Friday, February 27, 2009

Heróis esquecidos


Houve um tempo em que o Mato Grosso era terra para poucos e bravos
Hoje Bonito e as cidades ao redor foram loteadas por agências de ecoturismo que trazem bicho-grilos e playboys das grandes cidades para cá. Paga-se para nadar no rio, paga-se para ver uma gruta, paga-se para tudo.
Fui ver o Buraco das Araras, um buracão no chão onde araras fazem ninhos. (Google Earth 21°29'30.22"S, 56°24'10.97"O). São 25 reaus por pessoa diz a mocinha na entrada. Estávamos em quatro, 100 pilas para ver um buraco no chão. Legal para algum europeu que nunca viu uma arara antes. Ou um buraco.
Sim, sim, traz empregos e desenvolvimento à região, mas convenhamos, porque existe esse senso geral, seja em Paris ou no Mato Grosso, que turista tem um outdoor escrito trouxa na testa com letras luminosas?
Desistimos e voltamos à cidade de Jardim. Na entrada da cidade uma placa modesta indicava Monumento dos Heróis.
- Vamos lá ver, eu disse.
Depois as indicações sumiram. Seguimos por uma estrada de terra, entramos em uma pedreira, voltamos e perguntamos o caminho a um velho que vinha em sua bicicleta no meio da poeira.
- É ali na frente, estou vindo de lá agora.
- O Sr. vai lá todo dia?
- Todo dia eu vou lá e rezo um Pai Nosso.
Um quilômetro adiante havia um muro branco à beira da estrada e um portão aberto.
Abri uma cerveja, entramos e andamos mais uns duzentos metros até chegar a um cemitério simples, de cruzes brancas de madeira fincadas no chão. Um ou outro túmulo de tijolo. Um mastro e uma placa colocados pelo exército serviam de monumento.
Bem mais modesto do que os monumentos de guerra que vi na Normandia, em Waterloo, no Valle de los Caídos. A grama mal aparada, algumas cruzes arrancadas, uma pichação na placa.
Ali, à beira do Rio Miranda estavam enterrados soldados e oficiais que tinham feito a Retirada da Laguna.
Ali estava a lápide de mármore do Coronel Camisão, que liderou a coluna brasileira até terras paraguaias, conquistando Bela Vista e prosseguindo até a fazenda Laguna do próprio Marechal Solano López.
Forçados a retirarem-se pela falta de munições e víveres, foram atacados pela fome, pelo fogo, pela cavalaria paraguaia e pelo cólera durante todo o caminho de volta. Ali pereceram.
Não havia ninguém ali. O lugar não está nos mapas de turismo. Não se pagava para entrar, mas se me cobrassem ali os 25 reais para preservar o sítio eu daria de bom grado. É bom resgatar um pouco da memória em um país que não tem quase nenhuma.
Naquela noite eu encontraria um fazendeiro em cuja propriedade passava o Cambarecê, o riacho do Negro que Chora, onde 130 coléricos haviam sido abandonados para que o resto da coluna se salvasse. Não é raro que encontrem por ali enterrados restos de baionetas, facas e fivelas dos soldados
Pensei no encontro surreal com o velho da bicicleta. E pensei que eu queria estar ali cento e vinte anos atrás, nadando de graça nos rios cristalinos e tomando a terra a paraguaios, bugres e onças a golpes de punhal.
Hoje sou só um turista playboy de latinha na mão.

Bonito


As águas cristalinas do rio Formoso.
Aqui eu estava, naquele domingão de Carnaval, em boa companhia.

Da série conselhos sábios e inúteis


- Mestre, como faço para me tornar um sábio?
- Boas escolhas.
- Mas como fazer boas escolhas?
- Experiência - diz o mestre.
- E como adquirir experiência, mestre?
- Más escolhas...

Where is the love?

A little R&B for you...


People killin', people dieing
Children hurt and you hear them cryin'
Can you practice what you preach
And would you turn the other cheek

Father, Father, Father help us
Send some guidance from above
'Cause people got me, got me questionin'
Where is the love

We begin only , a world , a world what is all than we do we begin , a world , a world

Sacaneando campanhas ecológicas

On the other hand, como disse meu irmão, talvez o Tarzan ali sejamos todos nós.

Ga-vi-ões, Fiel!


A moça, de família, patricinha, se preparou toda para ir ao ensaio da Gaviões da Fiel.
Chegando lá, um dos mano suarento e banguela pede pra dançar com ela e, para não arrumar confusão, ela aceita.
Mas o mano suava tanto que ela já não estava suportando mais!
A moça foi se afastando, e disse:
- Você sua, hein?!
Ele puxou-a, lascou um beijo e respondeu:
- Também vô sê seu, princesa! É nóis na fita!

