Em uma reportagem especial do Estadão sobre a Amazônia, o repórter Carlos Marchi listava os três objetos mais desejados pelos índios: em primeiro lugar um barco com motor de popa, em segundo um freezer e em terceiro um computador. Sim, espelhinhos e contas são do tempo de Cabral... índio quer o conforto da civilização. Ou como explicou o cacique Almir Tukano, a gente não sabe como é difícil descarnar uma paca com uma faca de pedra...
Eu não sei e nem quero saber. Essa poesia da floresta e do contato com a natureza é coisa de quem nunca descarnou paca.No meu ponto de vista as alternativas são as seguintes:
Fechamos os índios em suas reservas e os deixamos lá nus com a mão no bolso, enterrando suas crianças vivas, se matando e vivendo da caça e da pesca e de cestas básicas do governo. Daqui a uns anos montamos safáris com turistas europeus para observá-los (antes escondemos as panelas de alumínio e os bonés da coca-cola).
Na segunda opção, estudamos sua cultura, mandamos todos para a escola e aí vamos tentar integrá-los na vida social e econômica do país.
A primeira alternativa é a dos sociólogos descabeçados e de uma penca de ONG's.
A segunda é a minha, e de quem mais tem bom senso de acreditar que índios já não são mais selvagens, sabem o que querem e podem perfeitamente serem tratados com direitos e deveres de cidadão, o que inclui não esfaquear engenheiros de hidrelétricas em assembléias.
Os índios da Amazônia são 0.2% da população mas ocupam 13% do território nacional. Não obstante continuam vivendo na miséria e morrendo até de gripe. Índio não precisa de mais terra, precisa de renda. Assim como o MST e como os quilombolas.
Houve um tempo em que a terra era a única forma de se gerar riqueza. Esse tempo já passou há pelo menos um século, exceto nas mentes perturbadas dos marxistas.
Carlos Minc e Mangabeira Unger têm nas mãos a espinhosa tarefa de fazer a Amazônia gerar riqueza para índios e não índios sem que a floresta seja destruída.
Há maneiras, mas com esses dois vai ser difícil.
3 comments:
Olá Fernando,
Há 25 milhões de brasileiros na Amazônia. São pessoas que precisam de trabalho, que podem e devem usar as riquezas da região para se sustentarem.
Na Amazônia estão rios que podem gerar energia para o país, ainda sob a sombra de um apagão elétrico.
Há também guerrilheiros e traficantes que entram e saem da selva brasileira como querem.
Não se pode deixar a Amazônia na mão de índios. Ela é importante demais. Há que explorá-la e ocupá-la com tecnologia e discernimento, de modo que se conjugue a preservação, que é imprescindível.
Abraço,
Lelec
Há quem ache que só índio vai saber preservar a floresta para sempre. Isso porque tem tribo que ganha a vida vendendo madeira ilegal entre outras barbaridades...
Vc falou e disse, a Amazônia é importante demais para ficar na mão de índios.
Concordo!!!
Outro dia meu filho de 10 anos que é super ultra nerd e que odeia perder meio ponto em qualquer que seja a matéria, chegou em casa todo triste e me falou: Mamãe vou ser "obrigado" a tirar nota baixa em geografia e história neste bimestre! Porque me recusei a responder duas perguntas da prova, e não respodi não por não saber a resposta, mas sim porque não vou responder o que a apostila está ensinando, pois não concordo com o ensinamento que é errado, eu sei que está errado!
:1) O Brasil foi INVADIDO ou descoberto?
2) Qual a semelhança entre os "Sem Terras" e os Índios?
Então resolvi ajudá-lo com essas questões, e propus a ele uma reflexão :
1) A semelhança entre os Índios e os Sem terras é que eles buscam direitos desrespeitado os direitos dos outros e que nunca são punidos.
2) O Brasil foi descoberto pelos "Portugueses" em 1500, mas se o pessoal quer tanto fazer ele e os amiguinhos sentir culpa e achar que o Brasil foi invadido e que os Índios são vitimas, que o bom mesmo seria, todo mundo voltar para suas origens e que ele iria poder escolher voltar para a Alemanha ou para a Arábia Saudita e que não seria nada mal, ruim mesmo seria para os afrodescendentes que teriam que voltar para a Africa... sacanagem pura!!!
Ele riu e parou de se estressar com essa desimportância
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