Tuesday, March 17, 2009

Liberdade, por São Paulo


O que é a liberdade?
Como podemos ser livres?
São Paulo ajuda-nos a compreender esta realidade complicada que é a liberdade, inserindo este conceito num contexto de visões antropológicas e teológicas fundamentais.
Ele diz: "Esta liberdade não se torne um pretexto para viver segundo a carne, mas mediante a caridade ponde-vos uns ao serviço dos outros".
O Reitor já nos disse que "carne" não é o corpo, mas "carne" na linguagem de São Paulo é expressão da absolutização do eu, do eu que quer ser tudo e tomar tudo para si mesmo. O eu absoluto, que não depende de nada nem de ninguém, parece possuir realmente, de modo definitivo, a liberdade.
Sou livre se não dependo de ninguém, se posso fazer tudo o que quero.
No entanto, precisamente esta absolutização do eu é "carne", ou seja, é degradação do homem, não é conquista da liberdade: o libertinismo não é liberdade mas, ao contrário, falência da liberdade.

Discurso do papa Bento XVI à comunidade do pontifício seminário maior romano.
Mais uma vez agradecimentos à Lelê Carabina.

1 comment:

bete p.silva said...

Gosto muito desta letra, acho que é de Erasmo:

Por favor meu ego
Não dê força ao prego
Que nos põe contra a parede
Pra nos afogar de sede

Chove chuva na sua boca
E você não bebe
Há palavras, existem letras
Mas você não forma
As frases loucas que cultiva por aí

Fale pelos cotovelos, e pelos joelhos
Me critique sem razão
Se omitir não vale à pena

Mas não polua minha cultura
Não venha dividir comigo sua auto-censura
Me desencontre, não me prostitua
Se não seremos mais uma carcaça em desgraça por aí