Thursday, February 26, 2009

Quarta feira de cinzas



Agora como diz um amigo, é só recolhimento e oração neste restinho de ano...

Friday, February 20, 2009

3 anos


Este blog fez 3 anos neste mês de fevereiro.
Ainda continua sendo minha diversão, meu desanuviador de pensamentos...
We'll be back depois do carnaval com mais flexões e reflexões.
Agora é encher o cabeção de álcool e fazer da jaca minha pantufa pelos próximos 5 dias.

Fundamentalismo obâmico


Há uns dias um chimpanzé revoltado foi abatido a tiros pela polícia de Connecticut. Um desenhista aproveitou a história e a conjuntura econômica para criar esta charge onde depois de matar o chimpanzé o policial diz "Eles vão ter que achar algum outro para escrever o próximo plano econômico".
Parece que a piadinha tá causando furor nos EUA.
Há até quem tenha visto nesta charge publicada pelo NY Post uma sugestão para que o presidente Barack Obama seja assassinado...
O mundo anda mesmo estúpido.

Diogo acertando na mosca


Apesar do copyright da Abril, tive que reproduzir na íntegra este artigo do podcast do Diogo Mainardi. Quanto mais gente ler melhor:

- Hamas, Hamas, os judeus na câmara de gás.
O bordão foi entoado na Holanda, durante uma passeata organizada por grupos de esquerda para protestar contra a batalha de Gaza. Dois parlamentares do Partido Socialista participaram da passeata.
O antissemitismo? Foi tomado pela esquerda. Gadi Luzzato Voghera é autor de um ensaio sobre o assunto, "Antissemitismo à esquerda", da editora Einaudi. Professor da universidade de Veneza, judeu e esquerdista, ele comparou a cumplicidade da esquerda européia com o Hamas à cumplicidade da esquerda européia com o stalinismo. Assim como os intelectuais de esquerda, no passado, se recusaram a condenar o totalitarismo de Stalin e o caráter assassino de seu regime, os intelectuais de esquerda, atualmente, acobertam o totalitarismo do Hamas e o caráter terrorista de seu regime - são os Jean-Paul Sartre do Hamas.
O antissemitismo de esquerda é camuflado como antissionismo. Para poder colaborar abertamente com os assassinos do Hamas, os antissemitas de esquerda falsificaram a história, associando os terroristas palestinos aos grupos anticolonialistas do século passado ou ao movimento contra o apartheid na África do Sul, como se Israel fosse um império colonial ou um regime segregacionista. Pior: eles igualaram Gaza ao gueto de Varsóvia, como se Israel fosse a monstruosidade nazista. Em nome do antissionismo, a esquerda acolheu alegremente o despotismo do Hamas, o fundamentalismo religioso, a opressão das mulheres e a retórica genocida contra os judeus.
De setembro para cá, o antissemitismo de esquerda ganhou o impulso da crise financeira internacional. De acordo com uma pesquisa realizada em sete países europeus, 31% dos entrevistados culparam os judeus pelos desastres da economia mundial. É o retorno em grande escala daquele arraigado preconceito antissemita do judeu agiota, do judeu conspirador, do judeu inescrupuloso, do judeu golpista. Agora é a vez do judeu do subprime, do judeu dos ativos tóxicos, do judeu capitalista. Os novos Protocolos dos Sábios do Sião afirmam que o neoliberalismo é obra de judeus apátridas, como Bernard Madoff, e que só a esquerda pode extirpá-lo, com um vigoroso Pogrom keynesiano de investimentos estatais.
A esquerda nem sempre foi assim. Eu, como Tristram Shandy, relato o que aconteceu antes de meu nascimento, quando ainda estava acomodado no útero materno. Passei a gravidez num kibbutz, em Israel. O kibbutz Ashdot Iaakov, pertinho do mar da Galiléia, aos pés das colinas de Golan. Data: 1962. Lá estou eu, boiando no líquido amniótico. Lá está ela, minha mãe, aos 27 anos, grávida de mim, trabalhando na creche do kibbutz. Lá está ele, meu pai, colhendo uvas no vale do Jordão. E lá está ele, meu irmão, aprendendo hebraico na escola. Nenhum deles era - ou é - judeu. O que faziam num kibbutz? Experimentavam a vida comunitária, aquele ideal socializante de irmandade e de partilha dos bens. O ideal socializante, agora, é outro:
- Hamas, Hamas, os judeus na câmara de gás.

