Wednesday, March 11, 2009

Slumdog Millionaire


Slumdog Millionaire, ou Quem quer ser um milionário na tradução brasileira, é a história de um garoto de rua nascido na mais imunda e imensa favela da Índia, em Mumbai.
Enquanto ele, já grande, participa desse show televisivo de perguntas e respostas, vemos em flashback os detalhes de sua infância na favela, a morte da mãe muçulmana por radicais hindus, a violência, a miséria, a exploração, a esperteza nas ruas e a transformação de Mumbai em centro capitalista.
Aí descobrimos que ele está no show não atrás dos milhões mas atrás de seu grande amor, de quem ele se perdeu nas desventuras da orfandade.
O segredo do sucesso do filme não é difícil de se perceber. É a mesma história de Harry Potter ou do patinho feio, do sujeito que apanha e apanha a vida toda até ser recompensado no final. Essas histórias apelam todas aos nossos mais básicos sentimentos de compaixão.
Qualquer um na platéia no final do filme estará torcendo para que ele acerte a última pergunta e encontre Latika, seu amor (a belíssima indiana Freida Pinto).
É um filme excelente, mas não deixa de ser, apesar da crueza do cenário, uma historinha romântica de final feliz, bem Bollywood como sempre.
Houve gente que viu alguns paralelos entre esse filme, ganhador do Oscar e o filme brasileiro Cidade de Deus.
Pessoalmente acho que a única ligação entre os dois é o cenário terceiro-mundista, e o pessoal lá fora adora uma estética da miséria.
Mas entre a violência real de Cidade de Deus e o romantismo brega de Slumdog Millionaire, a Academia parece preferir o segundo.
Terceiro Mundo no tapete vermelho só se for com final feliz.

3 comments:

Sandra Leite said...

adoro suas críticas, moço!

clabrazil said...

Que inveja de você. Alemanha é o último país do mundo a receber filmes estrangeiros depois do Afeganistao!

Danny Boyle é maravilhoso... lembra de Trainspotting?

Beijim,
Cla

Anonymous said...

Fernandão,

Concordo com vc, a Freida Pinto é linda mesmo.

Mas me diga uma coisa, o que vc achaou da dancinha no final do filme, hehehehehe, muito hilária...

Abraços,

Bode