A inveja anda de casaco pelos corredores, diz a legenda dessa foto. Essa é a inveja corrosiva, destrutiva, amarela como a criada Juliana do primo Basíllio na obra de Eça.
É a inveja triste, masoquista.
Não é só querer o que o outro tem. É querer o que ele tem e querer mais ainda que você tenha e ele não. Pode ser um carro, um trabalho, uma mulher, dinheiro, o que for. Diz a estória que um gênio da lâmpada disse a um invejoso que ele lhe daria tudo o que desejasse, mas daria também o dobro ao seu inimigo. O invejoso respondeu: fure-me um olho.
Mas há invejas boas, as que te fazem trabalhar para conseguir o que se quer e não se tem. Eu por exemplo invejo pessoas que estão sempre de bem com a vida. Um dia aprendo com elas. Invejo os que realmente gostam do que fazem. Algo que estou tentando conseguir. Invejo os que saem viajando pelo mundo. Já fiz um pouco, farei mais.
E no entanto não preciso furar o olho de ninguém por isso...
Inveja de uma bunda em forma? Entre na academia e pare de se entupir de chocolate.
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