Diogo foi absolutamente na mosca aqui. O resto, como diz a Marie, são secos e molhados.

Love me two times


Fuck it all...

Thursday, February 19, 2009

Separados por uma Glória Perez

Ou por um pontinho vermelho na testa:

Zé de Abreu visual Caminho das Índias e Uncle Fester...
Tenho que mandar essa pro Kibe Loco!

Wednesday, February 18, 2009

Do céu

No melhor estilo Yann Arthus Bertrand, este é o interior do Mato Grosso do Sul visto do céu:




















E foi o melhor que consegui com uma Sony Cybershot a bordo de um teco-teco Cessna tremelicante.

O homem que sabia demais


Senador Jarbas Vasconcelos nas Amarelas da Veja:

"Sarney vai transformar o Senado em um grande Maranhão.A moralização e a renovação são incompatíveis com a figura do senador."

"O nível dos debates aqui é inversamente proporcional à preocupação com benesses. É frustrante."

"Renan é o maior beneficiário desse quadro político de mediocridade em que os escândalos não incomodam mais e acabam se incorporando à paisagem."

"Mas a maioria dos peemedebistas se especializou nessas coisas pelas quais os governos são denunciados: manipulação de licitações, contratações dirigidas, corrupção em geral. A corrupção está impregnada em todos os partidos. Boa parte do PMDB quer mesmo é corrupção."

"Com o desenrolar do primeiro mandato, diante dos sucessivos escândalos, percebi que Lula não tinha nenhum compromisso com reformas ou com ética."

"O grande mérito de Lula foi não ter mexido na economia. Mas foi só. . É um governo medíocre. E o mais grave é que essa mediocridade contamina vários setores do país."

"Ele fez essa opção clara pelo assistencialismo para milhões de famílias, o que é uma chave para a popularidade em um país pobre. O Bolsa Família é o maior programa oficial de compra de votos do mundo."

"A classe política hoje é totalmente medíocre. E não é só em Brasília. Prefeitos, vereadores, deputados estaduais também fazem o mais fácil, apelam para o clientelismo."

" O escândalo chocava até cinco ou seis anos atrás. Mas é fato que o comportamento do governo Lula contribui para essa banalização. Ele só afasta as pessoas depois de condenadas, todo mundo é inocente até prova em contrário."

"Eu não subestimo o poder de um marqueteiro, da máquina do governo, da política assistencialista, da linguagem de palanque. Tudo isso estará a favor de Dilma."

Parabéns a essa rara sinceridade em um homem público. Palmas ao senador.

Friday, February 13, 2009

JP Coutinho


Entrevistas com João Pereira Coutinho na Dicta & Contradicta. Imperdíveis.

Wednesday, February 11, 2009

Izima Kaoru









Eutanásia


O cartaz diz: "Manter vivo este portador de uma doença hereditária custa à comunidade 60.000 marcos. Cidadão, este também é o seu dinheiro!".
Acho que não preciso dizer nem de onde e nem de quando é esta propaganda pró-eutanásia.
A italiana Eluana, em coma há 17 anos faleceu esses dias. Acho que nem ela aguentou a discussão que seu caso gerou e resolveu ir-se de vez.
Há imensos dilemas éticos por trás de um assunto como a eutanásia. Eu por exemplo não gostaria de ter minha vida prolongada artificialmente por aparelhos, como Eluana tinha. Mas nunca me arriscaria a decidir pela vida dos outros.
Como nas discussões sobre o aborto, tem gente que milita por uma banalização da morte. Tem gente que levianamente defende a legalização do aborto para combater a criminalidade (como nosso ministro Temporão, baseado em Freakonomics). E tem gente que acha que a eutanásia deveria ser usada para abreviar o sofrimento de muita gente, liberar leitos de hospitais e etc.
Muita calma nessa hora. É preciso lembrar que em um momento recente da nossa história, um povo perfeitamente civilizado decidiu que o horror das palavras desse cartaz fosse considerado racional.
E é preciso pensar muito para que esse horror não se repita.

