Sunday, October 01, 2006
Pausa para os sentidos II
Discos da semana:
Diana Krall, “From this moment on”. O que posso dizer? Eu amo a voz desta mulher. Este cd mistura algumas faixas com um tom de big band como “It could happen to you” e outras mais smooth jazz como “Isn’t this a lovely day”. Mas Live em Paris ainda é insuperável. Se você ainda não tem nenhum disco dela compre este, e se for o DVD melhor ainda...
Bob Dylan, “Modern Times”. Um grande trabalho de Bob Dylan. A música é deliciosa, puro old school rock n’ roll com raízes fincadas no folk americano. Imperdível.
Filmes da semana:
Lady in the water, M. Night Shyamalan. Decepcionou, faltou fantasia, faltou suspense, faltou aquela surpresa de seus filmes que eu tanto gostava como The Village ou Sixt Sense. É uma história para dormir mesmo, e imagino que a cena do monstro devorando um crítico seja uma piada particular de Shyamalan. A única função do filme é nos fazer discutir qual seria a função de cada personagem na história. Só o que salva o filme é a atuação de Paul Giamatti.
The Merchant of Venice, Michael Radford. Uma excelente adaptação para o cinema da peça de Shaekespeare. Os cenários, figurinos, toda a produção é extremamente bem feita. Entre a história de amor de Bassanio e Portia, e o drama entre Shylock e Antonio, o filme concentra a atenção neste último. Temos aí grande privilégio de ver Al Pacino e Jeremy Irons contracenando na tragédia do judeu avarento e do mercador arrogante. Excelente.
North Country, Niki Caro. Até o mais bronco dos machões se tornaria um feminista ao assistir este filme. A história do calvário de Josey Aimes, vivida com competência por Charlize Teron, desde o estupro na adolescência, à violência conjugal e ao assédio sexual é de dar raiva em qualquer um, ainda mais em se tratando de um caso real. Felizmente, sempre há redenção nas histórias americanas.
Caché, Michael Haneke. A família de Georges Laurent, vivido por Daniel Auteil, é aterrorizada por vídeos da própria casa e desenhos estranhos que chegam pelo correio. O mistério não é resolvido, o que acaba nos deixando com raiva do filme e nos perguntando o que será que aconteceu. Mas vemos como o pacato Georges aos poucos se confronta com seu passado e se torna causa e vítima do próprio terror.
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