresas serão um instrumento de controle de informação, pois, juntas, cobrem todo o país, com exceção de São Paulo.
Como eu disse, burro ele não é. Nós deveríamos prestar atenção no que ele está dizendo agora.
Lendo as páginas da revista, além de ficarmos conhecendo a espantosa carreira de Daniel Dantas, passeamos pelos bastidores dos governos FHC e Lula, pela era das privatizações e da chegada do PT ao poder. Ali temos uma vaga idéia da sujeira, da brutalidade, dos conchavos, alianças e traições, e das negociatas lá nas trevas e nos porões do mundo dos negócios e da política.
Os desafetos dizem que ele é um tubarão nos negócios. Não tenho como julgá-lo, mas com absoluta certeza posso dizer que burro ele não é.
Ele e seu banco Opportunity conseguiram controlar a Brasil Telecom quando a telefonia no Brasil foi privatizada. Desde que se desentendeu com o governo petista por ter se recusado a dar dinheiro (US$ 50 milhões) a Luiz Gushiken para pagar contas de campanha do PT, Daniel Dantas tem sofrido estranhos reveses, enquanto seus adversários são beneficiados nos negócios.
Recentemente, o governo tem feito pressão no sentido de fundir a Brasil Telecom com a Telemar, controlada pelo fundo de pensão da Previ.
Segundo a Piauí, na avaliação de Daniel Dantas, contudo, a intenção dos petistas é fazer uma re-estatização do setor, ou uma “previtização”, trocadilho que criou para se referir ao espaço que a Previ passaria a ocupar. Hoje, os fundos de pensão estatais têm grande participação nas operadoras. Caso a fusão venha a se concretizar, o Estado será o acionista majoritário, com 63% do capital da nova empresa. Porém, com uma vantagem em relação a uma estatal: os fundos de pensão não estão sujeitos à fiscalização do Tribunal de Contas da União. “Nesse caso, o governo vai poder fazer contratações e dispor do caixa dessas empresas, que somam 6 bilhões de reais, sem ter que dar nenhuma satisfação”, afirma.
Mais do que isso, a fusão das companhias dará ao governo muito mais do que o simples controle do caixa. O que ele vislumbra é que as empresas serão um instrumento de controle de informação, pois, juntas, cobrem todo o país, com exceção de São Paulo.
Como eu disse, burro ele não é. Nós deveríamos prestar atenção no que ele está dizendo agora.
No comments:
Post a Comment