Tuesday, February 10, 2009

Feudalismo brasileiro


O homem queria ser Corregedor da Câmara dos Deputados!!
Ele era vice presidente da Casa!!
Um homem que não pagava o INSS de seus empregados!!
O homem que queria ser Corregedor mas que de cara declarou que nunca iria denunciar um colega por causa desse vício insanável da amizade!!
É ele, Edmar Moreira, o dono de um castelo, brega, mas um castelo de 20 milhões não declarado à Receita no sertão das Minas Gerais.
O pior é que escória como essa continua sendo eleita nos quatro cantos do Brasil. É como o Jabor disse na CBN, há o feudo dos Sarney no Maranhão, o feudo de Newtão em Minas, o feudo de Jader Barbalho no Pará. Esse aí só fez coroar seu feudo com um castelo. E além de corrupto e canalha ainda vai ser chamado de cafona o resto da vida, embora cafonice não esteja prevista no código penal como deveria.
E o Zé Sarney foi pego agora negociando informações secretas para ajudar seu filhote a se livrar de investigações da PF.
Com efeito, nada parece mudar muito nesse ninho de cobras e ratos que é a nossa política, mas se há uma coisa que pode ajudar a melhorar é a atitude do partido em relação aos canalhas pegos em flagrante.
Se você quiser aprender a escolher um partido, observe como ele trata seus filiados suspeitos.
O PT por exemplo sempre protegeu seus mensaleiros e aloprados. A culpa sempre ia para a imprensa.
Sob pressão do DEM, Edmar renunciou ao cargo e provavelmente será expulso do partido. Assim como Edison Lobão foi expulso.
Agora se há um partido que adora recolher o lixão na mesa, adivinhem qual é.
É o PMDB, esse partido de feudalistas, sem idéias nem programas mas com uma sede incrível por mamatas. É lá que o Edmar vai acabar, querem apostar quanto?

Os bons canibais


Quatro índios Kulina conhecidos como Gracinho, Messias, Tucumã e Macaquinho mataram, esquartejaram e comeram parte das vísceras do fazendeiro Océlio Alves de Carvalho de 21 anos, com quem tinham reconhecidamente boas relações.
A história saiu na CNN antes de ser conhecida por aqui, vá saber a razão.
Agora os meigos e bons selvagens fugiram para o mato, e pela legislação a PM e a Polícia Civil não podem entrar na aldeia para investigar nada. Ou seja, nada vai acontecer com os criminosos.
Ah, não pode chamar de criminoso. Algum antropologista desses que defendem os povos da floresta provavelmente dirá que é parte da cultura lá deles que precisa ser respeitada. Afinal Hans Staden já descrevia canibais no Brasil lá pelo século XVI...
O fato é que há territórios no Brasil onde nosso Estado não vale nada. Agora quem mora ali naquelas bandas se pergunta: quem poderá nos defender? O Chapolin Colorado?
Seja nas favelas cariocas, nas reservas indígenas ou nos assentamentos do MST, o que acontece lá dentro só Deus sabe. E criminosos, senhores absolutos de seus territórios e autores das próprias leis são protegidos pela ausência do Estado, e pela conivência de ONG's e movimentos sociais.

O violinista no metrô


Em uma manhã fria de Janeiro, um violonista se pôs a tocar em uma das estações de metrô mais movimentadas da cidade de Washington.
Era a hora do rush, e calcula-se que milhares de pessoas passaram pelo violinista.
Um homem de meia idade, ao ouvir a música desacelerou o passo, virou-se para escutar, mas logo retomou seu caminho.
Uma mulher, sem parar de andar atirou um dólar ao violinista.
Um outro homem encostou-se na parede para ouvir, mas olhando o relógio afastou-se novamente.
Algumas crianças paravam, mas logo eram puxadas pelas mães apressadas.
Em 45 minutos, somente 6 pessoas pararam e escutaram um pouco. Outras 20 deram algum dinheiro.
No fim ele recolheu 32 dólares em notas e moedas.
Nenhum aplauso ou cumprimento. O rush no metrô continuava em seu ritmo frenético.
Ninguém ali sabia, mas o violinista era Joshua Bell, um dos melhores músicos do mundo, tocando as mais complicadas peças de Bach em um violino Stradivarius de 3,5 milhões de dólares.
Dois dias antes Joshua tinha lotado um teatro em Boston com ingressos de mais de 100 dólares.
O "stunt" foi organizao pelo jornal Washinton Post, interessado na percepção, gosto e prioridades das pessoas.
A idéia era saber se as pessoas conseguem perceber e parar para apreciar alguma coisa bela em um ambiente comum em uma hora inapropriada.
E a conclusão é: se não conseguimos perceber um dos músicos mais talentosos do mundo tocando uma das melhores músicas jamais escritas, quantas outras coisas menores não estamos perdendo?

A história toda dessa experiência está aqui.

