Saturday, November 10, 2007

Vitória no Iraque


Mario Vargas Llosa escreveu na Cuarta Pagina do El País de domingo passado, comentando um artigo intitulado Missão Cumprida que o inglês Barttle Bull, especialista em Oriente Médio escreveu para a revista Prospect. Guardei esse jornal a semana toda só para escrever sobre ele aqui.
A impressão que temos hoje quando se fala no Iraque é a de que a invasão americana foi um verdadeiro desastre, e que Bush é bem pior do que Saddam para os iraquianos.
Em seu artigo Bull deixa de lado a questão de se foi certa ou errada a invasão, algo que ele deixa para os historiadores do futuro julgarem.
Mas ele diz que o Iraque é hoje uma democracia cada vez mais sólida, onde as participações da população nas eleições é massiva. O país que parecia à beira da guerra civil está mais unido, e o separatismo de sunitas, xiitas e curdos se amainou.
Diz Vargas Llosa que embora seja obscena a comparação, as mortes desde a invasão se contam entre 80 e 200.000 dependendo das estimativas, mas ainda assim é muito menos do que o um milhão e meio que Saddam matou com suas guerras, chacinas e seu aparelho de repressão. E as mortes desde a invasão foram causadas muito mais por atentados de terroristas muçulmanos contra civis também muçulmanos do que por soldados estrangeiros.
A minoria sunita percebeu que se beneficiaria mais participando de um novo regime democrático junto com os xiitas do que se aliando ao terroristas da Al Qaeda. Agora o número de sunitas em cargos do governo e mesmo no Exército e na polícia iraquiana não para de crescer.
Em mais de metade das 18 províncias do país, a violência terminou quase completamente.
Há uma opinião generalizada, antiamericanista, na mídia internacional de que os Estados Unidos sairão do Iraque como saíram do Vietnam, expulsos por “resistentes”.
A verdade parece ser outra. Mario Vargas Llosa acredita que por enquanto são os terroristas que estão levando a pior, e tanto Hillary Clinton como Rudolf Giuliani prometeram ir retirando tropas sempre e somente na medida em que o exército iraquiano consiga substituí-las. E que talvez assim esse sacrifício de quatro anos e meio do povo iraquiano não tenha sido assim tão inútil.

1 comment:

deboraHLee said...

Well, Fernando.

Como tenho muita simpatia por você e adoro Vargas Llosa (como escritor, frise-se!), vou repensar aluguns pontos de vista que tenho em relação à invasão do Iraque. ;o)

bises.