Sunday, September 07, 2008

The Matrix


O pacato cidadão brasileiro que lê os jornais de hoje, ou que assiste ao noticiário na tv pode revoltar-se com os acontecimentos, mas raramente é capaz de entender a História como um fluxo de ações, de decisões críticas tomadas por gente de carne e osso, onde uma coisa leva à outra.
Este é aliás o tema de Critical Mass, livro de Philip Ball, um cientista que tenta explicar como as leis da física podem ser aplicadas ao comportamento da sociedade humana.
Sabe no teatro, quando alguém começa a bater palmas e o resto segue atrás até a sincronização do aplauso? Pois é, entender isso ajuda a entender outras coisas no comportamento social humano. Pequenas ações vão se juntando até chegar a um ponto onde uma massa crítica é atingida, e a partir daí as consequências do processo são irreversíveis.
Mas este post não é ainda sobre o livro de Ball, mas sobre um interessante ensaio de um certo Steven Yates, filósofo americano.
Yates usa o filme Matrix como uma metáfora da situação em que vivemos hoje. Diz ele que vivemos uma realidade artificial, onde somos treinados a não questionar nada, e a temer o que o governo nos diz que devemos temer. Só que ao invés de máquinas, somos controlados por uma superelite, um punhado de indivíduos muitas vezes anônimos que controlam principalmente a máquina financeira do planeta. Não são políticos, mas controlam os políticos. Ficção?
Vamos ver. Tome-se por exemplo a disputa entre índios e arrozeiros na Raposa Serra do Sol em Roraima. Está nos jornais do dia. O pacato cidadão pensa que se trata de uma reparação de danos sociais causados pelo homem branco aos nativos brasileiros. O pacato cidadão ignora que os índios são liderados por uma organização chamada Conselho Indigenista de Roraima, que por sua vez é financiado pela americana Fundação Ford.
A Fundação Ford tem em postos chave de sua diretoria, membros do Council on Foreign Relations, uma organização criada em 1921 por membros da elite financeira americana para promover o globalismo. A organização que precedeu o CFR era conhecida como Round Table Groups, a mesma que promoveu junto com governos europeus e americanos a criação da Liga das Nações, futura ONU.
Os Round Table Groups foram uma idéia de Cecil Rodhes, o milionário colonialista inglês que fez fortuna com ouro e diamantes na África do Sul. Rodhes era discípulo fervoroso de John Ruskin, professor de Oxford que pregava a idéia de espalhar os valores ingleses pelo mundo.
Rodhes, em seus empreendimentos na África foi financiado pelos Rotschild, o primeiro clã de banqueiros supranacionais da história (com filiais em Londres, Paris, Viena, Nápoles e Frankfurt).
A sociedade secreta criada por Rodhes (e que tinha um Rotschild em sua origem) teria o objetivo de promover um governo global sob controle anglo-americano.
Os Rotschild também ajudariam na criação de uma elite financeira americana, de onde surgiram J.P. Morgan e os Rockfeller. Essa elite também ajudou a criar os mecanismos de Banco Central e do serviço de impostos que na verdade controlam toda a vida financeira do país. Nas universidades americanas, muitas delas financiadas com o dinheiro da super-elite surgiriam outras organizações secretas, como a Skull&Bones, berço da CIA. Na última campanha presidencial americana, tanto John Kerry como Geroge W. Bush eram membros assumidos da Skull&Bones. Yates diz que para a super-elite, democratas e republicanos são farinha do mesmo saco. Só entra na Casa Branca quem tem o apoio deles.
Rodhes também dedicou parte de sua fortuna a um fundo para bolsas escolares, o Rodhes Scolarship. Bill Clinton foi por exemplo um dos que ganharam a bolsa para estudar em Oxford. Em seu governo os estados Unidos começaram a tomar parte em acordos como o Nafta e a endossar a chamada Agenda 21 da ONU, sobre desenvolvimento sustentável.
Foi também o vice de Clinton, Al Gore, quem disse por exemplo que os brasileiros eram incompetentes para cuidar da Amazônia, e que a floresta deveria ser deixada aos cuidados de uma organização internacional. A Agenda 21 prevê que a ONU controle todos os recursos naturais disponíveis no planeta.
Yates associa também à super-elite a criação de sistemas educacionais que praticamente arruinaram a capacidade do americano médio de ler e interpretar um texto que não seja de entretenimento ou de auto-ajuda, e de usar matemática simples sem a ajuda de calculadoras perturbando assim a capacidade de lógica da população. Desnecessário dizer que no Brasil temos o exato mesmo problema. São organizações financeiras também as que sustentam a maior parte dos estudos de história, piscologia e outras disiplinas acadêmicas.
Em outro aspecto, Yates associa as pesquisas de Kinsey à revolução sexual dos anos 60. Kinsey era financiado pela fundação Rockefeller, e seus relatórios sobre a vida sexual dos americanos contribui para dissociar para sempre sexualidade de moralidade, arruinando assim o princípio da família judaico-cristã.
O antiamericanismo que se dissemina pelo mundo também seria parte dos esforços da superelite em minar a identidade nacional americana em prol do supergoverno global.
Essa é a verdadeira Matrix. Indivíduos são cada vez mais impedidos de pensar, seja pela educação primária que recebemos, seja pela coerção das minorias globalistas.
Governos se fazem cada vez mais onipresentes em nossas vidas, e nossa ilusão de liberdade resume-se a escolhas sobre formas de nos entreter.
Há forças de todos os lados nos empurrando goela abaixo que um governo planetário e socialista é o melhor para todos. Abra os olhos.
Take the red pill.

3 comments:

bete p.silva said...

Sempre que leio aqui esses assuntos me assusto pacas, mas tenho aprendido bastante também.

Lelê Carabina said...

Muito claro o texto, o assunto é assustador; por outro lado não adianta muito se assustar ou indignar-se sem que haja uma , uma forma de combater e de proteger-se.
Sobre este Kinsey, eu lembrei deste artigo de Olavo "Autoridade moral da mentira" http://www.olavodecarvalho.org/semana/060102dc.htm
Eu fiz uma metáfora de idéia parecida na cha chatérrima aula de sociologia na faculdade, mas nada que se compare ao texto do fiolósofo hehe abraço.

Anonymous said...

Fernando, foi com alguma surpresa que li este post. Acho que já tinha comentado contigo sobre o documentário Zeitgeist, mas aproveito para te deixar um toque, se não viste, vê - está no Youtube, ou podes descarregar no site (procura via Google). Abraço / T