Mario Vargas Llosa escreveu na Cuarta Pagina do El País de domingo passado, comentando um artigo intitulado Missão Cumprida que o inglês Barttle Bull, especialista em Oriente Médio escreveu para a revista Prospect. Guardei esse jornal a semana toda só para escrever sobre ele aqui.
A impressão que temos hoje quando se fala no Iraque é a de que a invasão americana foi um verdadeiro desastre, e que Bush é bem pior do que Saddam para os iraquianos.
Em seu artigo Bull deixa de lado a questão de se foi certa ou errada a invasão, algo que ele deixa para os historiadores do futuro julgarem.
Em seu artigo Bull deixa de lado a questão de se foi certa ou errada a invasão, algo que ele deixa para os historiadores do futuro julgarem.
Mas ele diz que o Iraque é hoje uma democracia cada vez mais sólida, onde as participações da população nas eleições é massiva. O país que parecia à beira da guerra civil está mais unido, e o separatismo de sunitas, xiitas e curdos se amainou.
Diz Vargas Llosa que embora seja obscena a comparação, as mortes desde a invasão se contam entre 80 e 200.000 dependendo das estimativas, mas ainda assim é muito menos do que o um milhão e meio que Saddam matou com suas guerras, chacinas e seu aparelho de repressão. E as mortes desde a invasão foram causadas muito mais por atentados de terroristas muçulmanos contra civis também muçulmanos do que por soldados estrangeiros.
A minoria sunita percebeu que se beneficiaria mais participando de um novo regime democrático junto com os xiitas do que se aliando ao terroristas da Al Qaeda. Agora o número de sunitas em cargos do governo e mesmo no Exército e na polícia iraquiana não para de crescer.
Em mais de metade das 18 províncias do país, a violência terminou quase completamente.
Há uma opinião generalizada, antiamericanista, na mídia internacional de que os Estados Unidos sairão do Iraque como saíram do Vietnam, expulsos por “resistentes”.
Há uma opinião generalizada, antiamericanista, na mídia internacional de que os Estados Unidos sairão do Iraque como saíram do Vietnam, expulsos por “resistentes”.
A verdade parece ser outra. Mario Vargas Llosa acredita que por enquanto são os terroristas que estão levando a pior, e tanto Hillary Clinton como Rudolf Giuliani prometeram ir retirando tropas sempre e somente na medida em que o exército iraquiano consiga substituí-las. E que talvez assim esse sacrifício de quatro anos e meio do povo iraquiano não tenha sido assim tão inútil.
1 comment:
Well, Fernando.
Como tenho muita simpatia por você e adoro Vargas Llosa (como escritor, frise-se!), vou repensar aluguns pontos de vista que tenho em relação à invasão do Iraque. ;o)
bises.
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