Este ano a população urbana no mundo passou a ser maior do que a população rural.
Há um tipo de commodity que será cada vez mais rara nas cidades, e portanto cada vez mais valiosa para produtores rurais: a combinação de verde e sossego.
É pensando nisso que muita gente no campo está se dando bem com o agro e o ecoturismo.
Veja bem, o camarada nasce e vive na cidade, acha que jaca dá no chão e morango dá em árvore e não sabe diferenciar uma cabra de uma galinha. Leva buzinada todo dia o dia todo e nunca vê um céu estrelado. Nessa situação, um fim de semana tranquilo no campo é um santo remédio para ele e sua família. Um Prozac natural.
Ganha o dono da fazenda com uma renda extra, ganha o estressado urbano que vai descansar, ganha a economia das cidades do interior e ganha o meio ambiente em geral que será mais preservado.
É no interior que gente feito eu, exilado na vida urbana há muito tempo, vai reencontrar um mundo esquecido, onde as pessoas não tem pressa, onde cavalheiros cumprimentam as damas (e não só na quadrilha de São João), onde se diz bom dia e boa tarde a quem passa na rua, onde se namora na praça, e a simplicidade dá o tom da vida.
Quem sabe com o turismo um pouco disso ainda volta para a cidade.
Olha eu aí pescando. Não peguei nada, mas tô calminho calminho.
4 comments:
Fernando, não renego minha vida atual, urbana a mais não poder.
Mas, o lado caipira volta com força quando submetido aos maravilhosos cenários interioranos da infancia, das férias vividas no meio do mato!
Chupar jabuticaba no pé, disputando o fruto com as abelhas, não tem preço.
Conviver com vacas leiteiras, saber de onde vem o leite, toma-lo antes de ser pasteurizado, também é "priceless".
Nossa vida hoje é movida a Mastercard e, é claro também tem suas coisas boas!
Só (?) perdemos, aguilo que dinheiro nenhum compra, que é sentir o cheiro de mato depois da chuva...
Tadinhos dos peixinhos!!!!! rs*
Olha, Fernando, pois eu vou é para o mato e, no máximo, em 5 anos. Meus discos, meus livros, meus poucos amigos, meus bichos e, se der sorte, um amor.
Adoro a vida urbana, mas coloquei 45 como limite desta loucura.
Bóra ver se o plano dá certo.
beijo.
d.
e assim caminha a humanidade, para o abismo
Sempre suspiro quando escuto aquela música na voz da Elis:
"Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa ficar no tamanho da paz (...)
Eu quero uma casa no campo
Do tamanho ideal, pau-a-pique e sapê
Onde eu possa plantar meus amigos
Meus discos e livros
E nada mais"
Vida boa é isso aí!
Abração,
Lelec
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