American Gangster é o Tropa de Elite americano nos anos 70. Russel Crowe como Richie Roberts é um Capitão Nascimento mais desencanado e menos porreta. Mesmo assim é o policial honesto contra o império do tráfico de heroína de Frank Lucas, vivido por Denzel Washington. Lucas foi o negão que passou para trás até a máfia italiana em Nova York vendendo um produto com “o dobro da qualidade e metade do preço”. O filme faz uma radiografia verdadeira do tráfico (a história de Frank Lucas é real) desde a produção no sudeste asiático, passando pelo transporte através das tropas americanas no Vietnam e a distribuição nas ruas do Harlem. Frank Lucas organiza sua família como os italianos, seus irmãos cuidam da distribuição da droga e ele paira desapercebido acima da lei e dos inimigos, até que a investigação de Richie Roberts vai desconstruindo sua organização e a banda podre da polícia.
O filme mostra de forma implacável o flagelo das drogas embalado na contra-cultura da época, sobretudo na periferia de Nova York onde as primeiras vítimas do tráfico são, como no Brasil, os mais pobres. Há cenas tristemente marcantes como essa onde um bebê chora ao lado do corpo da mãe junkie, morta de overdose. Nem o parceiro de Richie escapa da heroína. Em certo momento Richie se pergunta se aquilo vale apena, e contando os soldados, os traficantes, os clubes, o dinheiro que gira, “se o tráfico acabar duzentas mil pessoas vão perder o emprego”.
Ridley Scott é um dos meus diretores favoritos, e este filme com certeza está à sua altura. É um retrato contundente desse lado escuro da América.
O filme mostra de forma implacável o flagelo das drogas embalado na contra-cultura da época, sobretudo na periferia de Nova York onde as primeiras vítimas do tráfico são, como no Brasil, os mais pobres. Há cenas tristemente marcantes como essa onde um bebê chora ao lado do corpo da mãe junkie, morta de overdose. Nem o parceiro de Richie escapa da heroína. Em certo momento Richie se pergunta se aquilo vale apena, e contando os soldados, os traficantes, os clubes, o dinheiro que gira, “se o tráfico acabar duzentas mil pessoas vão perder o emprego”.
Ridley Scott é um dos meus diretores favoritos, e este filme com certeza está à sua altura. É um retrato contundente desse lado escuro da América.