Acabei de ler “Stálin, na Corte do Czar Vermelho” de Simon Sebag Montefiore. O livro narra a vida pós 1917 de Stálin e de seu círculo mais próximo, família, amigos e companheiros revolucionários. Montefiore teve um acesso inédito a cartas que Stálin mandava e recebia, além de ter podido entrevistar gente ainda viva que efetivamente conviveu com o ditador. O resultado é uma nítida impressão do cotidiano e da vida íntima do homem que comandou a União Soviética desde a morte de Lênin até o fim da II Guerra Mundial. O livro mostra também toda a degradação moral do socialismo stalinista. O que impressiona é a escala de grandeza da mortandade que os comunistas patrocinaram sob o comando geral de Ióssif Stálin. Foram milhões de camponeses fuzilados e deportados, outros mhlões a morrerem de fome enquanto seus grãos eram confiscados pelo partido para financiar a indústria soviética. A Nouvel Observateur trouxe na semana passada os relatos de horror dos que sobreviveram aos goulags comunistas. Quantas vidas desperdiçadas sem motivo, quantos seres humanos traumatizados. Gente como eu e você, que em um goulaga matava e morria por um pedaço de pão. Depois as perseguições políticas contra elementos anti-soviéticos. Stálin e seus comissários assinavam diariamente sentenças de morte para centenas de milhares de pessoas. As vezes o motivo da condenação era um sobrenome ou um parentesco distante, ou ler o livro errado. E depois a II Guerra onde o ataque nazista somada à incompetência do Alto Comando foi responsável pela morte de 12 milhões de soviéticos.
Simon Sebag Montefiore narra com detalhes as intrigas, os ciúmes, a loucura, o patrulhamento ideológico e a depravação dos bolcheviques do alto escalão. Na fúria do terror, Stálina chegaria a condenar à morte ou à prisão e tortura antigos amigos e até membros da própria família. Uma leitura indispensável sobre um dos maiores assassinos da história, para quem quer entender os mecanismos do totalitarismo.
Simon Sebag Montefiore narra com detalhes as intrigas, os ciúmes, a loucura, o patrulhamento ideológico e a depravação dos bolcheviques do alto escalão. Na fúria do terror, Stálina chegaria a condenar à morte ou à prisão e tortura antigos amigos e até membros da própria família. Uma leitura indispensável sobre um dos maiores assassinos da história, para quem quer entender os mecanismos do totalitarismo.
3 comments:
Outro dia, para conseguir entender melhor o que foram estas formas de autoritarismo e congenêres eu resolvi "tentar" sentir na pele o que aquele pessoal passou, pois sinto o maior aperto no peito, ao simples imaginar o que eles sofreram.
Tinha acabado de conversar ao telefone, com um magistrado amigo meu, tinha falado horrores a respeito do Lula, pessoa física e pública, e como líder de nossa república, fiz chacotas de baixissímo calão. Daí imaginei que a Polícia Inteligente do planalto tinha escutado minha ligação. Credo! Me deu até calafrios, pois imaginei a morte que teria, lenta, insuportavelmente dolorosa... Fiquei com medo! Muito medo!
Graças à Deus vivemos em um País onde eu "ainda" posso externar os meus sentimentos, por piores que eles sejam!
E.Tempo: Tive dó do meu amigo magistrado também, pois acho que a morte dele seria pior que a minha.
Alessandra, falou tudo: "ainda" pode fazer isso. As bruxas ja estao sendo cacadas, vide pesquisadores do IPEA. Calma que a sua hora ainda chega...
:-)
Este eu não vou conseguir ler, não, Fernando. Passo mal com estas coisas. De verdade!
Loucura a este ponto me perturba profundamente.
Stálin, Mao, Robespierre, Hitler, aquele cara do Camboja: tenho arrepios só de pensar.
Credo!
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