Tuesday, May 12, 2009

A Democracia Ameaçada


Denis Lerrer Rosenfield é filósofo, escritor, professor da UFRS. É também um dos mais argutos pensadores do país, e um dos que com mais clareza enxerga as armadilhas da esquerda no poder. Seus críticos o chamam direitista como se isso fosse ofensa.
Rosenfield é de direita como eu sou de direita. Como alguém que acredita na democracia e no capitalismo como ferramentas para que cada indivíduo possa evoluir com liberdade. Para que cada um busque livremente o caminho da própria felicidade. Não acreditamos naqueles que nos vendem utopias, que se auto proclamam profetas de um mundo melhor, que solapam as instituições e se agarram ao poder para impor aos outros a própria loucura. Nesse sentido, a Democracia Ameaçada é um obra fundamental para entender o Brasil do nosso tempo. Denis Lerrer Rosenfield analisa a esquizofrenia petista, entre a teoria na propaganda e a prática no poder. Ele fala das diferentes tendências petistas, do pragmáticos do campo majoritário aos leninistas da democracia social. De como FHC e o “neoliberalismo” se transformaram no novo bode expiatório das esquerdas.
Fala do uso da democracia participativa como forma de controlar decisões e minar a democracia representativa.
Lerrer evidencia a novilíngua petista, onde comunismo vira “uma sociedade justa e solidária’, os atentados contra a democracia viram “uma refundação do contrato social” e militância vira “cidadania”.
E fala principalmente da conivência com as ilegalidades cometidas em nome da “causa”, principalmente no que concerne o MST.
Analisando o MST, seus textos e hinos e suas diretrizes, Rosenfield mostra o objetivo real do MST, o combate ao capitalismo e à propriedade privada para instalar um regime marxista no Brasil. Mostra como os militantes são ideologicamente preparados desde crianças, e como o martírio pela causa encaixa na teologia da libertação e sua opção preferencial pelos pobres, como se condição social fosse pré requisito para a redenção. As Pastorais da Terra junto com o MST criaram uma religião marxista como se isso fosse possível, idolatrando por exemplo Che Guevara a despeito das centenas de cristãos que ele fuzilou.
O Reino de Deus do MST e da CPT é a utopia marxista na Terra. O MST e seus excluídos são o Povo escolhido, a luta pela causa seu martírio, e a revolução a redenção final.
É evidente que a reforma agrária é uma desculpa para o MST, já que ele não se interessa a mínima por que seus assentados se dêem bem na vida. Os índices de produtividade de assentamentos são a prova disso, assim com a falta de liberdade de ir e vir. O que o MST quer é sangue para a causa, como mostrou há poucos dias no Pará.

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