Thursday, February 05, 2009

Wall Paint



Crazy stuff...

Wednesday, February 04, 2009

Torna-te aquilo que és


O Rabino Sússia, um santo homem, chorava sentidamente no seu leito de morte.
Os discípulos perguntaram: "Por que chorais, se fostes sempre tão piedoso? Porventura temes que o Senhor pergunte por que não fostes um Averróes ou um Avicena?"
"Não", responde o rabino, "na verdade receio é que Ele me cobre: "Sússia, por que não fostes Sússia?"

The big dick


Oscar Niemeyer, nosso arquiteto-mor fossilizado em vida, comunista jurássico, defensor de Stálin e amigo do coma-andante Fidel fez um projeto de uma Praça da Soberania a ser instalada na Esplanada dos Ministérios em Brasília para comemorar sabe-se lá o quê.
O polêmico projeto já está famoso com o codinome Pirocão do Niemeyer.
Ao contrário dos colegas blogueiros Frodo Balseiro e Jus Indignatus que acharam a piroca grande demais e já prevêm falcatruas nas licitações, eu digo que sou a favor do monumento, desde que uma estátua representando o povo brasileiro seja colocada sentada na ponta do pirocão.

Wagner & Beethoven



Impagáveis...
Mais uma dica da adorada Janaína do Arrastão!

Tuesday, February 03, 2009

2014


Figurões da FIFA, Ricardo Teixeira e sua corte de cartolas estão visitando Campo Grande hoje para vistoriar a cidade.
A cidade anda toda enfeitada, cortaram a grama, taparam os buracos, pintaram as calçadas... Os funcionários públicos municipais estão em ponto facultativo. Tudo para receber este grandissíssimo picareta.
Campo Grande disputa com Cuiabá uma vaga para ser uma sub-sede da Copa de 2014.
Sub-sede do centro-oeste quer dizer que provavelmente os campo grandeses terão que assistir aqueles jogos importantes tipo Croácia e Emirados Árabes, e eu ainda serei obrigado a vestir aquela camisa de toalha de cantina para torcer pelos croatas.
O que a população em geral espera é que a infraestrutura da cidade, a limpeza pública, os meios de transporte e etc. melhorem com a nomeação.
O absurdo é ter que esperar que uma Copa do Mundo aconteça na cidade para essas melhorias sejam feitas.
O cúmulo do absurdo é ter que puxar o saco do Ricardão para que a Copa seja aqui.

Esclarecimentos


Só para esclarecer e prometo não falar mais no assunto:
1. Eu gosto de festa, sexo, cerveja e rock 'n roll. Não sou monge nem exemplo para ninguém, mas tenho valores pelos quais procuro sempre me guiar.
2. Religião para mim é assunto de foro íntimo, uma busca pessoal, por isso não aceito que venham me impor um ponto de vista me chamando de ignorante ou infiel.
3. Respeito ateus e agnósticos. Só acho mais razoável acreditar na existência de algo maior por trás de tudo, que estamos nesta vida em alguma espécie de aprendizado. Mas esta é só a minha opinião e eu não fico por aí pregando na esquina ou tentando converter os outros.
4. Há religiões que oferecem "guidelines" para que a pessoa encontre paz e conforto. Respeito isso. Há outras, que nunca deveriam ser chamadas de religião, que fazem lavagem cerebral como a cientologia. Há os talibans que forçam você a se converter ou a ser decapitado, e outros que usam fiéis como bombas humanas. Há outras que se aproveitam das necessidades espirituais do povo com o propósito de enriquecer seus fundadores e nesse ponto, acho o Edir Macedo e a Bispa Sônia verdadeiros crápulas (e como disse o pastor da Renascer, se eu estiver mentindo que o teto desabe sobre a minha cabeça...).
5. O ateísmo moderno não passa de uma outra religião que enxerga os outros como ignorantes obscurantistas. O cartaz nos ônibus dos ateístas me irrita tanto quanto adesivos Jesus Salva, discos do padre Marcelo Rossi ou Testemunhas de Jeová que vêm me acordar no sábado de manhã.
7. Minha única causa neste blog é defender os valores que fazem das democracias do ocidente, embora cheias de defeitos, o melhor lugar para se viver neste mundo. E é exatamente por causa da liberdade que temos aqui que tanta gente se atreve a meter o pau no nosso modo de vida. Outro dia apareceu um petista picareta aqui para defender o Hamas. Fui no blog do sujeito e descobri que ele mora em Miami. Assim é fácil né? Morar em Cuba, na China ou no Irã neném não quer?