Condoleezza Rice é há 7 anos a mulher mais poderosa do planeta. Eu aprendi a gostar da negona, imagino o quanto ela teve que suar para chegar onde está. Na Conferência de Annapolis que se prepara, Condie pode, se tudo der certo, ser coroada com um triunfo diplomático perseguido pelos EUA desde Jimmy Carter, um acordo definindo um Estado Palestino e a paz em Israel. Ela pode conseguir, já que pela primeira vez há um presidente palestino e um premiê israelense com vontade de encerrar o assunto. Mahmoud Abbas quer mostrar a seu povo que é uma opção melhor que o Hamas, e Ehud Olmert que vive à sombra de Sharon quer legar a paz ao seu povo.
Em uma entrevista à Newsweek, Condoleezza Rice falou sobre como sua experiência de ser uma mulher negra na América branca moldou seu pensamento em relação à questão palestina. Rice cresceu ouvindo seus pais lhe ensinarem que cair na auto-vitimização era inútil. Enquanto seus pais lhe davam orgulho, ela sentia na pele o que era se sentir impotente, com muitos raivosos jovens palestinos se sentem hoje. “A prolongada experiência de depravação e humilhação pode radicalizar pessoas normais” ela disse a oficiais israelenses e americanos em Jerusalém. Inspirada em Martin Luther King e na não-violência como caminho para o orgulho, ela compara a cidadania para os palestinos com o que significou o Civil Right Acts para os negros americanos.
Eu acredito que a história dos negros no Brasil não tenha nada a ver com a história dos negros americanos. Quem não acredita deveria ler Gilberto Freyre. Os negros se misturaram em nosso sangue e cultura como em nenhum lugar do mundo. Não é a toa que 41% da nossa população é mestiça, enquanto os negros auto-declarados são 6% (IBGE). A idéia de racismo no Brasil em si é ridícula, já que quase ninguém pode afirmar suas origens com 100% de certeza. Há racismo no Brasil? Eu acredito que sim, ainda arraigado na cabeça de gente ignorante. Só que esse racismo não se traduz em dados econômicos como o movimento negro quer fazer crer. As pesquisas são manipuladas para mostrarem que negros ganham menos, morrem mais etc...É mentira. Se quer uma pesquisa justa, com dados corretos, que se comparem alhos com alhos e bugalhos com bugalhos. Um branco, pobre, com ensino básico, 4 filhos, morador da zona rural de São Paulo, ganha mais do que um negro, pobre, com ensino básico, 4 filhos, morador da zona rural de São Paulo? Um negro, rico, dois filhos, ensino superior, ganha menos do que um branco nas mesmas condições? Nenhuma pesquisa mostra isso.
Por isso o Estatuto de Igualdade racial no Brasil não faz sentido nenhum. E as cotas nas universidades, em vez de melhorarem a situação vão criar um apartheid onde não havia. Vamos agora olhar a cara de todo mundo e decidir quem é negro e quem não é, como os belgas faziam em Rwanda dividindo a população entre hutus e tutsis.
O movimento negro no Brasil é formado por uma minoria quer conseguir direitos excepcionais, contra nossa constituição e contra nossa formação sociológica. Eles deveriam aprender com Condoleezza Rice que é com orgulho, e não com vitimismo que se constróem pontes entre os povos.
Em uma entrevista à Newsweek, Condoleezza Rice falou sobre como sua experiência de ser uma mulher negra na América branca moldou seu pensamento em relação à questão palestina. Rice cresceu ouvindo seus pais lhe ensinarem que cair na auto-vitimização era inútil. Enquanto seus pais lhe davam orgulho, ela sentia na pele o que era se sentir impotente, com muitos raivosos jovens palestinos se sentem hoje. “A prolongada experiência de depravação e humilhação pode radicalizar pessoas normais” ela disse a oficiais israelenses e americanos em Jerusalém. Inspirada em Martin Luther King e na não-violência como caminho para o orgulho, ela compara a cidadania para os palestinos com o que significou o Civil Right Acts para os negros americanos.
