Wednesday, October 07, 2009

Terra sem lei


Este é o Correio do Estado, jornal de Mato Grosso do Sul, de hoje. A manchete chama a atenção para os novos métodos do ativismo indígena por aqui. Ontem os índios armados de arcos e flechas bloquearam as duas principais rodovias do Estado, incluindo o acesso a Campo Grande para quem vem de Cuiabá, por onde é escoada para os portos do Sul grande parte da produção agrícola do Mato Grosso.
A integração CPT/CIMI - MST - Índios parece estar dando certo, pelo menos na proliferação dos métodos de ataque.
Em uma nota no meio do jornal achei outra notícia interessante. A Polícia Federal de Ponta Porã entrou na aldeia de Taquapery (sim, a polícia normal não pode entrar em áreas indígenas, só a PF) para reprimir uma milícia dentro da aldeia que se auto-intitula Polícia Indígena. Entre os crimes da milícia estão formação de quadrilha, lesão corporal, cárcere privado e incêndio criminoso. A milícia foi criada por uma dissidência dentro da aldeia que se recusa a obedecer a liderança eleita pela maioria, e visa coagir e assustar os oponentes. Um dos líderes foi preso em abril com um tijolo de maconha. Na operação de ontem foram apreendidas armas brancas e um colete com a inscrição de Vice-Capitão.
Atenção que estes são crimes de índios contra índios. E nessas horas não aparece nenhum santo da Funai ou do CIMI para condenar quem quer que seja.
E se dentro da aldeia eles não tem lei, porque teriam fora dela, não é mesmo?
Se querem terras no Brasil, que ajam como brasileiros e que se submetam à lei como todos os outros brasileiros.

1 comment:

Guga Pitanga said...

É um absurdo realmente como, ao invés de lutar por direitos que talvez possam lhe ser atribuídos, os grupos indígenas estão utilizando de métodos violentos que a nada vai lhes trazer a não ser problemas.