O cartaz diz: "Manter vivo este portador de uma doença hereditária custa à comunidade 60.000 marcos. Cidadão, este também é o seu dinheiro!".
Acho que não preciso dizer nem de onde e nem de quando é esta propaganda pró-eutanásia.
A italiana Eluana, em coma há 17 anos faleceu esses dias. Acho que nem ela aguentou a discussão que seu caso gerou e resolveu ir-se de vez.
Há imensos dilemas éticos por trás de um assunto como a eutanásia. Eu por exemplo não gostaria de ter minha vida prolongada artificialmente por aparelhos, como Eluana tinha. Mas nunca me arriscaria a decidir pela vida dos outros.
Como nas discussões sobre o aborto, tem gente que milita por uma banalização da morte. Tem gente que levianamente defende a legalização do aborto para combater a criminalidade (como nosso ministro Temporão, baseado em Freakonomics). E tem gente que acha que a eutanásia deveria ser usada para abreviar o sofrimento de muita gente, liberar leitos de hospitais e etc.
Muita calma nessa hora. É preciso lembrar que em um momento recente da nossa história, um povo perfeitamente civilizado decidiu que o horror das palavras desse cartaz fosse considerado racional.
E é preciso pensar muito para que esse horror não se repita.
2 comments:
Senão vamos trocar um horror por outro.
Fingindo defender o erário, essa propaganda faz mesmo é a apologia da morte!
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