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A quem interessar possa, livres pensamentos sobre a salada do mundo em que vivemos... Um blog sobre política, arte, religião, cinema e tudo mais que me passar pela cabeça...
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Depois da era do dinheiro fácil, onde todo mundo recebia crédito a rodo, a marolinha do Lula chegou para trazer todo mundo de volta à Terra.
Hoje, esses grandes empresários estão todos com a corda no pescoço, precisando desesperadamente de crédito, alguns já quebrados, outros com dívidas impagáveis, outros estudando fusões e joint-ventures.
A quem eles recorrem nessa hora? Ao todo poderoso BNDES.
É interessante notar como o governo Lula está fazendo uma gigantesca reestatização da economia através do BNDES. Comprando ações das empresas em crise para tirá-las do sufoco, o BNDES já virou sócio dos maiores frigoríficos do país. E não vai parar por aí.
Coisa típica de socialista que adora essas empresas mastodônticas e mal geridas onde a chance de corrupção e intervenção é imensa.
Ah, mas um dia a casa cai.
O governo poderia ajudar muito mais a indústria brasileira (toda ela, não só seus sócios) de outras formas, como por exemplo mandar deputado parar de pagar passagem pra família visitar a Europa e duplicar uma BR163 que mata vários desgraçados por dia tentando transportar nossa produção agrícola para o porto.
Um outro exemplo? Nos procedimentos para a exportação de alimentos foi criado o Vigiagro, uma invenção estúpida para checar a qualidade do que é exportado. Só que é um trabalho que já havia sido feito pelo Serviço de Inspeção Federal e pelas secretarias de Defesa. É o governo checando o que já estava checado.
Isso atrasa uns três dias a exportação de qualquer coisa. Imaginem o valor de tudo o que o Brasil exporta em alimentos, três dias parado, a juros de 12%. Quanto vale o show?
O pior é que essa mentalidade burocrática parece ser um mal deste país bananeiro, parece ser absorvida por todo mundo. Levei um importador de vinhos holandês à Expovinis
O holandês desistiu daquilo e eu só não disse à cretina que nos proibiu de entrar o que ela deveria fazer com o convite porque mamãe me deu educação.
Para comprar um maldito caderno na papelaria preciso fazer um cadastro, o vendedor passa um pedido, eu pago no caixa e busco o raio do caderno no balcão de pacotes.
Porque tudo aqui precisa virar um cartório, uma enrolação, uma perda de tempo, de paciência e obviamente de dinheiro?
Um outro exemplo? Eu levei meses tentando descobrir os meandros da Receita Federal para conseguir uma habilitação para fazer importação e exportação, para finalmente descobrir que o estado do Mato Grosso do Sul recolhe ICMS de quem exporta. Ou seja, em vez de incentivar a exportação ele a penaliza. Só se consegue isenção se você der um jeitinho com o governo.
Eu digo que todo empresário que recolhe seus impostos, paga seus trabalhadores, cria empregos e sobrevive do que produz e vende, sem boquinha do BNDES, mereceria um troféu do tamanho da catedral de Brasília.
O que ele ganha hoje é uma banana.