Saturday, April 21, 2007

A Fórmula de Deus II


Ainda falando sobre os últimos textos que li, aqui vai uma idéia bizarra tirada de A Fórmula de Deus de José Rodrigues dos Santos.
Primeiro é preciso saber que a física que conhecemos no nosso dia a dia é newtoniana, ou seja, usando variáveis como tempo, espaço e velocidade podemos determinar o movimento de todas as coisas no nosso mundinho. Einstein descobriu a relatividade e viu que o tempo a grandes velocidades na escala do Universo não é exatamente o mesmo que o tempo que vivenciamos aqui na Terra. Depois vieram as descobertas na física quântica, Heisenberg veio com seu Princípio da Incerteza e descobriram aqui ali, nas distâncias microscópicas do mundo das partículas a física também tinha regras diferentes. Isso tudo pode ser lido em “O Universo numa Casca de Noz”de Stephen Hawking. Desde então a Física tem buscado uma teoria do tudo que possa conciliar a física da relatividade com a física quântica, e que valha tanto para o universo como para o mundo sub atômico. Essa teoria do tudo seria capaz de determinar tanto o movimento de astros e estrelas como o de partículas desde o Big Bang até agora.
Teoricamente uma equação como essa nos faria capaz de descobrir o que aconteceu desde o início dos tempos no Big Bang até agora.Sabendo que a ação de cada partícula gera uma reação que se propaga no Universo, e sabendo como prever o movimento de cada partícula, um supercérebro seria capaz de prever com exatidão o que vai acontecer no nosso futuro. Até o que pensamos serem decisões nossas de livre-arbítrio seriam na verdade fruto de uma longa sequência de ações e reações.
Assim, nosso destino estaria verdadeiramente escrito nas estrelas...
Os chineses usam o I-Ching, o seu oráculo milenar para prever o futuro. No I-Ching moedas com ideogramas são atiradas para o ar e depois interpretam-se os resultados. Eles acreditam, e a Física lhes dá razão, que a posição em que as moedas caíram foram influenciadas pelo estado do universo inteiro naquele momento.
Existem no entanto duas coisas que nos tornam incapazes de conseguir ler nosso futuro. Uma é o Caos, outra o Infinito.
O Caos tem a ver com aquela velha história de que uma borboleta batendo as asas na África provoca um ciclone na Flórida. Uma causa diminuta porvoca uma sequência de eventos com gigantescas consequências. O Infinito pode ser explicado pelo paradoxo de Zenon. Se uma pessoa quiser andar até o final da sala por exemplo percorrendo a cada vez metade da distância que o separa do fim da sala ele nunca chegaria lá. Porque andará primeiro a metade da sala, depois a metade da metade e depois a metade da metade da metade e assim sucessivamente. Então, se cada minúscula mudança tem consequências enormes e a gente nunca sabe em que fração de tempo ou do espaço essa minúscula mudança vai acontecer, pois os dois são infinitos, lá se foi nossa chance de prever o futuro... A conclusão é que Alguém sabe de Tudo, mas não quer deixar que a gente saiba.

1 comment:

Anonymous said...

E o vazio? Onde fica?