Wednesday, April 05, 2006

A marcha dos pinguins (e da vida)


Assisti ontem o documentário The March of the Penguins (originalmente La Marche de l’Empereur) de Luc Jacquet. O filme se tornou a maior bilheteria em documentários depois de Farenheit 9/11, e se você ainda não viu deveria ver.
Na Antártica, um dos mais inóspitos ambientes do planeta, o filme mostra como os pinguins imperador voltam a cada ano ao lugar onde nasceram, para encontrar uma parceira e juntos conseguirem fazer sobreviver a espécie. A marcha de até 70 milhas que pode levar várias semanas começa em abril. O acasalamento ocorre no final do verão antártico e durante todo o inverno são os machos que chocam os ovos enfrentando temperaturas de até –80°C e ventos de 100km/h. Enquanto isso, as fêmeas voltam ao mar para buscar comida para os filhotes que vão nascer. A dureza das condições e o esforço desmesurado dos pais são de comover. Percebemos aí o quanto é grandiosa a perfeição alcançada pela vida em milênios de evolução.
E isto falando de uma espécie em um continente onde a vida é rara e difícil, porém onde o homem ainda não causou maiores danos.
Existem milhões de outras espécies vivendo em ambientes ameaçados pela atividade humana. Espécies que também lutam desesperadamente para sobreviver.
E enquanto isso nós humanos, parecemos não respeitar nem mesmo nossa própria espécie, que dirá as outras. A perda da biodiversidade é irreversível. A natureza é um imensurável banco de dados genético que precisamos a todo custo manter, pois nossa sobrevivência dependerá disso.
Esse filme, antes de tudo, nos dá um novo respeito pela vida.

1 comment:

Anonymous said...

Fiquei chocado ao saber que os machos chocam.

Scot