Eu acredito que a história dos negros no Brasil não tenha nada a ver com a história dos negros americanos. Quem não acredita deveria ler Gilberto Freyre. Os negros se misturaram em nosso sangue e cultura como em nenhum lugar do mundo. Não é a toa que 41% da nossa população é mestiça, enquanto os negros auto-declarados são 6% (IBGE). A idéia de racismo no Brasil em si é ridícula, já que quase ninguém pode afirmar suas origens com 100% de certeza. Há racismo no Brasil? Eu acredito que sim, ainda arraigado na cabeça de gente ignorante. Só que esse racismo não se traduz em dados econômicos como o movimento negro quer fazer crer. As pesquisas são manipuladas para mostrarem que negros ganham menos, morrem mais etc...É mentira. Se quer uma pesquisa justa, com dados corretos, que se comparem alhos com alhos e bugalhos com bugalhos. Um branco, pobre, com ensino básico, 4 filhos, morador da zona rural de São Paulo, ganha mais do que um negro, pobre, com ensino básico, 4 filhos, morador da zona rural de São Paulo? Um negro, rico, dois filhos, ensino superior, ganha menos do que um branco nas mesmas condições? Nenhuma pesquisa mostra isso.
Por isso o Estatuto de Igualdade racial no Brasil não faz sentido nenhum. E as cotas nas universidades, em vez de melhorarem a situação vão criar um apartheid onde não havia. Vamos agora olhar a cara de todo mundo e decidir quem é negro e quem não é, como os belgas faziam em Rwanda dividindo a população entre hutus e tutsis.
O movimento negro no Brasil é formado por uma minoria quer conseguir direitos excepcionais, contra nossa constituição e contra nossa formação sociológica. Eles deveriam aprender com Condoleezza Rice que é com orgulho, e não com vitimismo que se constróem pontes entre os povos.
4 comments:
Falou bonito, mas discordo totalmente, querido Fernando. Lá na Deborah comentei sobre o assunto depois de ler as impressoes muito interessantes dela sobre preconceito.
Preconceito existe, e, embora ainda nao consiga me decidir sobre apoiar ou nao as cotas (acho simplório comecar por cima com o ensino fundamental precário como temos!), deve ser combatido com medidas paternalistas, sim. Negros bem-resolvidos com sua raca como a Senhora Ricce existem e sempre vao existir. Mas infelizmente sao minoria!
A sutileza de nosso racismo passa despercebida para os de pele clara (pois como você bem disse e Giberto Freyre provou), somos miscigenados demais para criarmos distincoes. E por ser tao indireta, ao contrário dos EUA, é que muita gente nao consegue encará-la como preconceito.
Temos sérios problemas de indentificacao no Brasil.O censo de 1980 mostrou nossa confusao racial com 136 cores de pele citadas! Imagina isso!
Bjs,
Clarisse
Sou fã da condi também, e diga se de passagem: negona não, neguinha, já que ela é magrelinha e pequenininha. Mas a danada é macha!!!Ela é fera! Muito fera!
Quanto a preconceito, isso existe no mundo inteiro, não só contra os negros,mas com gordos também por exemplo. Não só racial, mas preconceito econômico, religioso etc, eu mesmo sofro o maior preconceito, apesar de ser branca, alta, magra, rica, vcs nem imaginam como sou hostilizada, e sofro preconceitos, todo mundo acha que sou fazendeira por herança ou por "golpe do baú" (hahaha), ninguém a primeira vista acha que tenho méritos além dos externos.
Cultura derrotista é um grande atraso, é isso que penso, e nossa cultura é assim, vitimista.Concordo com vc Fernando, mais uma vez.
Acho até que deveria haver uma data comemorativa do dia da consciência negra sim, mas não um feriado.
Qualquer preconceito é bobagem.
Minha tataravó foi casada 8 vezes e dizem que o último marido fora casado com uma filha dela, os dois fugiram e foram "felizes para sempre" é a notícia que tenho. Será que minha tataravó sabia o que era machismo? Acho que não, aliás, acho que ela nunca deu a mínima para isso!
1) A gente tem tanto preconceito que acha que negro nao consegue subir na vida por conta propria. Sao mesmo cidadaos de segunda classe, precisam de empurrao, senao nao sobem.
2) Peguem os dados americanos e vejam depois de 30 anos como anda a sociedade negra. Quase na mesma. Estao ainda esperando o maná cair dos ceus para eles, nao levantam a bunda por nada desse mundo. Como grupo, a latinada ja passou na frente. Nao ganham incentivo nenhum.
3) Aprendi a ter preconceito no exterior. No Brasil, nao tinha.
Pensando sobre:
Concordo sim com as cotas pelo menos por um período, vá à uma Universidade Pública e veja quantos negros há lá, pelo menos aqui em São Paulo. Outra coisa, querendo ou não o Brasil tem uma dívida enorme com os negros, viveram sob a escravidão por um longo período, depois disseram que estavam livres, mas quem tinha emprego, "Se vira, meu nego". É fácil falar quando a cor da sua pelo ajuda, te dá um cartãozinho de visita, por mais malandro que você seja...Ah, não sou negra na pele, mas desde minha bisa era negra, negra.
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