Saturday, November 25, 2006
Philippe Noiret
Dois papéis inesquecíveis que este imenso ator francês fez no cinema: Pablo Neruda em “O Carteiro e o Poeta” e o Alfredo de “Cinema Paradiso”.
Os dois são dos melhores filmes que já assisti na vida.
Quando assisti Cinema Paradiso é que percebi como o cinema é para mim, como foi para o garoto Salvatore, uma ferramenta na descoberta das emoções.
Só muitos anos depois é que Salvatore percebe o quanto fizeram falta aqueles beijos roubados das cenas dos filmes pelo padre Adelfio. Ao mesmo tempo o filme é a celebração da amizade entre ele e Alfredo, o homem que o levou para o cinema.
E é Alfredo quem o aconselha a sair da Sicília e ir para bem loge dali. No filme ele diz: “Você tem que ir embora por muito tempo, muitos anos, antes de voltar e encontrar seu povo. A terra onde nasceu. Mas agora não, não é possível. Agora você está tão cego quanto eu”...E aqui estou eu, já há 7 anos longe do Brasil...
Em Il Postino, descobri a poesia. O poder da palavra, seja na luta operária, seja para conquistar uma mulher. Como disse o carteiro Mario, interpretado por Massimo Troisi: “A poesia não é de quem a faz, é de quem precisa dela.”
Grande perda.
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3 comments:
Nobre amigo Fernando
É um prazer visitar a sua "Toca". Obrigado pelo convite. Com todo bom morcego, só posso ir onde me convidam...
Cinema Paradiso, gosto muito. E também gosto de ver com que sutileza a censura à arte foi criticada, mostrada como coisa inóqua e até ridícula, produto do atraso, do retrocesso.
Um dia super show, com bons ventos e ótimos vôos.
Um grande e fraterno abraço.
Voltei... Vigimariamãe! Como é que pude escrever inócua desse jeito aí? Deve ser o efeito do suco de cevada! Eh...Eh...Eh...
mais um abtração.
Não consigo pensar em Cinama Paradiso sem me emocionar, também, com os beijos roubados, e com a inocência roubada de nossa geração, q não viveu esses momentos mágicos!
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