Mark Boyle era um dotcom businessman inglês de 28 anos. Certo dia cansou dessa vida capitalista de viver em função do dinheiro e imaginou como seria uma sociedade que voltasse a viver mais em pequenas comunidades e que desistisse da idéia de dinheiro. O ídolo de Mark Boyle é Gandhi. Para provar a viabilidade de seu projeto, Mark decidiu viajar a pé de Bristol a Porbandar na Índia, terra natal do Mahatma, sem um penny no bolso, com um par de sandálias e umas camisetas. Para chegar lá ele vai ter que pegar uma balsa na Inglaterra, atravessar a Europa, cruzar os Balkans, a Turquia, o Irã, o Afeganistão e o Paquistão.
Mark Boyle, codinome Saoirse, diz ter fé na humanidade. Ele quer oferecer seus serviços durante o caminho em troca de hospedagem ou comida. Ele faz parte de uma comunidade de 3.600 pessoas chamada Freeconomy cujo objetivo é eliminar o dinheiro de circulação a fazer com que as pessoas voltem a viver a vida comunal partilhando o que têm umas com as outras, talento, idéias, comida, terra o que mais elas puderem. Peace brother. Pol Pot também sonhava com uma vida assim.
Não sei porque quando eu escuto esse discurso eu penso naquela molecada piolhenta e suja vestida de Bob Marley que encontramos vagabundeando em quase todas as praças européias. Digamos que o dinheiro fosse efetivamente eliminado de circulação. Voltaríamos ao escambo. Uma roça arada por dois sacos de sal, um quilo de feijão por uma dúzia de ovos, sua mulher por um camelo. As pessoas precisam dos talentos umas das outras, e dinheiro foi inventado justamente para facilitar a vida padronizando essas transações. Agora se vivemos em função dele é sinal de que algo andou errado.
Gandhi previa que a modernidade seria um desastre para a vida comunal. Ele não queria nem linhas de ônibus porque dizia que as pessoas viveriam viajando entre vila e cidade para trabalhar e sem tempo mais para pensar.
Infelizmente não podemos andar para trás. Não voltaremos tão cedo a viver em aldeias e sem dinheiro mas podemos aproveitar outras coisas que Gandhi ensinou. Nossa vida seria bem melhor se tivéssemos mais compaixão, honestidade, amor ao próximo. Usar ou não usar dinheiro, viver na vila ou na cidade, não faria grande diferença nesse caso.
Eu desejo boa sorte ao Mark na sua viagem e até lhe daria um sanduba se ele passasse por aqui. E para quem quiser conferir:
Mark Boyle, codinome Saoirse, diz ter fé na humanidade. Ele quer oferecer seus serviços durante o caminho em troca de hospedagem ou comida. Ele faz parte de uma comunidade de 3.600 pessoas chamada Freeconomy cujo objetivo é eliminar o dinheiro de circulação a fazer com que as pessoas voltem a viver a vida comunal partilhando o que têm umas com as outras, talento, idéias, comida, terra o que mais elas puderem. Peace brother. Pol Pot também sonhava com uma vida assim.
Não sei porque quando eu escuto esse discurso eu penso naquela molecada piolhenta e suja vestida de Bob Marley que encontramos vagabundeando em quase todas as praças européias. Digamos que o dinheiro fosse efetivamente eliminado de circulação. Voltaríamos ao escambo. Uma roça arada por dois sacos de sal, um quilo de feijão por uma dúzia de ovos, sua mulher por um camelo. As pessoas precisam dos talentos umas das outras, e dinheiro foi inventado justamente para facilitar a vida padronizando essas transações. Agora se vivemos em função dele é sinal de que algo andou errado.
Gandhi previa que a modernidade seria um desastre para a vida comunal. Ele não queria nem linhas de ônibus porque dizia que as pessoas viveriam viajando entre vila e cidade para trabalhar e sem tempo mais para pensar.
Infelizmente não podemos andar para trás. Não voltaremos tão cedo a viver em aldeias e sem dinheiro mas podemos aproveitar outras coisas que Gandhi ensinou. Nossa vida seria bem melhor se tivéssemos mais compaixão, honestidade, amor ao próximo. Usar ou não usar dinheiro, viver na vila ou na cidade, não faria grande diferença nesse caso.
Eu desejo boa sorte ao Mark na sua viagem e até lhe daria um sanduba se ele passasse por aqui. E para quem quiser conferir:
2 comments:
O mundo é cheio de seres bizarros. Imagine 6 bilhões de pessoas vivendo assim? Coisa mais idiota, ehehehe
Fico impressionada com certas inocências de raciocínio...
Dinheiro nunca foi o problema.
O problema é o ser humano e sua ganância, sua 'insaciabilidade'.
Fico pensando em o QUÊ um ser destes, em 28 anos, captou da vida. Será que nunca observou o ser humano mais de perto? Será ue realmente ignora nossa atroz realidade íntima, nossa sombra, e a dele própria?
Ora, ora.
Creio que ele aprenderá pelo pior modo a que espécie ele pertence...
beijo.
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